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Ricardo Farias Carvalho, é Psicólogo formado em teoria psicinalítica e suas aplicações psicoterapeuticas e com especialização em Psicologia Clínica e Psicoterapia cognitivo e comportamental. Atende na Rua Dezenove de Fevereiro, 593/301 – Fones: (53) 3232-4677 e 8437-1066/8166-6324 – E.mail: ricardof.carvalho@uol.com.br.


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ANO NOVO - VIDA NOVA?

quarta-feira, 08 de Janeiro de 2014 | 12:41

Mais um ano passou. Tristezas, alegrias, encontros e desencontros. Como de costume, a grande maioria das pessoas faz um balanço dos fatos que ocorreram nas suas vidas. Época que revolve demasiadamente as emoções. Hora de deixar de lado, se desapegar, dentro do possível, das coisas que não foram interessantes. Redirecionar, visando caminhos promissores, em todos os aspectos, é o indicado.

Neste processo de uma “retomada diferenciada”, devemos nos acautelare olhar criteriosamente. Projetarmos objetivos irrealistas, sem dúvida, é uma fonte inesgotável de sofrimentos para o futuro. É relativamente comum encontrarmos indivíduos que, num curto espaço, começam novamente a culpar a vida pelas mazelas ocorridas. Querem o “infinito”, porém, nada fazem. No rol desencadeante de tantas frustrações, encontram-se as dietas, trabalhos com uma melhor remuneração, relacionamentos adequados, etc. Estes esperam que todos os objetivos caiam do céu, e, de preferência, sem o menor esforço ou dor psíquica. Fantasia, pura fantasia.

Progredir, alterar sentidos, salvo raríssimas exceções, é um resultado que emana de dentro e não de fora. Ao contrário do que imaginamos, não é nenhum jardim de rosas. Implica, substancialmente, lidarmos de forma adequada com as ansiedades, os erros, limitações, incertezas, batalhas... Costumo dizer que modificarmos uma “vírgula” demanda um árduo empreendimento. Portanto, em palavras diferenciadas, desejar uma “vida nova”, norteada de metasinadequadas à realidade, sem execuções, é seguramente sonhar e padecer.

O óbvio e pouco refletido é que mudanças estruturais demandam tempo. Geralmente, muito tempo. É um investimento diárioa longo prazo. Sendo assim,há a necessidade de um ponto de equilíbrio em relação ao que somos na essência verdadeira e o que desejamos para o nosso EU. Nada adianta querermos “o mundo para ontem”. Também é pouco proveitoso pensarmos sempre no amanhã e procrastinarmos ações, nos deleitando no nada.Inúmeros simplesmentequerem seguir caminhos que são aprovados socialmente,entretanto, incongruentes com a sua personalidade ou desejos íntimos. Vivem a mercê de uma imagem a ser atingida de um modo falso. Quando conseguem algo, depois de esforços altamente consideráveis, se dão conta que o “novo”, no fundo, não completa ou satisfaz. Não obstante, movidos por esta dinâmica, alguns menosprezam facetas “velhas” e com potencial produtivo em prol do inusitado de uma maneira equivocada.

O ser humano é dotado de um cérebro bastante privilegiado. Destarte, temos de ter cuidados e almejarmos buscargraus de elevaçãoindicados ou profundos. O novo, como vários pensam, não é somente um “revestimento de ouro”. Vai além. As autênticas transformações, de um jeito ou de outro, estão diretamente relacionadas aos vínculos que mantemos com os semelhantes ou ao bem que geramos. Sem isso, estamos fadados a sensações atormentadoras de incompletude...


Escrito por Dr. Ricardo Carvalho

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PERDAS PREMATURAS

quinta-feira, 02 de Janeiro de 2014 | 09:49

Um dos aspectos mágicos da infância é construirmos um mundo “quase” a parte. Vivemos, predominantemente, dentro de sonhos ou fantasias. Parece até que somos “blindados” em relação aos dados de realidade. As coisas como um todo possuem brilho significativo. Porém, à medida que vamos crescendo, as facetas negativas, de modo paulatino, tomam vulto. Destarte, entre outros, iniciamos a nos deparar com as inevitáveis perdas de pessoas queridas. Estas começam de uma maneira tímida e seguem num crescente temido e indesejável. Recentemente, partiu uma amiga e colega. Num determinado segundo, o telefone anunciou o que jamais esperávamos de alguém cheia de vida e que ajudava vidas. Infarto fulminante que dilacerou inúmeros corações. Sem dúvida, o cérebro e a alma simplesmente não querem aceitar o que foge de uma “lógica”. No fundo, houve uma transgressão absurda. Desta forma, o ocorrido desencadeou diversas reflexões e questionamentos. Um dos primeiros pontos é nos darmos conta do óbvio: mesmo que estejamos “preparados”, não estamos na totalidade. Sofremos demasiadamente até reencontrarmos um nível de equilíbrio suficientemente bom.

Rapidamente, confrontando com a visível impotência de todos nós, diversos episódios similares ocorrem no pensamento. Num exercício básico de empatia, me coloco no lugar daqueles que tiveram perdas abruptas. É complicadíssimo. Como coloca outro amigo, “o problema é quando alguém fura a fila”. Frase passada entre os seus que retrata e sintetiza fielmente um universo de palavras. Diz tudo.

Sabendo de antemão que a existência, por mais que não queiramos aceitá-la, procede assim, fica a necessidade imperativa de aprendermos a viver intensamente este “recorte” que possuímos com os próximos. Os vínculos, na verdade, são “empréstimos de ouro”. Precisamos valorizá-los a cada dia ou detalhe.

Além destas situações vindas “do nada”, aparecem arranjos diferenciados que necessitamos estar atentos constantemente. Várias partidas inesperadas estão associadas à onipotência que alimentamos. A ideia é de que todas as facetas negativas somente ocorrerão com os demais é demasiadamente tola. Descuidos, conscientes ou inconscientes, numa fração de segundos, determinam a não continuidade de ciclos que deveriam ser naturais. No trânsito, como exemplo, no meio de tantas aberrações divulgadas pelos meios de comunicação, geralmente, pequenos elementos não observados, são os verdadeiros divisores de águas.

Ame muito hoje. Não espere, necessariamente, o amanhã. Valorize os relacionamentos e usufrua o máximo possível do que é positivo e interessante ao seu redor. Cuide-se, porque cuidar de si mesmo também é zelar por aqueles que amamos ou que nos querem bem. Aceite, definitivamente, que o simples fato de viver é algo incrível. Ademais, o tempo que temos para desfrutar o nosso tempo, sempre foi e será, uma grande incógnita...


Escrito por Dr. Ricardo Carvalho

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QUEM SOU

Alberto Amaral Alfaro

natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.

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