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Ricardo Farias Carvalho, é Psicólogo formado em teoria psicinalítica e suas aplicações psicoterapeuticas e com especialização em Psicologia Clínica e Psicoterapia cognitivo e comportamental. Atende na Rua Dezenove de Fevereiro, 593/301 – Fones: (53) 3232-4677 e 8437-1066/8166-6324 – E.mail: ricardof.carvalho@uol.com.br.


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POSITIVOS E NEGATIVOS

quinta-feira, 04 de Julho de 2013 | 12:31

Era uma manhã bastante fria. Quando estacionei o carro e me dirigi ao meu local de trabalho, vi determinada cena “relativamente comum”. Na esquina, embaixo da marquise de um sobrado, continha algo quase incompreensível à primeira vista. Parte de um pedaço de pano estava amarrada à grade da janela do prédio e a outra numa espécie de carrinho. “Teto” construído. À medida que fui caminhando e, depois de “análise criteriosa”, curiosamente, observei uma mão para cima se destacando das cores cinza e preto, predominantes na calçada. O óbvio, triste é que, naquela noite, alguém tinha acabado de dormir em condições infinitamente precárias. No dia seguinte, rotina idêntica. Notei e identifiquei o dito cidadão, já acordado, num cantinho da referida esquina contra a parede. Simplesmente, um “banheiro” foi improvisado para que pudesse urinar matinalmente, antes de sair perambulando pelas ruas.

Independentemente de sabermos os motivos desencadeadores de tais fatos, se são psicológicos, sociais ou ambos, o todo choca consideravelmente. É um contraste muito grande em relação à vida que possuímos. Destarte, todas as zonas de conforto são valorizadas rapidamente. Como me disse um paciente durante uma sessão: “somos milionários”. Sob esta ótica, é verdade.

No auge da minha tristeza, ao confrontar antagonismos, fui ao encontro com os meus pensamentos de situações relatadas no consultório. Pessoas que, constantemente, se queixam. Muitas, com um verdadeiro “império”, ficam se agarrando em facetas demasiadamente pequenas e que consideram negativas as suas vidas. Tomam simplesmente a parte pelo todo. Deixam de considerar os vários pontos positivos que possuem e assim sofrem contínua e intensamente. A sensação que passam é a de que não aprenderam, apesar do ótimo nível intelectual e financeiro, a terem outro olhar para si e o mundo. Essas também reclamam de corpos que pagam um preço, através de doenças frequentes desencadeadas por um modo equivocado de encarar problemas e frustrações pertinentes à existência. Vivem incansavelmente buscando perfeições ou a felicidade que, no fundo, sabemos que se encontra na inatingível linha do horizonte. Qualquer detalhe que não dê certo faz com que o fundo do poço apareça. Dessa maneira, visões pessimistas no que se referem aos indivíduos ou à realidade são extremamente corrosivas. Criam um estilo de vida autocrítico e julgam incessantemente aqueles que estão próximos. Não conseguem quantificar, qualificar, devidamente, o que têm, são e o que representam nomeio circundante. Vivem se defendendo de possíveis ameaças que, nada mais são, do que produções internas equivocadas.

A forma como lidamos com aspectos positivos e negativos cria toda uma diferença. Alguns, embora as inúmeras adversidades pelas quais passam, se destacam no que tange às respostas emitidas nos momentos difíceis. Fazem balanços realistas, esperançosos e, não raro, até otimistas. Fonte do bem-estar? Tudo indica...

PSICÓLOGO/FONES: 32324677 ou 91629292/E-mail: ricardof.carvalho@uol.com.br

 


Escrito por Dr. Ricardo Carvalho

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NECESSIDADE DE RECONHECIMENTO OU VALORIZAÇÃO

quarta-feira, 26 de Junho de 2013 | 12:17

Em princípio, salvo raríssimas exceções, todos nós temos o desejo de agradar ou sermos valorizados. Num vínculo, é gratificante percebermos o contentamento do semelhante com algo que fazemos e os respectivos elogios. Porém, o óbvio é que não dominamos tudo e, portanto, somos limitados com algumas percepções relacionadas aos problemas inerentes à vida. Sendo assim, em vários momentos, é difícil fazermos um planejamento adequado no todo, visando darmos respostas “perfeitas”. Destarte, o contrário, a tendência de termos uma pessoa do lado que tende a assinalar aspectos negativos, como se fossem os únicos existentes, é extremamente corrosiva. Esse mecanismo, aparentemente simples, muitas vezes é fonte de eternas discussões nos relacionamentos.

A “fantasia”, em certo grau, de inferioridade ou incapacidade, caso ocorra, faz com que tenhamos o máximo cuidado, objetivando não cometermos erros. Essa crença, geralmente equivocada, quando recebe assinalamentos, por menor peso que tenha a questão em jogo, aciona, imediatamente, os “amplificadores internos”. Diversos e incalculáveis sofrimentos são movidos por mínimas críticas, desencadeando o inferno ou quase. “Pavio curto” ou baixa tolerância à frustração, irritação, tristeza, podendo até ser profunda, agressividade, etc., são consequências geradas por componentes relacionados às freqüentes críticas recebidas.

Por outro lado, quando uma das partes parece não se contentar com nada, não aceita os resultados “mais ou menos” eé incapaz de se colocar no lugar do próximo, o campo fica propício aos desentendimentos. E, se a outra, tem na sua história uma enorme luta interna desejando obter um valor, a impossibilidade do encaixe, no amplo sentido da palavra, se torna uma realidade. Colocações que são sentidas como verdadeiras acusações são replicadas natural e intensamente. O pano de fundo inadequado ou indevido é normalmente arrastado por um bom tempo ou até mesmo faz com que o enlace se rompa.

Não podemos deixar de pensar que, por detrás de alguém que critica constantemente, também pode haver carências de auto-afirmação. Quanto maior o exercício da criticidade, o domínio, controle, maior a sensação de grandeza ou segurança.

Queixas de falta de gentilezas ou “cuidados afetivos” e a precariedade na vida sexual são constantes e comuns em casos com a dinâmica supracitada. A impressão que possuímos é a de que o ambiente familiar na totalidade está sempre perto de uma explosão entre os seus membros. A paz, tão desejada, é difícil de ser encontrada.

Numa relação, apontar ou assinalar os esforços do companheiro, embora os resultados não sejam “muito interessantes”, faz bem. Ressaltar defeitos, limitações, impossibilidades, continuamente, cria distanciamentos naturais que em nada colaboram para a necessidade de reconhecimento ou valorização que almejamos.

 

PSICÓLOGO/FONES: 32324677 ou91629292/E-mail: ricardof.carvalho@uol.com.br


Escrito por Dr. Ricardo Carvalho

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Alberto Amaral Alfaro

natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.

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