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Ricardo Farias Carvalho, é Psicólogo formado em teoria psicinalítica e suas aplicações psicoterapeuticas e com especialização em Psicologia Clínica e Psicoterapia cognitivo e comportamental. Atende na Rua Dezenove de Fevereiro, 593/301 – Fones: (53) 3232-4677 e 8437-1066/8166-6324 – E.mail: ricardof.carvalho@uol.com.br.


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VENCENDO OS MEDOS

terça-feira, 17 de Maio de 2011 | 11:22

As histórias em quadrinhos são fascinantes. Além de expressarem a personalidade do seu criador podem ir ao encontro do inconsciente coletivo de uma nação. Períodos de depressão, maiores dificuldades, foram responsáveis pelo surgimento de personagens poderosos, como modo de levantar a autoestima e autoconfiança das pessoas.

Batman, quando criança, cai numa caverna e é cercado por incontáveis morcegos. Retirado do local fica o trauma. O medo condicionado é, portanto, terrível. Um pouco maior, vai ao teatro com os pais e, num determinado momento, uma cena que lembra os mamíferos faz com que solicite para saírem do espetáculo devido ao seu pavor. Quando os três estão caminhando pela rua, os progenitores são assaltados e assassinados. Assiste ao quadro se sentindo totalmente impotente. Culpado, achando que foi o responsável pela morte destes, resolve combater o crime. Posteriormente, decide voltar à caverna e enfrenta o medo dos morcegos. Vence a si mesmo. O temido passa a ser o seu símbolo e poderoso aliado.

Quem de nós não apresenta algum tipo de medo? Até os animais aterrorizantes possuem o sentimento em instantes adversos. Situações que superam a nossa capacidade de tolerância, principalmente na infância, ficam armazenadas de tal maneira que, muitas vezes, passamos uma vida inteira escravizados em função delas. Os traumas, evidentemente, têm peso. Coisas simples, que para os outros são fáceis de serem solucionadas ou chegam a ser ridículas, para quem sofre é um horror. Como no exemplo supracitado, qualquer detalhe que lembre o fato é amplificado, gerando extremo desconforto. O cérebro não consegue fazer uma análise racional do ocorrido.

Surge assim, uma pergunta lógica de como podemos superar os temores. Digo sempre no consultório que a melhor forma é enfrentá-los. A exposição gradativa associada a uma terapia de apoio produz bons resultados. Exemplificando, mais uma vez, lembro de uma adolescente que tinha medo de cachorros. Caminhando pela cidade, ficava extremamente ansiosa quando se aproximavam dela. Combinamos que, primeiramente, deveria achegar-se de filhotes que estivessem presos. Cumprida a etapa, entraria em contato com os soltos. A seguir, observaria o tamanho dos demais, como também, “raças menos agressivas”. Se tivesse condições, procuraria fazer um carinho para ver qual seria a resposta dos animais. “Tarefa de casa” cumprida e, em pouco tempo, começou a ser relacionar com os cachorros das amigas. Adquirindo confiança, observando pistas de comportamentos dos bichos, lidando com o seu autocontrole, passou a não ter problemas.

Um dos segredos é respeitarmos os nossos limites. Quando a angústia é demasiada retrocedemos para depois avançarmos novamente. A sensação de vitória que temos diante de coisas “simples e complexas” é algo indescritível. Sem sombra de dúvida, ficamos psicologicamente fortalecidos para outras adversidades na vida, que não são raras. Tente e consiga...

PSICÓLOGO/FONES: 32324677 ou 91629292/E-mail: ricardof.carvalho@uol.com.br


Escrito por Dr. Ricardo Carvalho

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LUTAS IMPRODUTIVAS

segunda-feira, 02 de Maio de 2011 | 10:34

A adolescência é caracterizada, entre diversos aspectos, por uma luta entre gerações. Adultos e adolescentes, sem sombra de dúvida, sofrem mutuamente. A sensação é a de que existe uma tempestade constante nos vínculos estabelecidos. Basicamente, temos por um lado inúmeras reivindicações, por outro, repressões constantes. Encontrar um equilíbrio nesse processo é quase impossível.

Os sistemas estão muito bem montados. Os jovens são detentores da vitalidade e os adultos, por sua vez, do poder. Estes, temerosos que o status quo seja atingido, travam uma autêntica batalha para que seus espaços permaneçam intactos. O universo adulto no seu grau mais elevado usa os jovens como viabilizadores de ideologias, cria guerras mesmo que a morte “heróica” aconteça. Os pais trazem dentro de suas bagagens o modelo que receberam dos seus próprios progenitores enquanto eram adolescentes. Manifestações conscientes e inconscientes acabam determinando uma maneira de funcionar que, na maioria das vezes, nada mais é do que uma reedição do modo autoritário como foram educados. Destarte, cobram dos adolescentes uma estabilidade e rechaçam, veementemente, denotações de rebeldia de toda ordem. Os pais, paulatinamente, vão perdendo todo o poder que representaram. A percepção destes quanto à velhice, que o futuro por ser construído não pertence a eles e sim aos filhos é extremamente dolorosa. A alma é atingida em cheio gerando como consequência conflitos.

O jovem ansioso, impulsivo, desejoso de ser alguém ou “ter”, luta nesta sociedade ferozmente para alcançar algum valor. Sentimentos de ódio e desgosto são provocados ou desencadeados pela prosperidade alheia. Assim, as relações se processam num clima de invejas recíprocas. Os adolescentes, criticados pelos adultos, tendo seus erros e suas inseguranças assinaladas criam um distanciamento natural ou mundo à parte, considerando os adultos chatos e “quadrados”...

Adolescente que não se rebela, assim como criança que não brinca, não é normal. A não contestação, portanto, passa a ser doentia.

Assustados constantemente com a crítica tenaz e os desafios, pais e filhos deixam de aproveitar vários ensinamentos importantes no que tange à vida. Sem dúvida, perdem a oportunidade de usufruir trocas ou experiências extremamente ricas.

No todo, talvez um dos caminhos necessários seja o reconhecimento verdadeiro do próximo e a aceitação de que, efetivamente, há invejas naturais recíprocas. Ambos, inegavelmente, sempre têm algo a ensinar e a aprender. As acusações, medos, os atos impulsivos, devem ser remediados, solucionados através do diálogo e afeto...

O mundo pode fluir com uma maior leveza. As dificuldades impostas para que o jovem ingresse na fase adulta ou os rituais de iniciação, as críticas pelas críticas quanto à sabedoria dos experientes, nada mais são do que dinâmicas equivocadas e desnecessárias de sofrimentos. Por que não somar?

 

PSICÓLOGO/FONES: 32324677 ou 91629292/E-mail: ricardof.carvalho@uol.com.br

 


Escrito por Dr. Ricardo Carvalho

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Alberto Amaral Alfaro

natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.

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