Uma vez ouvi uma história, história essa que não era sobre heróis, dragões, contos de fada ou até terror, muito pelo contrário... Era um maravilhoso conto sobre um cão e uma raposa que na juventude eram os mais improváveis melhores amigos do mundo, uma vez que, no cotidiano, os cães são inimigos naturais das raposas, ambos com diferentes modos de vida onde um caça o outro por instinto, mas dessa vez isso foi rompido. No conto um jovem raposo conhece um cachorro que também era uma criança, assim ambos passam anos e anos brincando, correndo para todos os lados, aprontando, sendo simples crianças. O tempo passa e o cão, agora um legítimo cão de caça, começa a caçar animais para seu dono, entre eles as raposas. A dona do raposo se assusta e decide, para protegê-lo, abandoná-lo na floresta aonde ele seria livre. Infelizmente o esperado acontece, o cão decide caçar o raposo após o mesmo ter ferido seu outro companheiro de caça, os dois travam uma feroz luta de tirar o fôlego, o raposo resiste mas o cão, infelizmente, mata o seu ex-companheiro. Ele logo se arrepende e chora desesperadamente, pois aquele que lhe deu os seus melhores momentos na infância agora foi morto por suas patas. Assim o cão foge e decide, num simples ato, juntar-se ao seu amigo no além, ele queria acima de tudo ver o seu amigo, queria ver aquele sorriso marcando as bochechas, queria voltar a correr e brincar com seu companheiro e viver só mais um dia ao lado dele.
E assim, ao se jogar num penhasco, ele põem fim nessa angústia que antes não existia... Profundo, não? “O Cão e a Raposa” é somente uma das mais diversas obras que nos fazem lembrar de momentos bons que tivemos com alguém em especial durante a vida, momentos como jogar um bom jogo, ir comer uma boa comida com o(s) mesmo(s), ou até viralizar na internet com tal pessoa, seja pelo “YouTube”, “Facebook”, “Tik Tok”, etc... E são nestes momentos que nos lembramos da palavra chave para tal convivência, e essa palavra é “amizade".
4 sílabas, 4 simples sílabas revelam uma palavra que, apesar de pequena, tem muito a contar e viver. Seja o seu amigo, alto, baixo, negro, quieto, engraçado, um parente, ou até mesmo um animal, você se diverte com tal pessoa, porque é com ela que você esta convivendo e criando laços afetivos que perduram nas nossas vidas por muitos anos. Tais laços não podem ser esquecidos, mesmo que seu amigo algum dia for embora, parar de falar com você, ou até falecer... Afastamentos como estes nos fazem perder a cabeça, talvez aquele amigo que você teve nunca mais o veja, talvez ele nunca volte, talvez nunca mais irás se divertir junto com tal, podendo romper laços que uma vez foram firmes. Mas há pessoas pelo mundo que simplesmente não se importam com o próximo, o mesmo que sempre tentou criar algum laço e ter a sua companhia, agora é simplesmente deixado de lado, e você acaba dando valor á quem você realmente quer receber atenção, e é aí que tu percebes que o verdadeiro afastamento não ocorre simplesmente por causa de um vírus, mas sim pela ignorância... Vidas diferentes nos fazem pessoas cada vez mais distintas, somos separados por um sistema de desigualdade social que atua até hoje sobre o pensamento dos mais velhos, mas para os mais jovens o palco muda, e quem permite isso é a simples inocência juvenil, um recém-nascido ainda não tem um vasto olhar sobre a sociedade, ele não sabe o que é o certo e o errado e aprende isso durante o seu caminho no mundo, tal caminho faz jovens dos mais variados jeitos de vida conviverem e criarem afetividades uns pelos outros, afetividades essas que, por mais que curtas sejam, sempre incluirão aquela simples palavra, de 4 sílabas inocentes , que começa com A.
Representando uma parcela diminuta da população mundial, nós os canhotos temos sido amaldiçoados, perseguidos e discriminados ao longo dos tempos, historicamente até a higiene era função da mão esquerda. Crenças preconceituosas e palavras e ações pejorativas sempre lhe foram associadas. Os cumprimentos com a mão direita e até na Bíblia: “À direita de Deus Pai”, ficam as boas ovelhas. Óbvio que hoje, felizmente, se constata apenas um descaso para com as necessidades funcionais dos esquerdos.
Meu falecido pai Alberto e meu filho Gustavo pertencem a essa representação, confirmando uma probabilidade já estudada pela genética, o canhotismo é hereditário. Meu pai, de acordo com a cultura reinante nos idos de 1920, tornou-se ambidestro, inclusive com castigos físicos, a não escrever com a “mão errada”. Sua escrita era belíssima com ambas as mãos, nas demais atividades como alimentar-se, cavalgar e jogar futebol manteve sua origem.
Eu me classifico como “Canhoto Total” e sempre fui adaptando-me com as dificuldades de um mundo, todo preparado para a maioria absoluta de destros. A última há pouco, suportei num curso de tiro, até as armas utilizadas me deram mais uma experiência dessas vicissitudes. Registro que só tenho duas ações catalogadas como iniciativas para melhorar a nossa vida, uma em 1954, ano do meu nascimento, quando uma metalúrgica finlandesa produziu as primeiras tesouras com as lâminas invertidas. Depois em 70, à época do Presidente Figueiredo, canhoto, que andou sugerindo medidas, entre elas a de que 5% das carteiras de aula tinham que ser com apoio no lado esquerdo.
Um registro positivo é de que nos esportes em geral, mas particularmente nas lutas, segundo registros olímpicos, as melhores marcas são dos canhotos. Ufa!... Nos EUA e em alguns países da Europa existem associações que batalham por nossos direitos. No Brasil, para variar, criaram no final da década de 70 a Abracan – Associação Brasileira de Canhotos, que encerrou suas atividades em 1982, por falta de recursos, deixando milhões de canhotos sem representação ou na mão dos destros. Aos jovens, desejo que lutem e tenham melhores dias, o atavismo é nossa marca de sempre, vamos a luta.
Representando uma parcela diminuta da população mundial, nós os canhotos temos sido amaldiçoados, perseguidos e discriminados ao longo dos tempos, historicamente até a higiene era função da mão esquerda. Crenças preconceituosas e palavras e ações pejorativas sempre lhe foram associadas. Os cumprimentos com a mão direita e até na Bíblia: “À direita de Deus Pai”, ficam as boas ovelhas. Óbvio que hoje, felizmente, se constata apenas um descaso para com as necessidades funcionais dos esquerdos.
Meu falecido pai Alberto e meu filho Gustavo pertencem a essa representação, confirmando uma probabilidade já estudada pela genética, o canhotismo é hereditário. Meu pai, de acordo com a cultura reinante nos idos de 1920, tornou-se ambidestro, inclusive com castigos físicos, a não escrever com a “mão errada”. Sua escrita era belíssima com ambas as mãos, nas demais atividades como alimentar-se, cavalgar e jogar futebol manteve sua origem.
Eu me classifico como “Canhoto Total” e sempre fui adaptando-me com as dificuldades de um mundo, todo preparado para a maioria absoluta de destros. A última há pouco, suportei num curso de tiro, até as armas utilizadas me deram mais uma experiência dessas vicissitudes. Registro que só tenho duas ações catalogadas como iniciativas para melhorar a nossa vida, uma em 1954, ano do meu nascimento, quando uma metalúrgica finlandesa produziu as primeiras tesouras com as lâminas invertidas. Depois em 70, à época do Presidente Figueiredo, canhoto, que andou sugerindo medidas, entre elas a de que 5% das carteiras de aula tinham que ser com apoio no lado esquerdo.
Um registro positivo é de que nos esportes em geral, mas particularmente nas lutas, segundo registros olímpicos, as melhores marcas são dos canhotos. Ufa!... Nos EUA e em alguns países da Europa existem associações que batalham por nossos direitos. No Brasil, para variar, criaram no final da década de 70 a Abracan – Associação Brasileira de Canhotos, que encerrou suas atividades em 1982, por falta de recursos, deixando milhões de canhotos sem representação ou na mão dos destros. Aos jovens, desejo que lutem e tenham melhores dias, o atavismo é nossa marca de sempre, vamos a luta.
Com simplicidade encantadora e a companheira de uma vida inteira sempre em mãos, a Constituição da República, o respeitado jurista e ex-presidente do STF, Carlos Ayres Britto, caiu como um presente dos céus em Porto Alegre, efeito que aconteceria em qualquer lugar deste imenso país, pois ninguém deixaria de ouvi-lo em um momento de tão grave crise institucional e política como a que atravessamos. Com a voz, humildade e o carisma de um monge; sorriso cativante e um humor refinado, valeu-se de enorme cabedal cultural para navegar com filósofos do período pré-gregoriano até Chico Buarque e Djavan. Eclético, passou por Péricles e Protágoras, Tobias Barreto e até o atual ministro do STF, Luiz Roberto Barroso. Enfim, o jurista só consolidou tudo que se imaginava e se esperava dele. Constitucionalista convicto, disse que a nossa Carta Magna está entre as melhores, mais modernas e completas do mundo, com viés comprometido com a economia social de mercado. Chamou-a de “santíssima trindade temática” com base na justiça, ética e advocacia. Andou pelo descobrimento do Brasil, monarquia e capitanias hereditárias, comparando-as com a colonização dos EUA. Debita a um vício de origem, uma série de mazelas que até hoje não conseguimos resolver e que tem consequência direta no tipo de político que escolhemos e política que praticamos. Falou das riquezas inesgotáveis que possuímos e das condições de nos tornarmos um país de primeiro mundo. Discorreu sobre os sistemas de justiça e jurídico, reafirmando que a ordem jurídica é inviolável e garantidora; que a advocacia, o MP, a Defensoria, o Judiciário e até a Polícia Federal garantem à sociedade civil os princípios da cidadania. Lembro que Protágoras asseverava que o homem é a medida de todas as coisas e que cidadania é a qualidade do cidadão. Cidadão no seu entender é o que vive o dia-a-dia, é o partícipe e protagonista. Nesse sentido Péricles dizia que inútil é o homem que só cuida da sua família. Também citou Tobias Barreto, filósofo, crítico, poeta e jurista brasileiro que dizia não haver vida sem direito. Transitou por cenários da vida institucional do Brasil com ênfase no momento atual em que se vê exposta a fragilidade moral e ética da classe política e empresarial. São sócias da maior e inescrupulosa organização criminosa que já se constituiu em desfavor ao povo brasileiro. É tão complexa e sofisticada que chegou a ter, por parte da maior empresa brasileira da construção civil, um setor específico paragerenciar essas ações de assalto aos cofres públicos denominado de “departamento de operações estruturadas”, especializado em fazer contratos com órgãos públicos de todos os níveis e propinar com políticos e dirigentes de estatais e empresas privadas pelo mundo afora. Sobre a delação premiada, Ayres preferiu tratá-la de colaboração, dizendo ser uma bela ferramenta, uma espécie de antivírus que contribui muito para quebrar o compadrio e o silêncio que imperam nessas relações. Por fim, citou Martin Luther king: “não quero saber de suas leis e sim dos seus intérpretes”; Nelson Mandela, que não pensava por idéias e sim por ideais, e, finalmente, considerando que estamos num período de grande discussão política, onde fica latente o descrédito do povo com tudo e todos, e exortou a participação política da cidadania, como a única saída. Encerrou com Bertolt Brecht: “que continuemos a nos omitir na política é tudo que os malfeitores da vida pública querem. Triste do povo que precisa de heróis, de salvadores da pátria. Precisamos de instituições não de heróis”. (Alberto Amaral Alfaro, advogado com pós graduação em direito político pela Unisinos. POA, outubro de 2017).
Em pronunciamento feito nesta terça-feira, 18 de abril, da tribuna do senado, o senador Lasier Martins (PSD-RS), exortou seus pares do congresso a tomarem providências eérgicas no sentido de atuar, tanto no aspecto comportamental como no institucional, agilizando a discussão e votação de medidas que apontem para encaminhar soluções para a crise. destacou pontos da urgente reforma politica, propondo o voto distrital misto e o fim das coligações proporcionais bem como a perspectiva de voto em lista partidária, considerado pelo líder como um retrocesso.
Destacou os abusos cometidos no âmbito do BNDES, ainda não investigados e elogiou as providências por parte da presidente do STF, ministra Carmen Lúcia e do presidente do conselho federal da OAB, advogado Cláudio Lamáquia, que propuseram, respectivamente, a colocação em pauta na suprema corte o debate com relação às restrições ao foro priviligiado e também a convocação de juizes federais para agilizarem a instrução dos processos da lava jato. Finalizando aproveitou para destacar a atitude do jogador de futebol Rodrigo Caio, do São Paulo e da seleção, que impediu a punição de um inocente numa interpretação equivocada da arbitragem. Também teceu criticas contundentes ao todo poderoso empresário Emilio Odbrecht, dono do conglomerado que leva o seu nome, que têm tratado o maior escândalo de corrupção do mundo, do qual ele é o principal protagonista, com cinismo e deboche, desconhecendo a dor dos milhões de brasileiros que são vitimas diretas das suas maracutais.
O grande Nelson Rodrigues, certa feita imortalizou a assertiva de que: “toda a unanimidade é burra”.
Ao longo do tempo tenho me ocupado da definição, às vezes achando-a pertinente, em função da inapetência das pessoas em discordar, questionar. Noutras vezes, como nesta crônica, reconheço que determinadas situações e personagens, ganham essa qualificação, pela obviedade e conjunto da obra.
Antônio Azambuja Júnior, o Nico, inspirador e destinatário deste texto é uma Unanimidade, entre os que acompanharam sua brilhante trajetória pelos gramados do Sul do País, outros, como é o meu caso, pelo protagonismo dentro e fora do futebol.
Figura carismática, jamais nega um contato, um abraço, um conselho ou uma orientação, sobre esta atividade que venerou e honrou como poucos.
Limitado praticamente à Cidade do Rio Grande, sua terra natal, eternizada como “Capital do Futebol”, pelo saudoso Jornalista e Radialista, Paulo Gilberto Corrêa, Nico atuou nos três clubes profissionais da Cidade: Esporte Clube Rio Grande, Esporte Clube São Paulo e o seu, Futebol Clube Riograndense, o “Guri Teimoso”, atualmente afastado das competições.
Sempre vinculado ao futebol, Nico fundou e coordena os “Milionários”, formação que há 50 anos congrega ex-atletas profissionais, que se apresentam nos gramados da região, divulgando o esporte bretão. Este grupo sobrevive graças à liderança e persistência do “Velho Artilheiro”.
Comentarista esportivo, campeão de audiência, Nico circula pelas Cidades da Zona Sul, desfrutando do grande prestigio e respeito, conquistado e mantido por sua irretocável carreira profissional.
Muitos tiveram carreiras de maior repercussão em grandes clubes nacionais e até na Seleção Brasileira, mas ninguém alcançou esse patamar e essa perenidade, obtida pelo nosso homenageado. Nico é unanimidade, inteligente, consagrada, imortal. Desculpe, Nelson Rodrigues!...
Alberto Amaral Alfaro
natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.