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CONSAGRAÇÃO DO DIA DO AMIGO

quarta-feira, 20 de Julho de 2011 | 17:27

A cada ano vão sendo inseridos novos dias comemorativos nos calendários, alguns para atender motivos importantes, outros para saciar a sede eleitoreira e demagógica de políticos.

Dentre as comemorações que efetivamente pegaram, sem qualquer interesse ou lobby comercial, a mais destacada vem sendo a do “Dia do Amigo”, festejada no Brasil no dia 20 de julho.

Surgida de uma idéia do professor, músico e dentista argentino Enrique Ernesto Febbraro, que considerou o marco de o homem ter chegado a lua, 20 de julho de 1969, como uma possibilidade de fazer amigos em todo o universo.

Em 1985, a Organização das Nações Unidas – ONU reconheceu a data, e aos poucos diversos países tomaram a mesma iniciativa, tanto que Febbraro teve duas indicações ao Prêmio Nobel da Paz.

Gosto de uma frase de Machado de Assis, que diz: “Tenho amigos de 40 dias e conhecidos de 40 anos”. Embora para mim a recíproca seja verdadeira, pois mantenho amizades de décadas, estou sempre aberto a novas amizades, embora não as procure, não as imagine, simplesmente as espere de coração aberto, desinteressadamente.

Nesta semana em que comemoramos o “Dia do Amigo”, em homenagem aos meus queridos amigos, leitores e ouvintes, reproduzo, neste espaço, uma pérola de autoria do grande Vinícius de Moraes.

“Amigos

Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.

A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.

E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!

Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências...

A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.

Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.

Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar.

Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.

Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.

E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.

Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.

Se todos eles morrerem, eu desabo!

Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.

E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.

Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.

Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer...

Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber
que são meus amigos!

A gente não faz amigos, reconhece-os!”


Escrito por Alberto Amaral Alfaro

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A Presidenta foi estudanta?

quarta-feira, 13 de Julho de 2011 | 18:11

Como sabem os que me ouvem, diariamente, pela Rádio Nativa e lêem meus textos aqui no Folha Gaúcha, no www.blogdoalfaro.com.br e em outros espaços regionais, tenho um grande cuidado ao utilizar o que recebo via Internet.

Dias atrás um querido ouvinte e leitor, o empresário Riograndino Dimicley Gallo, enviou-me um texto interessantíssimo, que dá titulo a esta matéria.

Na cópia referida o comentário era atribuído a uma professora da Universidade Federal do Paraná. Fui checar a informação, não era.

A própria pseudo autora desmente essa criação a diversos articulistas, entre eles, para a festejada Maria Helena Rubinatto, do Jornal O Globo.

Portanto, de autoria desconhecida, reproduzo o texto, por achá-lo muito interessante:

No português existem os particípios ativos como derivativos verbais. Por exemplo: particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante... Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade. Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte. Portanto, à pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta", independentemente do sexo que tenha. Se diz capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz estudante, e não "estudanta"; se diz adolescente, e não "adolescenta"; se diz paciente, e não "pacienta". Um bom exemplo do erro grosseiro seria: "A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta"

Finalizando, creio que a nossa Presidente Dilma Roussef tem trabalho muito mais importante pela frente do que preocupar-se em femizar um termo já consagrado pelo popular na forma masculina, além de não atacar nossa língua mãe.


Escrito por Alberto Amaral Alfaro

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QUEM SOU

Alberto Amaral Alfaro

natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.

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