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Ricardo Farias Carvalho, é Psicólogo formado em teoria psicinalítica e suas aplicações psicoterapeuticas e com especialização em Psicologia Clínica e Psicoterapia cognitivo e comportamental. Atende na Rua Dezenove de Fevereiro, 593/301 – Fones: (53) 3232-4677 e 8437-1066/8166-6324 – E.mail: ricardof.carvalho@uol.com.br.


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AMBIÇÕES

quarta-feira, 24 de Abril de 2013 | 17:06

Chico da Silva, numacanção antiga, diz: “Sonho de menino é crescer, ganhar o mundo e depois dormir, sonhar num sono mais profundo...”. Certamente, as ambições vão sendo modificadas à medida que vamos crescendo. Do brinquedo desejado a um bem de consumo valorizado, esses servem como motivações no sentido de alcançá-los.

No decurso da vida, possuímos diante de nós extremos que, evidentemente, chocam a alma. Dos intitulados invisíveis ou aqueles que vivem abaixo da linha da pobreza aos extremamente “privilegiados”, extraímos algumas percepções ou lições que balizam a existência. Qual será o limite indicado ou confortável no meio de tantas diferenças? Questionamento, como tantos, que traçam caminhos a serem percorridos.

Vários são extremamente ambiciosos e insatisfeitos. A sensação é de que, desde o nascimento, parecem nutrir uma frustração constante,mesmo que possam adquirir barbaramente. Acumular é o verbo predileto. Não raro, a saúde precária é reflexo natural de todo um movimento voltado para o “máximo”. Os sentimentos e relacionamentos são aspectos que ficam num plano secundário.

Não obstante, há aqueles que possuem certo equilíbrio, não somente na questão financeira, mas como em tudo que fazem ou se propõem. Não ficam a mercê da escravidão gerada por uma sociedade capitalista ou consumista. Sabem quantificar ou qualificar aquilo que realmente é importante para atender as suas necessidades pessoais, não deixando com que o sofrimento seja predominante nos seus pensamentos ou comportamentos. Vivem, efetivamente, num equilíbrio.

Outros, independentemente das condições sociais em que nasceram, parecem estar totalmente anestesiados internamente e por um sistema implacável. A desesperança, infelizmente, passa a prevalecer. Não movem “uma palha” visando modificar a situação, tornando-a pelo menos, digna. Esperam tudo de todos. Queixam-se frequentemente, depositando todas as culpas possíveis e imagináveis no próximo.

Não poderia deixar de citar aqueles que têm tudo para viver numa miséria absoluta e que encontram forças para reverter um quadro totalmente desfavorável. Buscam de alguma forma forças nas “cinzas” em que vivem durante o recorte temporário.

No fundo, não há um ponto exato que determine o indicado no que se refereàs ambições. “Ganhar o mundo” não é sinônimo, necessariamente, de um passaporte ou seguro para uma satisfação plena. A experiência clínica mostra que a essência do ser humano é a mesma. Muitos, com um poder aquisitivo imensurável, sofrem do mesmo modo ou mais do que osmenos favorecidos. Porém, existe a certeza de que não ter o básico indispensável afeta significativamente e, aí sim, pode provocar a dita infelicidade.

Em suma, talvez tenhamos que pensar que as ambições impliquem em limites. Quando afetam a vida do próximo ou principalmente a nossa, sem dúvida, temos que questionar ou repensar a autêntica razão do ciclo existencial...

PSICÓLOGO/FONES: 32324677ou 91629292/E-mail: ricardof.carvalho@uol.com.br


Escrito por Dr. Ricardo Carvalho

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COMPRE, COMPRE, COMPRE!

terça-feira, 16 de Abril de 2013 | 13:54

Hoje em dia, chega a ser impressionante a quantidade de estímulos existentes relacionados ao consumo. Todas as mídias utilizaminfinitasmaneiras ou instrumentos visando atrair consumidores. Por sua vez, a internet vem crescendo significativamente. No conforto de casa, basta clicar para comprar.

O lado bom, evidentemente, é a compra. Passamos temporariamente com sensações de prazer. Várias conveniências ou carências são supridas pelo objeto adquirido. Compramos,desta forma, “felicidade momentânea”. O impulso é fantástico. De um segundo para outro, somos impelidos a fazer algo que, no fundo, não deveríamos. Este se manifesta de diversos modos. Passado um tempo, chegamos num ponto que questionamos a real utilidade do objeto. E, em segundo lugar, quando pegamos a calculadora para somarmos e subtrairmos, nos damos conta que contraímos um transtorno ou sofrimento ao invés da satisfação emocional almejada.

Poucos se dão conta que alguns bens acarretam despesas intensas e contínuas. Sendo assim, a relação dos intitulados passivos, vai aumentando gradativamente. Por sua vez, a coluna dos ativos ou aquilo que ganhamos, permanece inalterada. Num determinado momento, estamos inseridos numa verdadeira roda viva que precisamos, impreterivelmente, alcançar o equilíbrio tendencioso e negativo. Nem sempre isso é possível. Para gastar é rapidíssimo. Crescer, ganhar extras, implica normalmente num certo tempo. Desespero instaurado. E, como sabemos que a desgraça nunca vem sozinha, aquele gasto adicional, proveniente de alguma coisa que deu errado, “bate na porta”. A antítese do título: problemas, problemas, problemas...

Educação financeira é um tema que pouco discutimos ou ouvimos falar. Não há o mínimo interesse no sentido de formar cidadãos conscientes do quanto é importante ou imperativo para a vida um saber lidar adequadamente com o tão comentado dinheiro. Não somos educados o suficiente no controle dos nossos desejos e, portanto, pagamos um preço interno e externo alto.

Comprei hoje e me arrependi ontem. Isto influencia vidas ou dinâmicas. As consequências, muitas vezes, são irreversíveis e corrosivas. Dentro das nossas necessidades, sem sombra de dúvida, a de segurança tem muito peso.Exemplos não faltam de pessoas que, ao longo da existência, não tiveram a mínima preocupação com as finanças. Compraram tudo ou gastaram o impossível. Ficaram com nada. Não raro, se queixam constantemente dos próximos e do sistema. Não apontam o dedo para si mesmas, reconhecendo que os péssimos resultados foram frutos da falta de planejamento ao longo dos anos. Pressões e conflitos psicológicos instaurados internamente, como também, para os membros da família.

Vaidades, busca de reconhecimento social, baixa autoestima, traumas, entre outros, são aspectos desencadeadores do funcionamento supracitado. Em palavras simples e profundas Hipócrates coloca: “Todo o excesso é mau”.

PSICÓLOGO/FONES: 32324677 ou 91629292/E-mail:ricardof.carvalho@uol.com.br


Escrito por Dr. Ricardo Carvalho

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Alberto Amaral Alfaro

natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.

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