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Ricardo Farias Carvalho, é Psicólogo formado em teoria psicinalítica e suas aplicações psicoterapeuticas e com especialização em Psicologia Clínica e Psicoterapia cognitivo e comportamental. Atende na Rua Dezenove de Fevereiro, 593/301 – Fones: (53) 3232-4677 e 8437-1066/8166-6324 – E.mail: ricardof.carvalho@uol.com.br.


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DESEJAR E NÃO FAZER

terça-feira, 22 de Novembro de 2016 | 16:00

Vivemos num mundo altamente competitivo. Cada vez mais, as chances, oportunidades como um todo, diminuem. É impressionante observarmos o índice de desempregados no país. Filas em busca por uma vaga de trabalho são a constatação óbvia do altamente indesejável. Hoje, sem dúvida, os sonhos vocacionais estão em choque. Nem sempre conseguimos o que pretendemos. Aliás, esse outro índice de indivíduos que conseguem encaixar dentro da área pretendida é também baixíssimo. A grande maioria, simplesmente, faz o que pode.

Quando somos jovens, em tese, e dentro de condições favoráveis, temos ideais. Esses estão permeados de influências ou modelos das mais variadas ordens. O meio no qual alguém vive possui um peso muito grande na eleição de objetivos. Sendo assim, por um lado, o desejado. Por outro, os dados de realidade. Certa vez, num diálogo, após ouvir inúmeras queixas movidas por insatisfações, perguntei para a pessoa qual era o valor de um salário considerado digno. A cifra citada não era astronômica, longe disso. Porém, implicava uma quantia que, com certeza, não é nada fá cil de ser conseguida. Pelo contrário, anos de esforços são necessários para que, finalmente, seja alcançada. Esse valor “aceitável” não deixava de ser paradoxal. Ao mesmo tempo que desejava, nada era feito. Tudo era considerado “muito difícil”. O acessível, real e “relativamente rápido”, embora gerasse lutas travadas e inerentes, não alimentava os sonhos de maneira imediata. Em outras palavras, imaginando uma escada, pretendia galgar os degraus do meio para “ontem”. A dedicação, o empenho para subir até ali, o “fazer”, eram inexistentes. Buscar níveis mais altos por etapas, dar tempo ao tempo, não agradava nem um pouco. A ambição e o imediatismo se contrapunham a perseverança ou tenacidade. Como resultado, paralisações e frustrações. Alma corroí da.

Nada que envolva crescimento pessoal, absolutamente nada, salvo raríssimas exceções, ocorre por acaso. O caminho mediano, tão desejado, no mínimo, pressupõe muito suor. Os impedimentos naturais e temporários não devem desencadear desistências. Reformulações nos pensamentos acerca da autoestima ou capacidade são o grande norte do processo das nossas conquistas. A humildade no sentido de reconhecermos definitivamente as “submissões” como molas propulsoras é algo interessante e imperativo. Desejar importa fazer. Ficar esperando que sempre o “ótimo” aconteça é improdutivo e fonte inesgotável de sofrimentos internos. Resultados considerados satisfatórios demandam dedicações e flutuações. Os revezes, altos e baixos, se suportados suficientemente bem, de modo natural, vão alicerçando melhoramentos. Condições financeiras mais estáveis, dentro do esperado, são consequências de um apego forte ou grande persistência. Associado a isso, é indiscutível a necessidade de um equilíbrio emocional que reconheça que, na vida, progressos são gradativos e acumulativos. Envolve modéstia.   


Escrito por Ricardo Carvalho

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LIXEIRAS QUE FALAM

quinta-feira, 17 de Novembro de 2016 | 11:05

Certo dia, numa conversa, uma pessoa colocou toda a sua indignação em relação à lixeira da sua casa. Simplesmente, algum vizinho virou “sócio” sem ao menos tampá-la. Sem pedir permissão, passou a colocar o seu lixo rotineira e indevidamente. Pela manhã, através dos restos espalhados pela grama, a constatação de que gatos ou cachorros tinham bagunçado tudo. Trabalho. Disse também que possuía um sistema de monitoramento por intermédio de câmeras e que iria descobrir o “rato”. Fato isolado? Não, absolutamente, não. Assim como esse, outros tanto s que despertam os sentimentos mais indesejáveis possíveis.

Existem certos indivíduos que se consideram acima de tudo e todos. Os espaços, em vários aspectos, não necessariamente físicos, que não possuem “placas de propriedade”, mas que não deixam de existir, parecem não desencadear o mínimo respeito e consideração. Destarte, temos a nítida sensação do desejo consciente e inconsciente de que o mundo gire ao seu redor. A onipotência e egocentrismo observados são gigantescos. Não raro, colocações são feitas no sentido de uma conscientização do que apresentam e, mesmo assim, não solucionam nada. A essência contraindicada não muda. Cedo ou tarde, voltam a apresentar o mesmo comportamento arbitrário. Não funcionando como regra geral, alguns, passaram por berços que não tinham como pano de fundo o que é de suma importância na vida: educação. Processos educacionais mais avançados, pertencentes a poucos privilegiados, não são, indubitavelmente, atestados que assegurem a formação moral. Portanto, temos somente a esfera intelectual modificada. Na dinâmica de certos arranjos ou desarranjos, lacunas, dificuldades, sentimentos de inferioridade, geralmente vivenciados na infância e o posterior crescimento financeiro, podem desencadear o desejo de serem “reis”. As regras, normas, pertinentes a todos nós para um bom convívio social, são negadas. Desse modo, a invisibilidade alheia é uma constante. Esse funcionamento, em doses h omeopáticas ou não, é reconhecido pelos grupos. Não obstante, a ojeriza e antipatia criadas são altamente significativas.

O quadro supracitado, devido à precariedade das leis e os “pontos cegos” encontrados cultural e socialmente é, muitas vezes, de difícil solução. Nem sempre temos amparos legais eficientes e eficazes para lidarmos com situações do tipo. Essa precariedade, sem dúvida, é percebida na íntegra pelos “transgressores inteligentes”. Sendo assim, cantam, dançam e desejam ser os maestros da existência alheia. Paradoxalmente, é óbvio que ainda possuímos elementos que valorizam as transgressões, endeusam ou admiram excessivamente “lixos humanos”. A hist&oa cute;ria, sem dúvida, possui inúmeros casos nesse sentido.

Muito comentamos a paz mundial, porém, vários esquecem, constantemente, de avaliarem e modificarem atitudes geradoras de estresse ou desgaste. Em outras palavras, coisas mais “simples” que ocorrem no nosso cotidiano e que possuem enorme peso emocional para quem está ao redor. Infelizmente, lixeiras falam muito.


Escrito por Ricardo Carvalho

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Alberto Amaral Alfaro

natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.

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