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Ricardo Farias Carvalho, é Psicólogo formado em teoria psicinalítica e suas aplicações psicoterapeuticas e com especialização em Psicologia Clínica e Psicoterapia cognitivo e comportamental. Atende na Rua Dezenove de Fevereiro, 593/301 – Fones: (53) 3232-4677 e 8437-1066/8166-6324 – E.mail: ricardof.carvalho@uol.com.br.


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ANSIEDADES E PREOCUPAÇÕES COTIDIANAS

quarta-feira, 02 de Dezembro de 2015 | 11:15

Pela manhã, quando levantamos, salvo raríssimas exceções, temos uma série de problemas para serem resolvidos. Planejar e executar, mesmo sendo situações que envolvam prazer, despertam certa ansiedade. Sendo assim, determinadas aflições, agonias ou receios são pertinentes às inúmeras facetas da existência. O mundo, por si, independentemente do meio familiar e da genética, se encarrega de gerar ou incrementar ansiedades das mais variadas formas. Imaginar a sensação de “tranquilidade absoluta" é impossível.

Quando abordo o tema, me ocorre uma frase que acho extremamente interessante: “não te preocupes, não aconteceu ainda”. Nos relatos na clínica, em muitos casos, é relevante a corrosão interna desencadeada. Existem pessoas que simplesmente não vivem o hoje. Estão fixadas no futuro e, geralmente, ficam imaginando os piores resultados possíveis para tudo. O grande paradoxo: mesmo sabendo por meio da experiência de que a maioria dos problemas previstos não acontecem, não adianta. Embora haja consciência de situações superadas e a comprovada capacidade de enfrentá-las, em breve, um novo fato desencadeará o ciclo.

Sujeitos com as características supracitadas, não raro, relatam que as dificuldades incontroláveis são oriundas da infância. Por outro lado, a adolescência também possui peso relevante no aparecimento ou agravamento dos sintomas. No transtorno de ansiedade generalizada, segundo o DSM-IV-TR, ocorre uma anormalidade quando as ansiedades e preocupações ocorrem na maioria dos dias pelo período mínimo de seis meses afetando áreas ou atividades, como por exemplo, desempenho escolar ou profissional. Três ou mais dos seguintes seis sintomas (com pelo menos alguns deles presentes na maioria dos dias nos últi mos 6 meses). Devemos observar que apenas um item é exigido para crianças. 1) inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele 2) fatigabilidade (facilidade de cansar) 3) dificuldade em concentrar-se ou sensações de “branco” na mente 4) irritabilidade 5) tensão muscular 6) perturbação do sono (dificuldade em conciliar ou manter o sono, ou sono insatisfatório e inquieto). A ansiedade, a preocupação ou os sintomas físicos causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.

Em suma, é importantíssimo diferenciarmos ansiedade patológica da “normal”. Não obstante, é imperativo termos pensamentos mais positivos e adequados em relação aos dados da realidade circundante. Outro passo interessante é diminuirmos o nosso nível de exigência interna. Por mais que possamos desejar a “perfeição”, certamente, sempre estaremos longe de alcançá-la. Aprender a conviver com as falhas, imperfeições, defeitos, imprevistos, reconhecer nossos pontos fortes, viver o aqui e agora, são fundamentais para lidarmos melhor com as desgastantes ansiedades e preocupações cotidianas.


Escrito por Dr. Ricardo Carvalho

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AMBIENTES QUE FALAM

segunda-feira, 30 de Novembro de 2015 | 11:21

É interessante quando frequentamos um determinado restaurante. A qualidade da comida, preço, atendimento, assim como o ambiente, são avaliados rapidamente. Conseguirmos sentir uma boa impressão está diretamente ligado à limpeza dos talheres, copos, toalhas e pratos. Os cuidados em relação à pintura, intensidade da luz, som, à educação do garçom, entre outros, também ficam registrados. Quando tecemos alguns comentários, esse todo, sem dúvida, é citado.

Os ambientes não deixam de ser um reflexo de como nos encontramos internamente. Nesse sentido, não há, necessariamente, um peso da questão financeira. Temos como exemplo, famílias que vivem em situações precárias e existe todo um cuidado no que se refere ao espaço em que vivem. A higiene e a organização são aspectos evidenciados. Ao contrário, lares com todas as condições possíveis e imagináveis, apresentam um desleixo extremamente significativo. A desordem, ausência de zelos mínimos, passam uma má impressão. Não raro, problemas emocionais estão diretamente atrelados à “confusão ambiental”. A intensidade e frequência com que aparecem são diretamente proporcionais à atmosfera que presenciamos. Em casos extremos como acumuladores, aqueles que juntam de tudo achando que um dia precisarão de determinado objeto, possuem um histórico de vida relacionado à falta de perspectivas, tristeza ou depressão, inseguranças e carências.

Os recintos produzem efeitos ou consequências para todos aqueles que compartilham deles. Quando estudante, lembro de uma visita a um hospital psiquiátrico. Nesse, duas alas eram totalmente distintas. A “nova” e a “velha” surpreendiam pelas suas disparidades. A cor cinza chumbo, paredes com tijolos grossos, janelas pequenas e altas, grade na porta, cama feita de alvenaria para evitar o risco de suicídio, somado a uma falta de conservação adequada, não poderia auxiliar ou produzir leveza para ninguém. Os internos, além dos problemas óbvios, estavam presos a um local insalutífero. Na outra, cores modernas, mobiliário novo, cuidados claros e notór ios, criavam uma aura muito mais positiva.

Nos dias de hoje, falamos muito em estresse. Poucos se dão conta do quanto os locais em que vivemos contribuem para tal. Na nossa casa e, até mesmo no trabalho, somos afetados diariamente por esse inimigo silencioso que age de forma homeopática. As clássicas “bagunças” minam a alma. Não há quem se sinta bem em lugares que são desordenados ou caóticos. No mínimo, estressam. Não obstante, temos a certeza de que os ambientes devem se adequar às necessidades dos seres humanos e não o contrário. Espaços devem ser otimizados e qualificados da melhor forma possível. Essa totalidade interfere no nosso humor ou comportamento.

Em suma, trocar ocasionalmente cores, móveis de lugar, colocar algumas singelas plantinhas, cuidar de alguns detalhes, se desprender de coisas que não têm mais nenhuma utilidade, higienizar, são alguns passos básicos e interessantíssimos para alterarmos diretamente a alma e gerarmos “felicidade”. Os ambientes falam.


Escrito por Dr. Ricardo Carvalho

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Alberto Amaral Alfaro

natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.

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