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Alberto Amaral Alfaro
Advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.


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COMPARAÇÕES GRATIFICANTES

quarta-feira, 01 de Fevereiro de 2012 | 11:10

Somos educados ao hábito de comparar, tanto que o exercitamos automaticamente, de forma natural. Achamos normal ficar “carimbando” pessoas a partir da sua aparência ou comportamento, tanto para o bem como para o mal. O que importa é comparar, até inconscientemente.

Parecido não é igual, há diferenças até entre os gêmeos univitelinos, idênticos. Cada um de nós é um universo, particularíssimo, com virtudes e defeitos, lado bom e ruim, dentro de nós, na nossa personalidade. Persiste, não obstante, continuamos comparando, para mais ou para menos, nunca empata.

Ficamos lisonjeados com as comparações positivas, relativas ao talento, ao caráter, e enlouquecemos, até no ambiente familiar, quando usam exemplos de conduta que abominamos, entendemos como ofensa, e geralmente o são. Nas discussões as comparações são sempre armas muito poderosas, letais.

Levantei esse tema das comparações por ser um “comparador inveterado”, já próximo de um tratamento, variando o meu ânimo de acordo com comparação feita a meu respeito. Alguém, por acaso, está imune aos efeitos, positivos e negativos, das comparações? Ainda não encontrei os que convivem comigo afirmam o mesmo que afirmo: “Não me importam as comparações!”, mentira, importam e muito.

Pois bem, décadas atrás, o então Prefeito de Rio Grande, Abel Abreu Dourado, de quem fui Secretário do Trabalho e Ação Social, comparou-me ao Jornalista Cândido Norberto, idealizador do “Sala de Redação”, programa diário veiculado pela Rádio Gaúcha. Como não tinha contato com o referido profissional e nem sonhava em atuar como radialista, fiquei intrigado com a comparação.

Dias atrás, quando reencontrei o querido amigo Abel, num evento público, reabri o assunto perguntando-lhe sobre qual semelhança baseou a sua comparação, disse-me que deveria tomar como um grande elogio, já que admirava muito a inteligência privilegiada do Jornalista, seu fino senso de humor e a sua perspicácia. Lembrou que à época a observação prendia-se mais a ação política e a similitude de procedimento na defesa ferrenha dos ideais e propostas. Fiquei efetivamente orgulhoso com a comparação, morrendo ali aquela dúvida que me acompanhou por tanto tempo.

Quem fala registra, mas quem escreve se compromete, assume. Que documento melhor para reconhecer o perigo das comparações do que esta confissão tácita, onde exponho os perigos das comparações, que podem nos levar do céu ao inferno, de acordo com os nossos interesses ou percepções. O ideal é não usarmos as comparações como referências, existem sempre distorções, e os potenciais dos nossos talentos e habilidades são ilimitados.

Aos mais jovens, registro que o bageense Cândido Norberto dos Santos, era Jornalista formado na primeira turma da UFRGS, foi deputado estadual por quatro legislaturas e atuou na imprensa gaúcha por mais de sessenta anos, falecendo em 2009 aos 83 anos de idade.


Escrito por Alberto Amaral Alfaro

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DOM DE FAZER ESCOLHAS

sexta-feira, 27 de Janeiro de 2012 | 14:16

A lembrança mais remota que tenho de ter de escolher algo ou alguém vem da minha infância. Experiência da qual não tenho qualquer saudade, muito pelo contrário, com cinco ou seis anos de idade, meu Pai perguntou-me de quem gostava mais, se era dele ou de minha Mãe, deixando-me, literalmente sem opção.

Desde então, e lá se vão cinqüenta anos, a minha vida tem sido, como a de todas as pessoas, de constantes “emparedamentos”, considerando as nossas limitações e indefinições.

É bom poder escolher, mas como tudo, também tem os seus preços os seus custos, tanto é que muitas pessoas preferem o comodismo de se manterem neutras, em cima do muro, do que eleger, o que as tornam infelizes, até certo ponto despersonalizadas.

Quem me ouve e lê, tanto nas minhas relações pessoais e comerciais, como nas minhas inserções midiáticas e de comunicação, como no Blog do Alfaro, no Nativa Debate e na Folha Gaúcha, entre outros, sabe da minha sede em participar, opinar, criticar, decidir e até julgar.

É a minha vocação, é um dom que nasceu comigo, genético, intrínseco a minha personalidade, daí o meu protagonismo desde a juventude, na URES, no DCE, na política partidária, na responsabilidade cidadã, onde deságuo esse sentimento de justiça, de ética e de solidariedade, que me dão imenso prazer e sentimento do dever cumprido.

Dá trabalho e tem um custo inestimável estar posicionado, contrariar interesses e denunciar mal feitos, mas o que fazer quando isso brota naturalmente do nosso interior, de maneira incontrolada e incontrolável. Esse desejo de ter e fazer o nosso rumo e ainda intervir, enquanto animal social, na nossa ambiência, na sociedade.

Não renego essa missão, a recebo com muita alegria e disposição, lembrando e procurando me qualificar para esse trabalho dentro do que preconizou o grande estadista Wiston Churchill: “O esforço continuo – não a força ou a inteligência – é a chave para abrir o nosso potencial”.

Nada disso é “extra-sensorial”, parte de um entendimento de que o sentido da vida é escolher e ser escolhido. A partir dai desenvolver com racionalidade esse dom, atuando com ética, racionalidade nas suas decisões.

Estamos a poucos meses de outro processo decisivo para as nossas vidas, a escolha do Prefeito e Vice para administrar a Cidade e de vinte e um Vereadores para legislar e fiscalizar. É oportunidade impar para se fazer as correções que se fizerem necessárias, levando em conta as grandes demandas que se vislumbram, considerando o desenvolvimento em curso. Mãos a obra, cidadania impõe responsabilidades, para se obter o bônus de uma bela gestão temos o ônus da eleição. Tudo conosco.


Escrito por Alberto Amaral Alfaro

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natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.

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