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Ricardo Farias Carvalho, é Psicólogo formado em teoria psicinalítica e suas aplicações psicoterapeuticas e com especialização em Psicologia Clínica e Psicoterapia cognitivo e comportamental. Atende na Rua Dezenove de Fevereiro, 593/301 – Fones: (53) 3232-4677 e 8437-1066/8166-6324 – E.mail: ricardof.carvalho@uol.com.br.


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FASES

segunda-feira, 05 de Março de 2012 | 17:21

Há muitos anos, quando as minhas filhas eram pequenas, uma pessoa fantástica trabalhava no meu lar. Mãe de um número expressivo de filhos acumulava uma vasta experiência no que se refere à vida como um todo. Eu, jovem, pai e psicólogo, vivenciava muitas vezes um contraste com a bagagem de conhecimentos que ela tinha. Era interessante aprender com alguém que possuía pouquíssima instrução e visões diferenciadas acerca do como lidar com as dificuldades inerentes a vida de todos nós.

Em certos momentos, apesar de contermos um equilíbrio interno e uma “educação”, o universo parece desabar sobre nós. Uma simples febre persistente de uma criança é geradora de um desconforto significativo. O mundo tem as suas cores alegres transformadas imediatamente para um cinza ou preto. Enquanto não resolvemos a questão, não descansamos.

O convívio diário, evidentemente, faz com que nós conheçamos o outro. A bondosa senhora quando me via preocupado ou “filosofando” sobre um ponto delicado que estava ocorrendo em relação à prole constantemente utilizava uma frase que jamais esquecerei: -“Não se preocupe seu Ricardo, tudo são fases...” No seu exercício de empatia, simples, óbvio, fazia com que novamente eu questionasse a respeito sobre a totalidade desconfortável. Seguidamente, até eu brincava com as palavras, quando uma nova nuvem indesejável aparecia e me distanciava da zona de conforto.

Os anos foram passando, os bebês crescendo e o pai inexperiente cedeu lugar para outro “ligado” às sábias palavras. Fases. Ter filhos implica em enfrentar várias fases. Umas que são alegres, representantes das conquistas, expectativas ou dos aspectos idealizados correspondidos, etc. Outras, não tanto. Algumas são determinadas pelas vicissitudes da existência ou que pertencem ao livre arbítrio. Como pais, geralmente temos uma tendência ou inclinação para resolver o problema, seja ele de que tipo for, de uma forma imediata. Esquecemos que um bom número deles tem um tempo e que passarão naturalmente. Com esse funcionamento “ansioso e imediatista”, asseguramos somente sofrimento para a alma. Até a febre supracitada, depois de medicada, tem a tal fase para que melhore.

A verdade, geralmente esquecida, é que muitas situações difíceis encontram uma resposta no seu próprio eixo. Os filhos, em condições normais, possuem “anticorpos psíquicos” e, portanto, vão encontrando, gradativamente, as soluções mais adequadas. Um belo exercício interno, nesse sentido, é pararmos e refletirmos acerca dos nossos pensamentos a respeito das inúmeras previsões equivocadas ou negativas que fizemos ao longo do processo. Certamente não acertamos todas.

Respeitar cada fase “natural” com as suas indevidas instabilidades, inseguranças e consequente maturação é imperativo. Digo sempre que o novo encaixe das peças esparramadas pela adolescência depende de um “estalo” interno. A partir deste, uma única convicção: novas fases deverão ser enfrentadas. É, “não se preocupe, tudo são fases...”

 

PSICÓLOGO/FONES: 32324677 ou 91629292/E-mail: ricardof.carvalho@uol.com.br


Escrito por Dr. Ricardo Farias Carvalho

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AGRESSÕES FÍSICAS ENTRE PAIS E FILHOS

quarta-feira, 22 de Fevereiro de 2012 | 14:21

Educar um filho evidentemente não é uma tarefa fácil. O mundo contemporâneo sofre a falta de definição dos limites no processo educativo. Sendo assim, pais e filhos caminham por um terreno delicado e perigoso que pode envolver, inclusive, agressões físicas no âmbito familiar.

Bater em um filho implica num grau de descontrole maior. Significa que todos os aspectos racionais, possíveis e imagináveis, foram vencidos por uma resposta que é altamente corrosiva no vínculo e que deixa marcas profundas principalmente para quem é atacado fisicamente. Quando uma criança vai sendo criada num certo molde introjeta, em doses homeopáticas, tudo ou quase, que lhe é passado. Fisicamente é fraca. Há uma grande desvantagem no que tange aos seus pais. Porém, o óbvio ocorre. Num determinado dia, a equiparação das forças, no mínimo, acontece. O agredido passa a ser também o agressor. Guerra ou inferno instaurado.

Sentimentos aversivos ou pesados em relação à figura do outro acontecem. O mais indicado, em muitos casos, quando “todas” as tentativas falharam, é a separação física. Mas, o que poderia ser uma “solução”, é dificultado pela questão financeira. Pais com condições precárias e salários geralmente nada justos pagos aos jovens, quando estes podem trabalhar, impedem um novo arranjo. Em outras palavras, a conjuntura, infelizmente, está assegurada por um bom tempo.

Não gostaria de generalizar colocando a responsabilidade somente nos pais. Simplesmente partimos do princípio de que alguém tem que tomar alguma atitude. Controle interno não se processa do dia para a noite. Deveria haver uma consciência visando procurarem auxílio quando o contrário, o descontrole emocional maior, fosse sentido em qualquer parte. Por outro lado, não raro, progenitores que agridem sofreram agressões nas suas infâncias dos seus próprios pais.

Não poderia deixar de citar os sentimentos de culpa, arrependimento, que normalmente existem em pais e filhos que se maltratam mutuamente. Estes, no fundo, são escravizados por forças inconscientes, muitíssimo fortes sendo, portanto, incapazes de modificações estruturais.

A maneira de responder às pressões ou conflitos no lar acaba, num bom número de casos, se estendendo para as relações sociais. Destarte, conviver com um indivíduo portador de “pavio curtíssimo” é desagradável. A pessoa está sempre pronta para agredir verbal ou fisicamente diante de situações que impliquem um grau mínimo de frustração. Desta forma, há um afastamento natural dos outros que, por sua vez, acarreta o incremento de um universo perseguidor.

O agir primeiro, pensar depois, inerente a fase adolescente, é amplificado por um meio agressivo. Comportamentos nada indicados socialmente, até mesmo alguns crimes, podem ter como pano de fundo a dinâmica supracitada.

Em suma, os laços de amor, amizade, companheirismo, são extremamente importantes como um todo, tanto para pais quanto para filhos...

 

PSICÓLOGO/FONES: 32324677 ou 91629292/E-mail: ricardof.carvalho@uol.com.br


Escrito por Dr. Ricardo Farias Carvalho

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Alberto Amaral Alfaro

natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.

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