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Alberto Amaral Alfaro
Advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.


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RECEITA PARA DESENVOLVER COM RACIONALIDADE

quinta-feira, 22 de Setembro de 2011 | 17:05

O Diretor Presidente da Engevix Engenharia S/A, Engenheiro Gerson de Mello Almada foi o palestrante da Reunião-Almoço “Tá em pauta”, promovida pela Câmara do Comércio do Rio Grande, na última quinta-feira, 22 de setembro.

O conteúdo da conferência: “Rio Grande – Um caso a planejar”, serviu para que de maneira clara e transparente, as lideranças municipais tomassem conhecimento do “tema de casa”, resultante desse novo momento que já estamos vivendo.

Este Colunista gostou muito da abordagem feita pelo consagrado Técnico e Empresário, que reiterou na sua fala alguns dos princípios que embasam as ações do Grupo Jackson, controlador da Engevix, que são a prestação de serviços de engenharia inteligentes para agregar valor aos empreendimentos de seus clientes.

Dentro dessa premissa, desse compromisso, levantou uma série de demandas já existentes e afirmou que o Pólo Naval é bonito, traz muita visibilidade, mas traz problemas, muitos problemas, para os quais devemos estar todos preparados, mobilizados.

Saúde, transportes, segurança, acessibilidade, trânsito e sistema viário, educação, comunicações, energia, água, habitação e saneamento, entre outros, são questões de Estado, responsabilidade do setor público, para as quais necessitamos, por setor, planejamento imediato.

Como exemplo, o Palestrante classificou de “epopéia” o trajeto entre a cidade do Rio Grande e a Capital do Estado, tanto por via terrestre como aérea, também pinçou que o “apagão de mão de obra” pode colocar em risco todo esse processo desenvolvimentista, visto a volatilidade do capital e a competição já existente com cinco outros pólos intalados no país.

Reiterou previsões já conhecidas de duplicação da população do município em dez anos, em conseqüência deveremos triplicar o número de vagas em escolas e universidades, bem como a já débil oferta de leitos hospitalares.

Paradoxalmente, citou como um mau exemplo, em conseqüência de falta de planejamento ou planejamento equivocado, a cidade de Macaé-RJ, que em eventos já realizados por aqui foi apresentada como “case”, frisou que a sociedade tem compromisso em manter a sua cultura, os seus hábitos e costumes, e com isso motivar os que aqui chegam para trabalhar a se adaptar.

Pessoalmente tenho me manifestado ao longo do tempo nessa mesma linha, cobrado das autoridades e lideranças municipais uma postura mais pragmática e menos sonhadora, alertando aos “mercadores de ilusões” a responsabilidade que temos todos com relação ao futuro desta que é a Cidade mais antiga do Estado, que tem que crescer respeitando o meio ambiente e, principalmente, os que aqui já residem.

O atual Prefeito Fábio Branco, que tem sido um verdadeiro “Caixeiro Viajante”, prospectando negócios e investimentos para a Cidade, tem que ter um compromisso prioritário, nesta altura dos acontecimentos, que é com as pessoas, as daqui e as que virão, buscando inteligências e competências, para que todos os olhares e ações se voltem para dentro do município, fazendo o que precisa ser feito.

O Dr. Almada, não disse absolutamente nada que não soubéssemos, apresentou números fascinantes com relação à expectativa de investimentos para o nosso Pólo Naval, assumiu compromissos com o desenvolvimento planejado e sustentável, ponderou mais parcerias e menos individualismos, enfim, esgotou, com muita simplicidade e humildade, o óbvio.

Como em toda a receita, os ingredientes para um desenvolvimento racional estão colocados, basta que todos os envolvidos tenham grandeza de espírito e senso de responsabilidade para aproveitar, da minha parte já estou de mangas arregaçadas.


Escrito por Alberto Amaral Alfaro

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LEITURA DA ENTREVISTA DA PRESIDENTE AO FANTÁSTICO

quarta-feira, 14 de Setembro de 2011 | 16:08

No último domingo o programa Fantástico da Rede Globo apresentou uma entrevista feita pela repórter Patricia Poeta com a Presidente Dilma Rousseff, onde, em dois momentos, foi mostrada aos brasileiros a rotina de vida e trabalho, nos palácios da Alvorada e Planalto.

Muitas leituras foram feitas com relação à referida entrevista, pessoalmente, entendo que a Presidente mais uma vez, como já havia sido demonstrado quando da campanha presidencial, evidenciou dificuldades em concluir raciocínios, dizer de forma clara e peremptória a que veio e quais são os seus projetos e compromissos.

Pareceu-me uma funcionária pública de carreira que alcançou o posto mais alto da administração pública e vai levando a gestão sem maiores emoções, despreocupada com o que teria a fazer e sem entusiasmo pelo que tem feito, uma gestão burocrática e fria.

Diferente daquela Dilma vendida por Lula como a Gerentona do Governo ou a “Mãe do PAC”, a Presidente mostra-se sem aquele gosto pelo desafio que lhe foi colocado, parece que esta cumprindo um estágio intermediário entre um Presidente que tudo fez, e o seu retorno, daqui a quatro anos, por um simples cumprimento da legislação eleitoral.

Manteve sua reconhecida intolerância ao ser perguntada sobre a política do toma-lá-dá-cá, interpelando a repórter com a réplica: “Você me dá um exemplo do dá-cá que eu te explico o toma-lá”. Perplexa, a repórter emudeceu, aí a Presidente, com ar de generosidade, amenizou: “Tô brincando contigo”.

Considerei um abuso de autoridade, um despropósito, ainda mais que é público e notória essa pratica nos governos brasileiros, ficaria mais bonito e do tamanho do cargo que ela ocupa dizer que é uma anomalia criada pelo sistema político vigente, que em função da governabilidade era obrigada a montar um governo de coalizão.

Minimizou a saída de quatro ministros em oito meses de governo, alguns com suspeitas de irregularidades, dizendo os mesmos ainda não foram julgados, portanto não podem ser condenados, perdendo a oportunidade de se comprometer definitivamente com a moralidade e o combate à corrupção.

Com relação à falta de recursos para a saúde, manifestou-se contrária a reedição da CPMF, mas mais uma vez não apontou o que pretende, menos o que fará, dizendo: “Acho que a CPMF foi um engodo, nesse sentido de usar o dinheiro da saúde não para a saúde”, para quem já está no governo há vários anos é muito pouco, pior, nada.

Óbvio que poderia fazer outras leituras, mas ainda estou naquele estágio de dar um tempo a nossa Presidente para que ela efetivamente dê ao Governo a sua cara, o seu jeito, aquele que nos foi vendido no período eleitoral, mas confesso que já estou perdendo a esperança.


Escrito por Alberto Amaral Alfaro

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natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.

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