DOS POLITICOS E DAS FRALDAS

Quem escreve ou fala, especialmente para o público como é o meu caso, tem de ter cuidados especialíssimos para não ser surpreendido pelo perigo das generalizações, extensão inominada a pessoas, atividades ou instituições em face da grande incidência de irregularidades, como se constata facilmente na atividade política. Não obstante, as reiteradas trapalhadas e tropelias do ex-presidente Lula da Silva, objeto deste artigo e do seu titulo, são auto justificáveis.

Sua posição imperial desconsiderando instituições e poderes, já começa a ser objeto de estudos de psicólogos e psiquiatras, considerando todo o patrimônio de confiança e crédito junto à população brasileira, amealhada ao longo da sua vida pelo Presidente Operário, que vem sendo questionado e diminuído a cada nova ação de Lula.

Internamente em seu Partido dos Trabalhadores, o ex- presidente define e decide tudo, desrespeitando as silenciosas, contemplativas e reverenciais instâncias partidárias, como se o mesmo fosse ungido pelo óleo da perfeição e da onipotência. Meses atrás Lula viu-se metido em uma reunião no escritório do ex ministro e ex presidente do STF Nelson Jobim, onde participou também o Ministro do STF Gilmar Mendes, um dos que votará no processo do Mensalão do PT agora em agosto. Revelada a tal reunião, injustificada para todos os participantes considerando preceitos morais e éticos, o Ministro do STF revelou que se sentiu constrangido pela insistência de Lula em postergar o julgamento para depois das eleições de outubro vindouro.

O último ato transloucado de Lula foi submeter a si e as lideranças maiores do petismo nacional, além dos seus aliados, ao constrangedor ato de “beija a mão” do maior corrupto deste país, o Deputado Federal do PP/SP Paulo Salim Maluf, responsável pela criação de mais um verbo da língua portuguesa, o “malufar”, para designar ato relacionado a furto ou roubo.

Nessa paranóia de fazer do seu ministro da educação, Fernando Haddad, prefeito de São Paulo, Lula aliou-se a Maluf, em feijoada realizada na mansão de Maluf na capital paulista. Antes, dentro do mesmo pacote, a Presidente Dilma nomeou um correligionário do ex- prefeito, Osvaldo Garcia, para a importante Secretaria de Saneamento Ambiental, do Ministério das Cidades.

Ah, com o apoio do cacique progressista o PT amplia o seu tempo de TV em 1 min. 30s. Só não poderão os lulo-petistas utilizar Maluf para contatos internacionais, tendo em vista o fato de o mesmo estar sendo procurado pela Interpol e proibido de ingressar em 188 países

Como primeira conseqüência dessa aliança a já escolhida candidata a vice-prefeita, Deputada Luiza Erundina do PSB-SP, renunciou a candidatura dizendo que: “Lula ultrapassou ou limites”. Já o Presidente Nacional do PT, o patético Rui Falcão saiu-se com esta pérola: “Não foi o PT nem o Lulismo que mudou quem mudou foi o Brasil”. Sem comentários! .

O grande Eça de Queiroz (1845 – 1900), um dos maiores expoentes da literatura portuguesa de todos os tempos, sobre a permanência de alguns políticos no poder por longo tempo, aconselhou: “Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão”, considerando o conjunto da obra, não estaria na hora do eleitorado tomar providências com relação a esse tipo de político? É a pergunta que não quer calar...

FAZER A DIFERENÇA, ESTE É O MEU COMPROMISSO

Fiquei nos últimos quinze anos fazendo uma oposição critica aos governos do PMDB que se sucederam aqui na cidade do Rio Grande, desde a eleição em 1996, quando Wilson Branco e Delamar Mirapalheta, elegeram-se Prefeito e Vice Prefeito, até a atual gestão comandada por Fábio de Oliveira Branco.

Absolutamente nada de pessoal, não faço política só com o coração, muito menos com o fígado ou na pequenez de interesses pessoais, sempre me posicionei contra concepções de fazer e como fazer, portanto questões programáticas e de gestão.

“O tempo é o mais sábio dos conselheiros”, asseverou Plutarco, filósofo grego, há quase dois mil anos atrás. Esta máxima serviu para os gestores municipais e também para mim, considerando que houve evolução na condução dos interesses da comunidade, particularmente quanto ao desenvolvimento e a infra estrutura, o que tenho reconhecido publicamente. Óbvio que há muito a fazer, desafios de toda a ordem considerando o crescimento industrial que se verifica em nossa Cidade, oportunidade para a qual todos estão convocados a participar, interagir.

Pois bem, estamos a poucos dias das definições de nominatas para as candidaturas majoritárias e proporcionais, onde se mantendo os cenários atuais, vislumbra-se uma polarização entre as candidaturas a reeleição do Prefeito Fábio Branco e a do Deputado Estadual Alexandre Lindenmeyer. O meu Partido, o Democratas, já decidiu-se pela coligação com o PMDB, consolidada através de uma proposta que submetemos a apreciação do referido candidato, intitulada “Compromissos Democratas com a População Riograndina”, onde são destacadas algumas questões que no nosso entendimento precisam ser enfrentadas, tanto em termos de obras como em termos de gestão. Com relação à Câmara de Vereadores, trabalhamos para consolidar uma coligação que comprometa-se também com esses citados compromissos.

Pessoalmente tenho sido muito questionado e motivado a submeter meu nome, meu trabalho e a minha história à consideração do eleitorado riograndino, candidatando-me a Vereança, assunto que estou avaliando levando em consideração meus compromissos profissionais e familiares. Depois de onze anos ininterruptos comandando o “Nativa Debate”, espaço diário que mantemos na Rádio Nativa AM 740, das 18h às 19h, onde de maneira desafrontada temos enfrentado todas as questões que digam respeito à cidadania, junto com categorizada equipe de Debatedores, sem os quais seria impossível enfrentar esse cotidiano de polêmicas.

Pois bem, observando todos os cenários que se apresentam, inclusive o de manter-me exatamente como estou, acredito ter chegado a hora de um protagonismo mais efetivo, candidatando-me. Antes, devo consolidar essa alternativa junto com meus parceiros, amigos e familiares, considerando a relevância da decisão a ser tomada. Caso positivo, tenham todos a certeza de que será para valer, para fazer a diferença. Este é o meu compromisso.

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