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Ricardo Farias Carvalho, é Psicólogo formado em teoria psicinalítica e suas aplicações psicoterapeuticas e com especialização em Psicologia Clínica e Psicoterapia cognitivo e comportamental. Atende na Rua Dezenove de Fevereiro, 593/301 – Fones: (53) 3232-4677 e 8437-1066/8166-6324 – E.mail: ricardof.carvalho@uol.com.br.


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A IMPORTÂNCIA DAS VERDADES

segunda-feira, 21 de Março de 2011 | 11:29

      O ser humano é um ser social. Desde pequenos, em condições normais, interagimos com os outros. Existe basicamente uma necessidade de agradar, sermos queridos e de termos boa imagem diante da sociedade. Sendo assim, muitos acabam aceitando aspectos que são extremamente desagradáveis. Qual será o limite de concordarmos com tudo aquilo que as pessoas querem ou de lutarmos por nossas convicções? Quais serão as consequências dessa luta interna?

      É comum observarmos casais que não possuem um bom vínculo no relacionamento. No início, a química e o amor amplificado, vão proporcionando equilíbrio ou prazer imensurável. De uma hora para outra, tudo o que parecia perfeito começa a desandar. Dificuldades na área sexual, irritabilidade, dores de cabeça, distúrbios estomacais, doenças na pele, traços depressivos ou até depressão, são alguns sintomas costumeiramente relatados. Geralmente, se estabelece uma relação dominadora. O “pavio” fica curto, qualquer detalhe é motivo para brigas inexplicáveis.

       Digo sempre que o diálogo é a ferramenta básica, importantíssima, para que um envolvimento possa ser considerado saudável. Isso implica num grau de abertura quase máximo de ambas as partes. Quando os pequenos conflitos de uma vida a dois não são valorizados, discutidos, a “bola-de-neve” tende a ficar enorme. Agradar sempre no sentido de se anular, apesar das melhores intenções é improdutivo e corrosivo. O EU vai armazenando insatisfações, frustrações, ressentimentos, raivas e, num belo dia, o que parecia “normal”, rompe as barreiras bruscamente. Causas profundas podem ser o motivo de arestas indesejáveis. Citaria, por exemplo, o modelo de brigas absorvido desde a infância entre os pais, como também, o fantasma constante ou a realidade de uma separação. Forças poderosas, conscientes e inconscientes, muitas vezes lutam para que isso não seja reeditado. Visto desse ângulo as discussões devem ser evitadas de todas as maneiras. A vontade de uma perfeição é infinita...

      É impossível a ausência de desavenças numa união mesmo tentando constantemente evitá-las. Os posicionamentos diferentes são produtivos, quando não intensos e predominantes, dentro de um todo. Se forem bem conduzidos, ao contrário do que muitos pensam , sintonizam um relacionamento.

      Para se viver, dividir ou compartilhar uma vida a dois devemos logicamente pensar no outro sem esquecermos a essência ou como funcionamos verdadeiramente. Se encontrarmos compatibilidade com a grande maioria dos nossos pensamentos, visões, afetividade, sexualidade, etc., aí sim podemos pensar no verbo amar. Quando não ocorrer dessa forma, devemos refletir ou avaliar os fatores determinantes das dificuldades e a continuidade, ou não, do vínculo. No âmago, não devemos ser “bons nem maus” mas, fundamentalmente, nós mesmos...

 

PSICÓLOGO/FONES: 32324677 OU 91629292/ E-mail: ricardof.carvalho@uol.com.br


Escrito por Ricardo Farias de Carvalho

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NEGOCIAÇÃO: SEXO NA CASA DOS PAIS?

quarta-feira, 09 de Março de 2011 | 16:19

Nos finais de semana alguns pais cansados da rotina estão tendo mordomias jamais sonhadas pela manhã: camas arrumadas, café na mesa e almoço pronto. Tudo bem se fosse feito pela empregada, mas que tal pela filha e o namorado? O contrário também pode acontecer no domingo, o filho depois de ter passado a noite com a namorada na própria casa, diga-se de passagem, “escondidinho do tipo todo mundo sabendo”, acorda com a maior cara-de-pau sem ajudar em nada e lá por volta de uma hora dizendo que a fulana “veio para almoçar”...

Situações como essas cada vez mais estão acontecendo nos lares. A juventude contemporânea sem dúvida, no nosso país, está gradativamente em doses homeopáticas preparando o terreno para que em breve cenas como as descritas acima não causem nenhum espanto, se é que ainda causam...

Gostaria de transcrever alguns dados que li na revista ÉPOCA (29/04/02), sobre o assunto que achei bastante interessante: uma pesquisa realizada pelo Ibope mostra que 34% dos adolescentes brasileiros de classe média têm autorização dos pais para fazer sexo em casa. Na região Sul 35% tem essa permissão, no Nordeste apenas 11%. Nas regiões metropolitanas 38% dos adolescentes contra apenas 18% no interior. Nas famílias de classes D e E, que levam um cotidiano no limite da subsistência, a cifra fica em 14%, até porque não há nessas casas o mínimo de espaço para a privacidade dos filhos. Em termos de média nacional 25% têm autorização dos pais para manter intimidades no quarto ao lado. No que se refere à diferença de sexo, 37% dos meninos têm licença dos pais para dormir com a namorada e as meninas apenas 9%. Nos anos 70 a primeira relação sexual ocorria aos 20 anos, hoje acontece entre os 14 e os 16 anos.

Fiquei surpreso com a explicação dos pais dos motivos que permitem sexo em casa: 54% dizem que é mais seguro do que na rua; em quarto lugar,15% colocaram que era para garantir uma vida sexual saudável. Muito bem, mas fiquei pasmo e questionando se o ponto principal não deveria ser o contrário...

Depois de tantos dados estatísticos, números, somados as nossas percepções, não adianta querer negar o óbvio, ele está diante de nós. Isso tudo é mais uma conquista da juventude como tantas outras. Tenho observado na maior parte das vezes pais e filhos angustiados com a possibilidade do sexo dentro da própria casa. As dobradiças da porta do quarto dos filhos nunca trabalharam tanto. Muitas vezes os pais se fantasiam de detetives controlando o menor ruído ou alguns sons “diferentes” dentro do quarto, quaisquer dúvidas, lá está o pai ou a mãe dando alguma desculpa esfarrapada para eliminar todas as possibilidades. Por outro lado, tenho visto filhos controlando os pais de canto de olho, esperando uma brecha, uma saída, para darem uma “rapidinha”... Raramente vi pais que lidam de forma adequada com o contexto, com a maior naturalidade possível, sendo o aspecto sexual vivenciado como qualquer outro natural, normal. A diferença, o reflexo de uma forma ou outra, é altamente significativo.

Para alguns pais, a situação causa arrepios, vai contra princípios armazenados durante uma vida, não conseguem superar as dificuldades pelas quais eles próprios passaram, pensam que se facilitarem um pouquinho o processo perderão o controle, a promiscuidade entrará em marcha. Para determinados filhos, também não é muito fácil, abrirem o jogo por completo pois temem ser criticados, julgados. Não se sentiriam bem transando tendo os pais e irmãos próximos, a avaliação acobertada ou não dos familiares, entre outros motivos.

Outra dúvida levantada por parte dos pais é em relação a quem permitir um grau maior de intimidade dentro de casa. A matéria coloca que “como regra geral, os pais não parecem dispostos a permitir um rodízio de parceiros no quarto dos filhos . A estabilidade do relacionamento é pré-requisito para o uso liberado do quarto.”

Independentemente do local a ser escolhido pelos filhos ou pais, de uma forma ou de outra, no meu entendimento, existe uma grande necessidade de negociação, diálogo de ambas as partes, cada uma delas depois do acordo feito, cumprir as suas responsabilidades e implicações. A essência é a aceitação, não adianta acharmos que com uma simples porta fechada ou não, estaremos tendo magicamente o domínio de tudo, falsa ilusão... Não tem sentido querermos negar os dados de realidade achando que sexo, só ocorre com a filha do vizinho...

Vejo como normais às restrições, as manifestações contrárias quanto às relações sexuais na própria casa, o horror sentido quando uma mãe descobre que o filho transou na sua própria cama com a namorada, afinal todo o processo de mudança implica na palavra “tempo”. Apesar de todos os pesares, começo a ver uma luz no fundo do túnel, uma conscientização maior, mais abrangente. Devemos partir do princípio que um nível de qualidade mais indicado na vida sexual de um filho tem como consequência, uma vida psíquica mais feliz...

 

PSICÓLOGO/ESPECIALISTA EM PSICOLOGIA CLÍNICA/FONES: 2324677 ou 99714072

 


Escrito por Dr. Ricardo Carvalho

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Alberto Amaral Alfaro

natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.

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