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Ricardo Farias Carvalho, é Psicólogo formado em teoria psicinalítica e suas aplicações psicoterapeuticas e com especialização em Psicologia Clínica e Psicoterapia cognitivo e comportamental. Atende na Rua Dezenove de Fevereiro, 593/301 – Fones: (53) 3232-4677 e 8437-1066/8166-6324 – E.mail: ricardof.carvalho@uol.com.br.


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TRABALHO OU SUPLÍCIO?

segunda-feira, 06 de Maio de 2013 | 17:43

Com relativa frequência, Freud dizia que a vida era constituída de dois pontos importantíssimos: amor e trabalho. Trabalhar, em condições normais, é uma fonte de prazer. Por meio dele, criamos objetivos ao longo da caminhada. Hoje, de um modo impressionante, o índice de insatisfeitos com aquilo que fazem é notório. Queixas frequentes aparecem na clínica indicando que, neste aspecto, as coisas não vão nada bem.Vários reclamam da nítida sensação de que quanto mais fazem, mais devem fazer. Um hamster alucinado acionando, frequentemente,uma roda gigante. Esta foi a descrição de um pacienteda maneira que se via na função desempenhada.

Metas estarrecedoras, compromissos múltiplos, competitividade, entre outros, dão a ideia de como as ansiedades, estresse agem num ser que simplesmente definha. Os ideais, num determinado momento, parecem não ter sentido. Simplesmente reproduzir, dia após dia, é o “condicionamento” durante uma existência.

Lembro que nos domingos, quando passava por um determinado local, visualizava uma janela com a luz acesa indicando que ali estava um conhecido trabalhando. O tempo passou e, certo dia, ao nos encontrarmos, colocou que não poderia conversar comigo naquele momento, pois o médico disse que deveria caminhar toda vez que sentisse algo no coração. Aadicção ou vício no que fazia, desencadeou sem dó ou piedadeum sintoma ou preço a ser pago no corpo. A alma, evidentemente, estava atingida. Este caso está incluído no grupo de pessoas que possuem sofrimento intenso ou constante.

Exigências perfeccionistas, ambições demasiadas, falta de permissividade interna, competitividade exacerbada no ambiente e o temor da demissão, são alguns itens que nos levam a encarar o trabalho de um jeito nada indicado. “Meu trabalho, meu mundo” faz com que “esqueçamos” de desfrutar a ampla gama desencadeadora do que intitulamos de “felicidade” na realidade circundante. Destarte,o pensamento fica atrelado “eternamente” no trabalho. Incrível que, até quando estamos dormindo, não conseguimos repousar suficientemente. O cérebro continua programado no sentido de resolver as pendências, os “probleminhas”, e, assim, sucessivamente... Não raro, elegemos uma situação ou até mesmo um colega, como “bode expiatório” do conflito interno pelo qual estamos passando. Por outro lado, geralmente, a falta de um “interruptor” visando desligarmos as questões relacionadas ao trabalhoatingem a família. O todo fica afetado pagando o seu preço. E, se o trabalho e a família não estão bem, tempestade à vista...

Quando nos sentimos mal, sem motivação ou vontade para desempenharmos as nossas atividades ou constatamos uma ausência de finalidade naquilo que nos propomos, devemos de forma imperativa, irmos ao encontro das causas desencadeadoras ou do nosso EU.Segundo Nietzsche,“Só se pode alcançar um grande êxito quando nos mantemos fiéis a nós mesmos”.

 

PSICÓLOGO/FONES: 32324677 ou 91629292/E-mail: ricardof.carvalho@uol.com.br


Escrito por Dr. Ricardo Carvalho

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PAI E MÃE: AME-OS AGORA!

segunda-feira, 29 de Abril de 2013 | 12:10

É sempre gratificante quando aquilo que escrevemos vai ao encontro de alguém. Esse, evidentemente, é o objetivo maior: ajudar pessoas. Fiquei muito sensibilizado ao receber um e-mail fazendo alguns comentários sobre o texto Família e Solidão, que escrevi recentemente. A mesma sintonia ou sentimentos foram observados por uma pessoa que perdeu seu pai há algum tempo, vítima de um câncer fulminante. Num período de quatorze dias, uma doença invade e leva, de modo abrupto, alguém que era amado profundamente. Este sofrimento ímpar fez com que escrevesse “de forma livre” tudo aquilo que estava sentindo. Com a sua devida permissão, transcreverei o que me foi enviado. Suas palavras tocam fundo, são frutos de uma dor que retrata precisamente ou vai além do que podemos imaginar a respeito da perda de um pai ou mãe. Passam a destacar a enorme importância que muitas vezes deixamos de dar enquanto ainda são vivos...

“Sempre falamos dasdesventuras de termos crescidoe hoje termosque enfrentarnosso papel de adultosneste mundo cruele sem muitas chances. Lembrando sempre que,quando somos crianças, tudo parece ser mágico, infinito, inacreditável e interminável.Será quealguém já pensou comonos sentimos em relaçãoaos nossos pais quando a idade adulta chega? Eles são tudo de bom e certo que temos na vida. De repente, tudo muda e vamos viver por conta e risco. Não queremos querendo, achamos que vamos tirar de letra, que eles são totalmente substituíveis e, que se precisarmos, é só chamar, pois estarãoa vida toda de plantão à nossa disposição. E sabe que o pior, é que é verdade.

Quando era pequena, sonhava com coisas de gente pequena e tinha uma adoração pelo meu pai. Ele era, é, e será sempre meu herói, meu príncipe encantado. Nunca houve homem mais lindo do que ele, nem mais charmoso ou cheiroso, inteligente, querido à beça. Hoje continuo pensando assim, mas bem no meu íntimo, onde ninguém consegue penetrar ou perturbar, profanar minhas lembranças e sonhos, que insisto em guardar dentro do meu coração como um tesouro de ouro puríssimo, de valor inestimável. Sabe como me sinto longe dos meus pais, minhas raízes, meu norte, perdida, sempre procurando algo, um fio que me ligue novamente a uma realidade perdida no tempo, mas que eu insisto em viver, reviver, sei lá. Talvez muitos filhos também sintam isto, perda de identidade, mudança de nome, de vida, como se fossemos arrebatados para outra terra e lá fossemos obrigados a sobreviver. Engraçado que tudo isso é com nosso consentimento e desejo e certeza que seremos muito mais felizes. Às vezes até conseguimos, mas geralmente, fica aquele vazio, uma lacuna que se expande conforme sofremos, nos metemos em alguma encrenca, precisamos de colo, e aí se danou tudinho. Pai, mãe, socorro!!! Mas às vezes nosso grito fica no eco, triste e repetitivo. Então, quer saber de uma coisa, seja agora um bom filho, beije muito, perdoe, presenteie, ame, afofe, pois quando nos damos conta, estamos órfãos e sozinhos e só nos resta chorar e chamar: Paiii, mãeee, socorrooo!!! Pare e pense.

De uma filha que sempre pensa nisso.”

 

PSICÓLOGO/FONES: 32324677 ou 91629292/E-mail: ricardof.carvalho@uol.com.br

 


Escrito por Dr. Ricardo Carvalho

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Alberto Amaral Alfaro

natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.

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