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Ricardo Farias Carvalho, é Psicólogo formado em teoria psicinalítica e suas aplicações psicoterapeuticas e com especialização em Psicologia Clínica e Psicoterapia cognitivo e comportamental. Atende na Rua Dezenove de Fevereiro, 593/301 – Fones: (53) 3232-4677 e 8437-1066/8166-6324 – E.mail: ricardof.carvalho@uol.com.br.


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O DIFÍCIL JOGO DA VIDA

quinta-feira, 23 de Maio de 2013 | 17:02

Desde o instante em que nascemos, até a morte, somos inundados por problemas de variadas ordens. Uns parecem ter uma facilidade maior de contornarem os naturais conflitos que vão surgindo. Outros, arrisco dizer, a maioria,possuem dificuldades. Porém, o óbvio é que ninguém escapa das vicissitudes da vida. É o jogo que temos que aceitar, gostando, concordando ou não.

Segundo Freud, o primeiro trauma enfrentado é o do nascimento. A passagem por um canal estreito ou uma cirurgia, em certas circunstâncias feitas às pressas, nos leva a confrontar com algo extremamente desconfortável e necessário para que possamos existir. Chocante e útil.A partir daí, a ciranda da sobrevivência obedece a regras implícitas e explícitas.Novos traumas à vista. Destarte, enganam-se aqueles que pensam que crianças vivem no paraíso. Muitas vezes, num grito silencioso, sofrem da mesma maneira que os adultos. Não raro, conseguem ultrapassá-los, pois diversos são os sintomas desencadeadores de infelicidade. No período da adolescência, desnecessário citar as mazelas psíquicas internas. Diversas delas produzidas por uma sociedade fria e implacável. Na fase adulta, todos os compromissos, responsabilidades ou problemas que em vários momentos nos levam, indubitavelmente, a refletir sobre o verdadeiro sentido da existência. Dispensável abordar a velhice e as suas consequências naturais, físicas ou psicológicas.

Viver talvez implique em saber lidar com tudo aquilo que planejamos e que não saiu de acordo com o que esperávamos. A cada dia,a capacidade pessoal de saber conviver com um emaranhado negativo é testada. Têm coisas que simplesmente não imaginamos e acontecem abruptamente. Um segundo, dependendo do arranjo, pode determinar o fundo do poço ou quase. Haja escada ou corda para nos reerguermos suficientemente bem. Sendo assim, o brilho do mundo fica consideravelmente afetado. Conforme a situação, foco ou pensamentos acerca do todo, a sensação que temos é, até mesmo, da inexistência deste. Gradativamente, os aspectos idealizados de quando éramos jovensvão cedendo espaço para as implacáveis constatações de que a realidade circundante nos propicia. A nossa própria consciência, adquirida paulatinamente a duras penas, vai fazendo com que ocorram leituras mais amplas e adequadas. E, em tese,como sabemos, quanto maior o estado da ignorância, menor a possibilidade de desgosto.

Avaliar o nosso recorte temporário“somente” sob os pontos de vista negativos é uma opção como qualquer outra. Costumo dizer frequentemente que, por detrás das nuvens escuras, o sol brilha... Esperança e lutas passam a ser palavras chaves visando minimizar as alternâncias existenciais pertinentes a todos nós. Certa vez, Chaplin disse: “A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos”.

PSICÓLOGO/FONES: 32324677 ou 91629292/E-mail: ricardof.carvalho@uol.com.br


Escrito por Dr. Ricardo Carvalho

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MÃE SUBLIME

terça-feira, 14 de Maio de 2013 | 10:10

Costumo dizer frequentemente que as mães são diferentes dos pais. Para começar, os nove meses de gestação propiciam uma enorme vantagem no que se refere ao vínculo formado. É único. A comunicação silenciosa estabelecida nos primeiros momentos simplesmente é impressionante. Mãe e filho, sem palavras, se conhecem muito bem. Sendo assim, todas as necessidades, ou quase, são satisfeitas gerando uma calma importantíssima para o pequeno em formação. Do seio aos afagos, os profundos olhares estabelecidos nos instantes de inquietude, fazem com que o todo estabeleça uma aura mágica.

Ao contrário de muitos animais que quando nascem praticamente se tornam independentes, uma mãe sabe de antemão que a “longa dependência” irá gerar mudanças substanciais nas suas carências pessoais ou rotineiras. Sua vida certamente mudará e, com isso, transformações ou adaptações serão imprescindíveis. Gradativamente, tem a difícil tarefa de ir cortando o cordão umbilical psicológico tendo o auxílio do pai. As angústias decorrentes da separação são altamente significativas. O controle que possuía, até então, começa a ceder lugar às incertezas diante dos perigos pertinentesao mundo ou realidade. Destarte, essa mesma mãe altamente favorecedora está incumbida de outra árdua missão. O “pode tudo” terá que ceder lugar as frustrações inerentes à existência. Sabe que ser “ótima sempre”, estraga. Favorece o falso e inadequado. O filho, ao longo da caminhada, terá que perder a sensação onipotente de um reinado absoluto. Os limites, a paciência eas consequentespostergações, entre outros aspectos, visando adaptações reais, necessitarão de um treinamento contínuo. Educação é uma palavra chave. Normalmente, por uma questão cultural, são exatamente elas as pessoas incumbidas de desenvolverem seres melhores ou educados. Sucessos, fracassos atingidos são extremos delicados e depositados praticamente para quem deu a luz. Responsabilidade ou peso maior, diga-se de passagem, nada justo.

Os desequilíbrios ou desajustes emocionais decorrentes das inúmeras fases pelas quais passam um filho encontram um porto seguro na figura da mãe. “Absorver” problemas, ter a devida capacidade de auxiliar nas tempestades, mesclando razão e emoção é uma verdadeira arte. Aliás, modelo ou funcionamento que tende a permanecer como formatador de uma personalidade. Sem sombra de dúvida, em condições normais,este modo de lidarcom os conflitostranscorre durante toda uma vida. Estabilidade gera estabilidade.

“No fim da tarde, nossa mãe aparecia nos fundos do quintal:

Meus filhos, o dia já envelheceu, entrem pra dentro.” Manoel de Barros, com palavras simples, define algo importantíssimo que caracteriza uma mãe suficientemente boa: zelo. Em vários pontos da vida, lá está a mãe como uma observadora, atenta aos detalhes que para nós passariam despercebidos. Olhos diferenciados,possuindo como objetivo único e constante, a “felicidade” em relação aos seus filhos...

PSICÓLOGO/FONES: 32324677 ou 91629292 – E-mail: ricardof.carvalho@uol.com.br


Escrito por Dr. Ricardo Carvalho

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Alberto Amaral Alfaro

natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.

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