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Ricardo Farias Carvalho, é Psicólogo formado em teoria psicinalítica e suas aplicações psicoterapeuticas e com especialização em Psicologia Clínica e Psicoterapia cognitivo e comportamental. Atende na Rua Dezenove de Fevereiro, 593/301 – Fones: (53) 3232-4677 e 8437-1066/8166-6324 – E.mail: ricardof.carvalho@uol.com.br.


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CONSCIÊNCIA E PAZ

quinta-feira, 20 de Fevereiro de 2014 | 18:11

Faz um bom tempo que ganhei de presente um peso de alumínio para papéis com a palavra “paz” escrita nele. Certamente, expressa o desejo de quem me presenteou. Normal e costumeiramente, buscamos a ausência de inquietações ou calma. Exercício nada fácil nos dias de hoje. Problemas de diversas ordens contribuem exatamente para o contrário. A perturbação do mundo contemporâneo é extremamente relevante. Almas aflitas são constantes.

Digo, com frequência que, paz, na totalidade, não existe. É simplesmente uma utopia pensarmos desta maneira. Mesmo que não queiramos, é da condição humana o enfrentamento de pontos aflitivos. Sendo assim, a minimização destes, ao máximo viável, é algo que está diretamente ligado à consciência que possuímos e que se expressa de infinitos modos. Desde o instante em que levantamos, até a hora de dormirmos, ficamos diante de situações que nos põem à prova. Condutas ou atos nos remetem ou não, em frações de segundos, para os demônios internos ou externos. Respostas simples e equivocadas diante de problemas corriqueiros, somadas, funcionam como verdadeiros desestabilizadores. Sofremos.

Por outro lado, não raro, temos uma tendência natural de culparmos os demais pelas mazelas que surgem. Todos ou quase, são responsáveis por fatores que consideramos indesejáveis. Dificilmente questionamos ou refletimos o quanto colaboramos para que facetas inconvenientes sejam produzidas. Neste jogo mútuo de acusações está sedimentada a humanidade. Partes, individualmente, procuram manter uma neutralidade ou isenção. Não obstante, nada conseguimos com a referida dinâmica. Por mais que, no momento, consigamos provar a falsa razão e “convencermos” o próximo, acabamos não nos persuadindo. E, no fundo, é o que importa.

Enganam-se aqueles que consideram pequenos desvios, mentiras, acobertamentos, distorções, etc., desprezíveis. Preços são cobrados em função da falta de consciência ao longo de uma existência. Além dos aspectos emocionais, o corpo, intimamente ligado à supracitada alma, num belo instante, sofre um colapso significativo. O que ia bem deixa a desejar. Pane num equilíbrio que não consegue mais sustentabilidade. Confusão ou rebelião concretizada. Ausência de paz.

Nada melhor do que, à noite, deitarmos a cabeça em um travesseiro com a consciência em paz. A sensação de leveza é incalculável ou indescritível. Rapidamente nos desligamos e partimos para o descanso almejado. O cérebro que trabalhou no sentido de promover o “melhor possível”, visa, fundamentalmente, relaxar. Contrariamente, quem plantou sementes nada indicadas, até nesta hora, padece. Pesadelos, em outras palavras, podem ser sintomas de arranjos diurnos insuficientemente elaborados. Em suma, consciência e paz estão interligadas e são simplesmente indissociáveis.


Escrito por Dr. Ricardo Carvalho

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VONTADE DE VENCER

quinta-feira, 13 de Fevereiro de 2014 | 09:25

É interessantíssimo quando observamos crianças brincando, principalmente, jogando. A vontade de vencer, indubitavelmente, é de ambas as partes. Porém, o detalhe, que normalmente determina a vitória, está diretamente ligado à personalidade em formação. Relacionado a isto, gosto muito de uma analogia que me foi colocada há anos atrás. Vamos imaginar dois cavalos numa disputa que saem de uma linha e cruzam a chegada, teoricamente, ao mesmo instante. Quando os olhos humanos não conseguem definir o vencedor, fotos sucessivas são tiradas. Simplesmente, um focinho, pode ser o grande diferencial da conquista ou derrota.

À medida que o tempo transcorre, não raro, fazemos análises do "sucesso" dos outros. Portanto, se tivermos elementos suficientes, o estudo longitudinal e os respectivos resultados, são visualizados em segundos. Conhecidos ou não, passam por um crivo que, de alguma maneira, serve para compararmos êxitos. Digamos que são "referenciais naturais". Sendo assim, constatamos o óbvio. A infância e a adolescência, normalmente, são decisivos neste sentido. Excluindo possibilidades externas, como sorte, por exemplo, vencer na vida na "totalidade", obedece a padrões peculiares que já estão enraizados profundamente. Desta forma, verificamos que uma condição social privilegiada pode não ser determinante, embora reconheçamos seu altíssimo peso. Muitas vezes, situações favoráveis não geram ou produzem os resultados esperados. O supracitado "detalhe", no fundo, faz uma enorme diferença. Frequentemente, questionamos como o "pequeno ponto tão poderoso" é formado. Genética? Ambiente? Necessidades ou privações sofridas pelos sujeitos? Aspectos desencadeadores desconhecidos? Todos esses?

Quando coloco "vencer", busco alcançar um plano mais profundo do que normalmente estamos acostumados a pensar. Talvez possamos aplicar um sinônimo um tanto quanto diferente: satisfação. Sem dúvida, não é algo que está relacionado direta ou unicamente à questão financeira. Emana da alma. É extremamente prazeroso quando lutamos e alcançamos um objetivo que nos dá uma sensação de plenitude ou realização pessoal.

A ausência do desejo de vencer, em diversos casos, está associada intimamente a fatores emocionais. Incongruências entre aquilo que o indivíduo é e o que deseja ser, somado às influências negativas do meio, produzem apatia, indiferença ou estagnação. Partimos do princípio de que se houver um direcionamento ou congruência das vontades íntimas, incluindo doses homeopáticas com a realidade circundante, a motivação prevalecerá e será mantida.

Aos pais, até um limite, por via de regra, cabe a delicada missão de favorecer um "universo" que viabilize o referido encontro. Independentemente desses, da nossa parte, torna-se imperativo escolhas, ações condizentes e geradoras do tão sonhado sentimento de completude. A consciência precisa estar alerta, acreditar e apostar que, mudanças, requererem esforços significativos. Viabilidade, e, consequentemente, sintonias...


Escrito por Dr. Ricardo Carvalho

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QUEM SOU

Alberto Amaral Alfaro

natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.

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