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Ricardo Farias Carvalho, é Psicólogo formado em teoria psicinalítica e suas aplicações psicoterapeuticas e com especialização em Psicologia Clínica e Psicoterapia cognitivo e comportamental. Atende na Rua Dezenove de Fevereiro, 593/301 – Fones: (53) 3232-4677 e 8437-1066/8166-6324 – E.mail: ricardof.carvalho@uol.com.br.


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Corpo Mutante

segunda-feira, 02 de Julho de 2012 | 14:21

A imagem corporal que temos é, sem dúvida, de suma importância para o nosso desenvolvimento psíquico. Fonte de equilíbrio ou sofrimentos ela é implacável. Hoje, talvez mais do que nunca, passou a ter um peso extremamente relevante. O culto demasiado pelo belo gera consequências danosas inevitáveis.

As transformações corporais, embora não queiramos, o tempo, grande senhor, se encarrega de executá-las. Da infância à idade adulta são impressionantes as modificações. Uma imperfeição aqui, outra acolá e surge o desejo de termos um controle do incontrolável. Cirurgias plásticas? Serão suficientes?

Lembro de uma pessoa adulta que simplesmente estava inconformada com os quilos adquiridos com o passar dos anos. Estresse alavancado pelo trabalho e um ganho natural de peso eram desencadeadoras de conflitos. Constantemente, falava de que não tinha essa aparência. Para piorar o quadro, as fotos antigas serviam como uma referência inadequada para aquilo que gostaria de continuar sendo. Angústias asseguradas. Uma outra fez uma cirurgia no sentido de corrigir a parte que gerava extremo desconforto. Após, continuou com o descontentamento. Considerou o resultado “demasiado”, não era “bem o que queria”. O procedimento médico “não foi adequado”...

Nos dois casos supracitados e, certamente num bom número de outros, a não aceitação das alterações naturais ou do aspecto externo ocasionaram um empobrecimento na autoestima. Um pequeno detalhe ou como costumo dizer, uma “vírgula”, faz com que a parte seja irradiada para o todo. Notamos, nestes casos, uma sensibilidade demasiada as críticas. Várias situações são canalizadas para o corpo de maneira totalmente inadequada. O grande paradoxo, apesar de escutarem de alguns que são bonitas, interessantes, não adianta. Não raro, se agarram neuroticamente a parceiros que, sabendo da fragilidade, julgam negativamente e, mesmo assim, não conseguem se separar. Estes, com a referida dinâmica, parecem assumir uma posição de “deuses” encantadores. A atração descomedida, movida pelo sentimento de inferioridade, ocorre em níveis conscientes e inconscientes impedindo vínculos indicados.

Destarte, precisamos aceitar o luto pelo corpo que tivemos ou perdemos. A velha história de que a “lei da gravidade” chega para todos nós é uma forma corretíssima de pensar. Inúmeros, em função de tentativas mágicas de refazerem o lógico, terem novamente o referido controle, simplesmente caem num ridículo visual que pode aumentar a insatisfação ou desgosto.

Reconhecer as facetas positivas que possuímos, valorizá-las, é fundamental. Somente gostando daquilo que somos ou representamos e, principalmente da nossa imagem interna, é que podemos pensar em ter uma vida “feliz”. O corpo, indubitavelmente, dependendo do ponto de referência, é uma nascente significativa de frustrações. Portanto, cabe a nós, refazermos os pensamentos de uma maneira indicada ou menos doentia...

 

PSICÓLOGO/FONES: 32324677 ou 91629292/E-mail: ricardof.carvalho@uol.com.br  


Escrito por Dr. Ricardo Farias Carvalho

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O MAU

segunda-feira, 18 de Junho de 2012 | 11:48

Em alguns momentos, somos surpreendidos, geralmente pela mídia, com crimes ou situações brutais. Ficamos estarrecidos pelos requintes de crueldade que são apresentados. Não raramente, aparecem como protagonistas pessoas de classes sociais favorecidas, aquelas que, grosso modo, tinham tudo para se dar bem na vida. Estes dão uma “conotação especial” aos terríveis quadros e, de uma maneira imediata, pensamos nas causas ou fatores desencadeantes que levaram aos fatos.

Pesquisas foram feitas com presidiários visando determinar alterações no cérebro diante de fotos de cenas comuns e outras que envolviam extrema agressividade ou perversidade. Num grupo, observaram que não houve absolutamente nenhuma diferença manifestada entre ambas, ou seja, uma isenção total de sentimentos. Os psicopatas possuem esta característica na sua essência. Frieza emocional. Inteligentes, sedutores, fazem de tudo para que suas vítimas sofram ao máximo. O prazer sentido em função disso é imensurável. Quantos mais atingem com o seu comportamento, maior a “glória interna”. Só para termos uma idéia da dimensão do quadro dentro do nosso sistema prisional, cerca de vinte e cinco por cento dos detentos apresentam um diagnóstico de psicopatia. Em algumas prisões do mundo já existe uma separação entre os portadores e os presos “comuns”.

Hoje em dia, não existem dúvidas de que o indivíduo nasce com esta condição ou o seu cérebro está “mal formatado”. Desde pequeno, ao longo do desenvolvimento, vamos observando relatos de episódios com o ambiente que simplesmente apavoram. As indiferenças nos sentimentos, a incapacidade de empatia ou de se colocar no lugar do outro são enormes e notórias. O lado mau é predominante em ações ou no convívio social.

Contrariamente ao que pensamos, nem sempre estes elementos estão atrás das grades. Cargos relevantes na nossa sociedade como políticos, pastores, entre outros, podem apresentar personalidades extremamente doentias e que, como disse acima, usam da sua inteligência em benefício próprio. São aqueles que têm uma pele de cordeiro, mas que, no fundo, são lobos vorazes ou impiedosos. A infelicidade ou o padecimento dos demais é o que importa verdadeiramente. No meio de tantos nomes, podemos citar a figura de Hitler.

Se pensarmos na possibilidade de “cura”, apesar da sua relatividade, ela é inexistente em casos ou níveis graves. Certos regimes adotam como saída a prisão perpétua para crimes hediondos, sabendo de antemão que não há condições de recuperação na sua estrutura ou essência.

No excelente e pesado filme, baseado no romance de Lionel Shriver e em fatos reais, “Precisamos falar sobre Kevin”, temos uma panorâmica bastante interessante de como uma mente psicopata funciona desde o seu nascimento. Uma família que vive constantemente a mercê de um indivíduo cruel, de maus instintos e que atormenta todos segundo as suas próprias regras. E, quando chega a sua adolescência, tudo aquilo que possuía internamente passa a ser exacerbado, determinando severas consequências na comunidade em que vivia. Desejo estimular os leitores a assistirem e analisarem os inúmeros aspectos que são mostrados nesta história.

 

PSICÓLOGO/FONES: 32324677 ou 91629292/E-mail: ricardof.carvalho@uol.com.br


Escrito por Dr. Ricardo Farias Carvalho

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Alberto Amaral Alfaro

natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.

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