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Ricardo Farias Carvalho, é Psicólogo formado em teoria psicinalítica e suas aplicações psicoterapeuticas e com especialização em Psicologia Clínica e Psicoterapia cognitivo e comportamental. Atende na Rua Dezenove de Fevereiro, 593/301 – Fones: (53) 3232-4677 e 8437-1066/8166-6324 – E.mail: ricardof.carvalho@uol.com.br.


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ESTALO DA MATURIDADE

quarta-feira, 06 de Abril de 2016 | 16:25

O título á um empréstimo derivado de uma conversa com um pai. Preocupado. Muito preocupado com o futuro dos filhos adolescentes. Todas as condições pertinentes á  fase, somadas á  atual situação contemporãnea, sem dúvida, são fontes constantes de ansiedades. Como ele, outros tantos.

Educar, evidentemente, á um longo processo. Dia após dia, vamos através das palavras e, principalmente das ações, exemplos, sedimentando um alicerce imperativo. Ao mesmo tempo que propiciamos inúmeras condições possíveis e imagináveis, queremos um retorno. Esse é um passaporte para uma estabilidade interna e externa de ambas as partes. Segurança, no meio de tantas outras necessidades, em condições normais, é geradora de paz ou de um ponto de equilíbrio. Esperar, como costumamos dizer, não é nada fácil. Haja paciência no sentido de aguardarmos tanto os resultados desejáveis. De modo paradoxal, quanto mais olhamos o relógio do tempo, temos a sensação de que a demora é infinitamente maior. Em determinados momentos, chegamos a questionar se todos os ensinamentos foram suficientes para alavancarem definições. Os filhos, por sua vez, em tese, parecem não se importar da mesma forma ou intensidade. Tudo é fácil, amanhã dará certo, não te preocupa, a tua realidade é diferente da minha, são algumas colocações que tocam negativamente na nossa alma. Ficamos desconfiados. Será? No meio das incertezas, ainda temos de desempenhar o papel de atores dando a entender que confiamos "plenamente" nas ditas palavras. Afinal, criar descrenças não é nada interessante no que tange á autoestima.

Uma das perguntas básicas é quando haverá efetivamente uma mudança. Nesse ponto, já abandonamos o desejo de termos uma chave de fenda fantasiada que ajuste o tal parafuso do tempo. A realidade é, portanto, inegável. Os filhos crescem e, observando comparativamente a geração passada, temos um verdadeiro horror. Destarte, refletimos se os dados da supracitada realidade são tão difíceis a tal ponto de justificarem o quadro de "inércia". Intermináveis questionamentos....

Que bom seria se tivéssemos um biológico, um cérebro que, com uma precisão matemática, estabelecesse o dia e a hora de alguém atingir a maturidade. Seria. Esse processo é altamente relativo. Depende. Como exemplo, crises, dificuldades financeiras, necessidades das mais variadas ordens, podem dar o tão esperado empurrãozinho ou gerar o ruído repentino que envolve compreensões generalizadas e, consequentemente, ações. Querer está associado a perseverar. Verbos que, se não são sinônimos, são parentes. Como é fascinante olharmos uma criança dando os seus primeiros passos, superando os obstáculos e desafiando os medos. Com os nossos jovens é parecido. Num belo dia, quando menos esperamos, de uma maneira silenciosa, se estabelece uma "plenitude do desenvolvimento" ou o tão desejado "estalo". Em suma, começam os movimentos iniciais objetivando uma longa caminhada intitulada de vida.


Escrito por Ricardo Carvalho

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ESCOLHAS AFETIVAS AZARADAS

sexta-feira, 01 de Abril de 2016 | 16:36

Uma das queixas bastante comuns na clínica são as escolhas erradas. O que deveria ser fonte de prazer, em todos os sentidos, não raro, acaba se tornando um verdadeiro inferno. Portanto, o que transcorria maravilhosamente bem, de um momento para outro, passa a ser um algoz implacável.

O amor, evidentemente, entre outros aspectos, implica projeções. Projetamos rapidamente partes nossas que são interessantes na pessoa que escolhemos. No fundo, amamos facetas que nos pertencem. Somado a isso, a química inicial um componente fantástico. Além da questão estática, elegemos alguém segundo a nossa história pessoal. Possuímos a fantasia de que todas as nossas lacunas ou desejos mais primitivos serão preenchidos magicamente. O que de início nos inunda de felicidade, em doses homeopáticas, vai mostrando a sua verdadeira cara. As máscaras, à medida que caem, decepcionam e muito. O idealizado confrontado com o real. Sofrimentos.

A inteligência, racionalidade, viram marionetes diante do intitulado amor. O que visivelmente é contraindicado, sentido assim, e também assinalado por aqueles que estão na nossa volta, possui uma força imensurável. Nos dois caminhos possíveis, no que se refere à continuidade do vínculo ou até mesmo a sua ruptura, deixa o coração e a alma balançados. A sensação que dá é de que todas as outras possibilidades existentes na realidade externa simplesmente são inexistentes. O mundo parece girar em torno de algo que, “matematicamenteâ€, não gera um futuro interessante. Em outras palavras, o prognóstico, o que se espera, não é nada bom ou indicado. Mesmo assim, fixação.

Colocações quanto a um possível “azar†nas escolhas, na grande maioria dos casos, não é uma verdade absoluta. A constatação de que inúmeras vezes, para não dizer “sempreâ€, há infortúnios, nos leva a pensar em motivos inconscientes para tal. Baixa autoestima, carências exacerbadas, dificuldades em elaborar lutos, anseios por segurança, não lidar bem com a solidão mesmo que temporariamente, em linhas gerais, são observados com frequência. O sujeito simplesmente opta por alguém que gera uma zona de conforto totalmente falsa.

O óbvio é que não podemos simplesmente agir em função dos nossos impulsos de maneira cega. Escolher exige, num primeiro plano, se conhecer melhor. Conhecimento que, em condições normais, facilita o nosso processo seletivo. Destarte, não precisamos de muito tempo para que possamos distinguir o que nos serve ou não. A capacidade de filtrar adequadamente, de acordo com a nossa personalidade, no fundo, é algo imperativo. Não obstante, também deixamos de lado a tendência corrosiva de acharmos que somos sempre os culpados nos relacionamentos. Deste modo, negações e renegações no que tange ao companheiro (a) e os seus aspectos neuróticos, deixam de existir. Conviver dia após dia é uma arte e que obedece um mínimo de sejável. Passar uma “vida inteira†padecendo é uma opção, no mínimo, questionável. Capacidade, não sorte ou azar.


Escrito por Dr. Ricardo Carvalho

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Alberto Amaral Alfaro

natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.

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