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UMA BELA CAUSA: O IDOSO

sexta-feira, 27 de Maio de 2011 | 17:28

Uma discussão sempre recorrente é a que trata das pessoas com mais de 60 anos de idade, denominada, não sei por quem, de “a melhor idade”.

O certo é que a “terceira idade” ou a velhice, tarda, mas não falha, chega para todos aqueles que sobrevivem ao tempo.

Temos no Brasil, nisso somos pródigos, um arcabouço legal moderno e abrangente, consolidado no “Estatuto do Idoso”, vigente desde janeiro de 2004, que deveria garantir uma série de benefícios a todos os nossos idosos, a constatação diária mostra-nos o contrário.

Além do descaso cultural, no oriente vemos o oposto, o cotidiano nos revela que temos avançado muito lentamente nesse quesito.

É tema para, no mínimo, uma bela tese de doutorado, mas vou me fixar especificamente nos dados apresentados pelo IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, nesta semana, com relação à disponibilidade de vagas para idosos nas diversas instituições, públicas e privadas, existentes no Brasil.

Pasmem, para uma população de mais de 20 milhões de idosos, temos 83.000 vagas.

Não defendo para os “meus velhinhos e velhinhas” a opção dos asilos, não gosto nem da denominação “Asilo”, estigmatizada por motivos demais conhecidos, mas admito que existam situações em que a única saída é essa.

Temos pessoas que se dedicam aos mais variados segmentos que demandam atendimento e proteção especiais, mas os nossos idosos, considerando os números apresentados, estão literalmente abandonados, sem uma perspectiva de vida mais digna e humana.

A velhice passa a ser um estorvo para uns e um martírio para outros, isso contraria princípios fundamentais nas relações humanas, a gratidão e a solidariedade.

Creio ser o momento dos economicamente ativos refletirem sobre a criação de espaços para acolhimento e abrigo de idosos, dentro dos novos parâmetros e técnicas, recomendados pelos especialistas da área, afinal, para lá vamos todos.

Além de uma bela causa, é a oportunidade de investir para criar cenários favoráveis e reais, para que a velhice se torne, de fato, a melhor idade.


Escrito por Alberto Amaral Alfaro

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OU A CIDADANIA ACABA COM A CORRUPÇÃO, OU A CORRUPÇÃO ACABA COM O BRASIL.

quinta-feira, 12 de Maio de 2011 | 11:11

O grande escritor paulista Mario de Andrade, autor do romance “Macunaíma”, publicado em 1928, já usava a metáfora da saúva para criticar e denunciar na referida obra, a politicagem eleitoreira e assistencialista, vigentes á época. Infelizmente, quase um século depois, ainda vivemos momento de grande apreensão proporcionado por nossos governantes.

Basta a leitura dos principais jornais e revistas do país para sentir-se, como tenho me sentido ultimamente: estupefato, indignado e impotente com a série de denúncias que são feitas contra figuras expressivas da estrutura petista, que comanda o Brasil pela terceira vez.

Interesses contrariados de alguns e cumprimento do dever de ofício de outros, vão descortinando uma série de escândalos e roubalheiras que causam inveja aos mais respeitáveis quadrilheiros internacionais.

Para consolidar esse ardiloso esquema, além de uma bem articulada estratégia de aniquilação da oposição, cooptando mais descaradamente que à época do mensalão, políticos de todos os matizes, inclusive, com suas organizações partidárias, os donatários do poder ampliam a intervenção do estado em setores básicos da vida nacional.

Fruto dessa esperteza, coadjuvada pelo perfil majoritariamente fisiológico e mutante da grande maioria dos nossos políticos, instalou-se no Congresso Nacional um verdadeiro balcão de negócios, comandado pelo Planalto e seus representantes, onde tudo passa e o contraditório é patrolado sem qualquer fastio, só vale o que aos Lullistas interessa, como, por exemplo, a aprovação no Senado desse absurdo reajuste no pagamento da energia de Itaipú, sem qualquer reciprocidade por parte dos paraguaios, pura politicagem internacional.

Representando cerca de 40% do PIB nacional, o governo é responsável pelo surgimento de uma nova classe emergente, prepotente e desprovida de qualquer caráter, que tem, literalmente, “destruído o roçado”, sem dó nem piedade, comprando a tudo e a todos em negociatas pelo Brasil afora.

O até pouco “blindado” ex-presidente Lula da Silva, finalmente é denunciado por um Procurador Regional da República, Manoel Pastana, que corajosamente representa contra Lula pedindo a sua responsabilização criminal pelo” Mensalão do PT”, onde já tem quarenta indiciados, já não é sem tempo.

No libelo do Procurador Regional, dirigido ao Procurador-Geral da República, Dr. Roberto Gurgel, ele expõe de maneira clara e insofismável esse sentimento que se apossa, cada vez mais, entre os homens e mulheres deste país, que conseguem separar o real do fictício, o moral do imoral, ou seja, a indignação com o que vem ocorrendo. Se expressa, assim o Dr. Pastana: “No Brasil, muitas pessoas acreditam na impunidade. Parece que o ex-presidente Lula não só acredita como tem certeza, e até faz piada com as irrisórias multas sofridas por sucessivas infrações a Lei Eleitoral. É preciso colocar um basta nisso, pois é inadmissível que o rigor da Lei seja aplicado apenas ao pequeno infrator”.

Este é o cenário, com a independência entre os poderes extremamente comprometida, esperamos que o Ministério Público e o Judiciário, em todas as suas instâncias, cumpram com seus deveres constitucionais,denunciando, processando e condenando essas práticas, cabendo a nós, cidadãos e cidadãs, utilizarmo-nos de todos os meios legais disponíveis para protestar, arregimentar, conscientizar e comunicar, é o que, tenho feito em todos os espaços disponibilizados.

É um trabalho que demanda coragem, patriotismo e desprendimento, do qual ninguém está dispensado, pois boa parte da cidadania ainda encontra-se inebriada pela campanha ilusionista, difundida pelo petismo de norte a sul do país. Encerro, reiterando: “Ou a cidadania acaba com a corrupção, ou a corrupção acaba com o Brasil”.


Escrito por Alberto Amaral Alfaro

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Alberto Amaral Alfaro

natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.

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