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Ricardo Farias Carvalho, é Psicólogo formado em teoria psicinalítica e suas aplicações psicoterapeuticas e com especialização em Psicologia Clínica e Psicoterapia cognitivo e comportamental. Atende na Rua Dezenove de Fevereiro, 593/301 – Fones: (53) 3232-4677 e 8437-1066/8166-6324 – E.mail: ricardof.carvalho@uol.com.br.


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FOCOS

segunda-feira, 30 de Abril de 2012 | 14:16

No meio de tantas dificuldades que os adolescentes contemporâneos encontram-se envolvidos, temos em especial uma que norteia inúmeros caminhos que devem ser seguidos: o estabelecimento de um foco. Perplexos, atônitos, se deparam com dúvidas persistentes quanto a sua produtividade ou utilidade social. Simplesmente, queixam-se que estão “perdidos”...

Tenho visto, com relativa frequência, jovens que a um passo da fase adulta, simplesmente sentem-se desorientados em relação ao que fazer. Antigamente, exagerando, a simples escolha e o término do curso superior, para quem tinha o privilégio, era passaporte que permitia alavancar, num bom número de casos, definições. Hoje, nem tanto. Sinais dos tempos? O sentimento de paixão parece estar em desuso ou impossibilitado de se manifestar. Confusões óbvias entre a razão e a emoção. Sendo assim, o ponto de convergência donde nascem subsídios do autêntico EU está afetado. Questiono se essa dificuldade de encontro está diretamente ligada à realidade, é fruto dela, se parte do próprio sujeito ou se ambas as alternativas são verdadeiras. Apesar das dúvidas, possuímos uma única certeza no âmago das indefinições: o abalo da autoestima. Desta maneira, novos questionamentos são estabelecidos. Essa precária oscilação nos atos ou pensamentos é causa ou consequência? Sintoma de um mundo circundante que é duro e implacável?

Trabalhar interna e externamente um foco implica numa árdua tarefa. Desencadeia, evidentemente, lutos. É deixar, como costumo dizer, consideráveis possibilidades de lado e escolher simplesmente uma. É apostar no tempo e nos esforços despendidos que nem sempre trazem um resultado imediato e desejado na sua plenitude. É lutar contra tudo aquilo que representa facilitações ou abreviamentos do caminho.

A tão comentada felicidade parece estar diretamente ligada à concretização de objetivos estabelecidos ou alcançados. É visível, notório, quando alguém, após árduas batalhas, consegue consumar uma intenção elaborada ao longo de um processo. O contrário produz um substrato de insatisfação constante e corrosivo. Fernando Pessoa, quando disse “navegar é preciso”, certamente imaginou “focos” ou metas a serem atingidos. Início, meio e fim. Sem eles, a existência fica empobrecida ou ameaçada.

Cabe a nós a difícil tarefa de procurarmos nas profundezas da alma algo que justifique uma trajetória ou, em outras palavras, uma causa para viver. Temos que, cada vez mais, reconhecer, valorizar e direcionar o nosso potencial interno minando positivamente as fantasias de incapacidade tão corriqueiras e geradoras de sofrimentos nos dias atuais. É imperativo combater parcelas da nossa sociedade que, de uma forma velada, inconsciente, vem produzindo nos seus membros uma descrença ou desmotivação sem precedentes nos indivíduos no que tange a objetivos almejados...

PSICÓLOGO/FONES: 32324677 ou 91629292/E-mail: ricardof.carvalho@uol.com.br


Escrito por Dr. Ricardo Farias Carvalho

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PENSAMENTOS NEGATIVOS

segunda-feira, 16 de Abril de 2012 | 16:20

O cérebro está constantemente em atividade. Embora repousando, as produções são contínuas. Os pensamentos diários têm o poder de alavancar sentimentos e comportamentos. Num número significativo de pessoas, a predominância é o “imaginário negativo”, fazendo com que um inferno psíquico seja instaurado.

As dificuldades, os problemas inerentes ao cotidiano, sem sombra de dúvida, atacam ou assombram a todos nós. Quando levantamos pela manhã, geralmente possuímos um rol de situações a serem resolvidas. De um jeito ou de outro, processamos uma boa parcela do nosso dia no sentido de irmos encontrando, naturalmente, soluções que produzam a estabilidade do aparelho mental ou gerem o conforto desejado. Portanto, há aspectos reais a serem enfrentados. Por outro lado, alguns, além desses, têm o dom de imaginarem simplesmente o pior. As possibilidades irreais passam a ser invasivas, frequentes e intensas, tomando conta dos indivíduos. Estes ficam antecipando “tempestades” infundadas de evidências. Ao menor sinal de um contratempo qualquer, este é amplificado barbaramente. Ansiedades no que tange ao futuro são somadas, fazendo com que sofram em demasia. Por consequência, sentimentos de incapacidade vão ocorrendo. Não raro, se consideram “azaradas’, como se fossem as únicas “prejudicadas”. Quando determinado fator não dá certo, costumam se apoiar em diversas recordações contraproducentes, justificando as mazelas ocorridas. Perdem, com isso, parcialmente, a motivação devida. Em certos períodos, pensam em desistir das coisas, pois “sempre dá tudo errado”. Lembro de uma paciente que me relatou um simples defeito no motor do seu carro. Esse fragmento “motor” passou a ser o depositário de conflitos pelos quais passava. Diga-se de passagem, absolutamente normais. As leituras equivocadas a respeito do que lhe acontecia e, muitas vezes, tomando o detalhe como norte, eram fontes de intermináveis sofrimentos. Sentimentos de incapacidade e de “estar cheia de tudo”, em alguns momentos, balizavam a sua existência.

Não penso que devamos ser otimistas demasiadamente.  Destarte, a realidade - à medida em que vamos alcançando novos níveis internos e externos - vai gerando uma única certeza: viver é aprender a lidar com as instabilidades. Altos e baixos, vicissitudes, sem dúvida, requerem flexibilidade da nossa parte. Desta forma, ficar pensando no pior é, no mínimo, contra indicado. E, quem de nós não fantasiou condições impróprias que simplesmente não ocorreram? Quanta energia e sofrimentos foram em vão? Valeu a pena pensar desta única maneira? Até que ponto?

Elaborar conceitos realistas, pensamentos confiantes em relação ao EU e também acreditar na capacidade que temos de encontrar saídas quando surgem os obstáculos é imperativo. Entristecer, adoecer ou até mesmo morrer, em muitos casos, está diretamente ligado a modos de pensar desaconselháveis...

 

PSICÓLOGO/FONES: 32324677 ou 91629292/E-mail: ricardof.carvalho@uol.com.br


Escrito por Ricardo Farias de Carvalho

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Alberto Amaral Alfaro

natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.

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