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Alberto Amaral Alfaro
Advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.


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Eder Rabello Nunes, o Filósofo do Concretismo e o Reveillon de 2014.

quinta-feira, 02 de Janeiro de 2014 | 12:21

Neste 31 de dezembro de 2013, tenho compromisso de coluna com o meu WWW.blogdoalfaro.com.br e com a Folha Gaúcha, e todos que escrevem desejam sair do lugar comum dos textos de finais de ano, que geralmente tratam de: Retrospectiva; Os melhores do Ano; Perspectivas, etc. Idealizei inicialmente uma crônica tendo como base o discurso da Presidente Dilma Rousseff, onde Ela tangenciou espertamente todas as crises que enfrentamos, tratando-as como: “alguns problemas localizados, já equilibrados que garantem a tranqüilidade do planejamento das famílias e das empresas”, desisti para não comprometer o meu fígado e os dos que me lêem.

No final da manhã na nossa Empresa, na tradicional troca de cumprimentos, fui surpreendido com votos até então nunca recebidos, nosso Gerente Comercial e Amigo, Eder Rabello Nunes, desejou-me que tivesse felicidades nos “Três S’s”. A única expressão parecida que havia experimentado na minha vida até então eram os “Cinco S’s” que adotávamos nos cursos e treinamentos do SENAI, reproduzindo o que os programas de qualidade japoneses preconizavam, desde a década de 50. Não era, tratava-se de uma tirada, de uma criação no querido colega de trabalho, muito, prático, objetivo e também muito espirituoso, qualidades fundamentais para que os executivos tenham sucesso. Pois bem, aí veio a explicação sobre os tais Três S’s: “Saúde, Sexo e $”, argumentando de forma firme e convicta de que se esses três aspectos estiverem equilibrados e resolvidos, todo o resto de problemas que aparecerem são fichinha, encontrarão um individuo pronto a enfrentá-los e vencê-los com disposição e energia. Em contrapartida, qualquer situação de desequilíbrio em algum dos itens apontados é infelicidade e desestruturação física e emocional na certa.

Este desafronto do Eder em pensar e propor é característica básica aos que querem ser protagonistas, aos que querem dar um sentido maior a difícil arte de viver. Vejam, até na definição do seu nome após o casamento com Sabine, inovaram, Ele assumiu o Nunes dela, e Ela assumiu o Rabello dele, ficaram: Sabine Abel Nunes Rabello e Eder de Oliveira Rabello Nunes.

Portanto, ao denominá-lo de “Filósofo do Concretismo”, movimento de vanguarda surgido na Europa em 1945, que defendia a racionalidade e rejeitava o acaso e a abstração lírica e aleatória, desejo estar homenageando ao Eder e a todos que repudiam a mesmice e que valorosamente se atrevem a criar. Desejo que o Reveillon seja de encontro, amor e paz, e que 2014 seja repleto de novos e bons motivos para viver.


Escrito por Alberto Amaral Alfaro

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Vizinhança: Instituição milenar que precisa ser conservada e aperfeiçoada

segunda-feira, 30 de Dezembro de 2013 | 12:39

Minha mãe ensinou-nos que deveríamos respeitar e procurar manter laços indissolúveis e sinceros com os nossos vizinhos. Ela e meu Pai, vindos da longínqua Santa Vitória do Palmar, pobres e sem parentes por perto, cultivaram por uma vida inteira a verdadeira política de boa vizinhança. Desde o empréstimo de algum gênero alimentício em falta até a busca por uma orientação ou socorro em caso de doença era sempre resolvido com a inestimável presteza e solicitude de um vizinho. Uma reciprocidade que consolidou amizades que perduram até hoje, sucedendo-se por anos a fio através de filhos e netos.

Tenho me ocupado nos últimos escritos com temas polêmicos, em função das comemorações natalinas, que sempre têm o condão de nos deixar mais sensíveis e contemplativos, resolvi tratar desta relação que é muito cara para mim e traz lembranças guardadas no mais recôndito lugar do meu ser, que é o meu coração. Até hoje, no prédio onde resido e nos locais onde exerço atividades profissionais procuro desenvolver sentimentos de respeito, tolerância e educação aos que dividem ruas e ambientes próximos aos meus.

Tal quais os parentes, não dá para se escolher os vizinhos, a compensação é que para estes há alternativa. Prefiro os vizinhos indesejados aos parentes com a mesma classificação, pois para os primeiros ainda temos a solução da mudança de residência, quanto aos consanguíneos não existe remédio, só o afastamento, mas permanecem indeléveis na condição de parentes.

Em dezembro de 1990, em Paris, um grupo de amigos resolveu promover uma festa para aproximar e reunir imigrantes e pessoas que estivessem abertas a aceitar novas amizades e combater a solidão e o isolamento, muito comuns nas grandes metrópoles. O primeiro encontro da auto denominada Associação Amigos de Paris foi marcado para o dia 23 do mesmo mês, oportunidade que conseguiram reunir pouco mais do que dez pessoas. E assim continuaram a mobilização que nove anos depois já havia tomado corpo e conseguiu reunir num evento mais de 800 vizinhos para comemorar o já instituído “Dia do Vizinho”.

Legal que essa verdadeira instituição, reconhecida e preservada através dos tempos, ganhe uma comemoração especial, oportunidade impar para que homenageássemos todos os nossos queridos vizinhos.

Finalizando, entendemos ser oportuno repassar algumas dicas de boa vizinhança que poderão garantir uma boa convivência entre pessoas de diversas procedências e diferentes nos seus gostos e hábitos. Discipline o barulho em todas as situações, nunca se atribua intimidade, exercite à exaustão o princípio da empatia e seja educado, pessoas educadas nunca incomodam ninguém. Um abraço carinhoso a todos os meus vizinhos!

Alfaro é advogado, empresário, comunicador e corretor de imóveis.


Escrito por Alberto Amaral Alfaro

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natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.

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