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Ricardo Farias Carvalho, é Psicólogo formado em teoria psicinalítica e suas aplicações psicoterapeuticas e com especialização em Psicologia Clínica e Psicoterapia cognitivo e comportamental. Atende na Rua Dezenove de Fevereiro, 593/301 – Fones: (53) 3232-4677 e 8437-1066/8166-6324 – E.mail: ricardof.carvalho@uol.com.br.


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PREOCUPAÇÕES

terça-feira, 15 de Janeiro de 2013 | 11:45

O mundo contemporâneo é um especialista em gerar preocupações. Por um lado, desde aépoca das cavernas, somos favorecidos em infinitas facetas. Por outro, sofremos constantemente com inúmeras ideias fixas e antecipadas que perturbam a alma e sãopertinentes à vida. Nesta análise, comparativamente, talvez tudo ou nada tenha mudado. É meramente uma questão de pontos de referência ou essência. Ruminações, frequentemente, tornam os pensamentos insuportáveis. Como consequência, a única certeza é de que sofremos.

Detalhes, conflitos, fazem com que tenhamos a sensação de que as definições estão longínquas. Ficamos inundados por um desconforto que, naquele momento, é imensurável ou até insuportável. Sendo assim, aparece um desejo imediato de resolvermos “magicamente” a problemática. A consciência, em condições normais, sabe que não é desta forma, porém... A razão e o “grande senhor tempo” perdem espaço para um cérebro confuso frente a um emaranhado de complicações. Ademais, parece que tudo é difícil somente para a nossa pessoa e não para os próximos. Aparentemente,vivem num eterno “jardim de rosas” e isentos de inquietações. Ingênuo engano.

Quando jovens, a impaciência é uma marca registrada da fase e o querer “respostas para ontem” é constante. À medida que vamos amadurecendo, as percepções em relação aos aspectos supracitados vão se modificando. Isto nos leva a pensar nas vezes que nos preocupamos sem nenhum sentido e acabamos reforçando o arquivo interno de experiências. Aprendemos também, de certo modo, a esperar uma “saída natural” para os acontecimentos que geram ansiedades. Já está comprovado cientificamente que o simples fato de dormirmos e sonharmos soluciona, em boa parte ou na totalidade, os problemas que, aparentemente, são intransponíveis.

Sempre que toco nestas questões, me lembro de uma senhora muito inteligente e agradável que me dizia constantemente algo que acredito que seja bastante antigo: “Se não tem solução, solucionado está”. Um jeito de pensar que certamente é uma realidade e nos dá uma vantagem acerca do todo. Mesmo quando estamos diante do que não foi resolvido como queríamos, temos a possibilidade de reformularos caminhos. O conhecimento empírico que diz “tudo tem alternativa, menos a morte” vai ao encontro de uma profunda verdade. Quando morremos ou alguém morre, aí sim, não adianta... Destarte, aceitar alguns dados indesejáveis com uma relativa flexibilidade, sem dúvida, é imperativo nas questões relacionadas.

No fundo,“pensamentos diferenciados” a respeito das preocupações são determinantes no que tange minimizarmos significativamente as angústias sentidas. Reflexões realistas, menos pessimistas, com uma “pitada” de otimismo produzem bons frutos.Não podemos esquecer que o verbo “agir” é, infinitamente, mais produtivo, interessante do que entristecer ou deprimir...

PSICÓLOGO/FONES: 32324677 ou 91629292/E-mail: ricardof.carvalho@uol.com.br


Escrito por Dr. Ricardo Carvalho

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DISTÂNCIAS E SEPARAÇÕES

terça-feira, 08 de Janeiro de 2013 | 16:16

Ricardo Carvalho

Apesar de desejarmos um controle acerca de tudo, não adianta. Cedo ou tarde, situações imprevisíveis aparecem querendo provar a nossa capacidade de adaptação e resposta. No infinito universo de possibilidades, uma das mais difíceis é quando o verbo amar é testado implacavelmente. Ter alguém do lado, em condições normais, é relativamente tranquilo. A sensação de segurança que isso provoca vai ao encontro de necessidades que possuímos como seres humanos. Qualquer desejo é praticamente correspondido na hora pelo outro. Um simples “ver”, mesmo que rapidamente, supre carências que estamos tendo “naquele instante”. Porém, a vida reserva surpresas. Muitas vezes, arranjos ocorrem sem a total concordância e, não raro, o que estava extremamente unido, de uma hora para outra, é separado. Quilômetros geram uma dinâmica diferenciada, colocando o cérebro e coração num conflito ímpar. Desconforto.

Dentro de uma gama de exemplos possíveis, determinadas profissões parecem brincar com os relacionamentos de modo frio e implacável. Indivíduos são removidos em prol de “algo maior”, simplesmente ignorando sentimentos. Devemos lembrar as ambições pessoais que desejam cumprir metas que são geograficamente longínquas. Malas são feitas e laços próximos afetados. Dúvidas passam a predominar sobre a possibilidade de uma continuidade. Cálculos de horas despendidas com os futuros deslocamentos, custos com passagens, viabilidades comuns de horários, são alguns pontos colocados manifestamente. De maneira acobertada, intrínseca, profundos questionamentos são levantados visando avaliar se o elo é suficientemente forte a tal ponto de suportar os momentos de saudades e “solidão”, a falta da pele, do cheiro... Até que ponto novas investidas serão toleradas pelo consciente “fragilizado”? Como lidar com a única certeza de incertezas?

Separações compulsórias nem sempre são um atestado de que nada mais dará certo. Costumo dizer que existem pessoas próximas distantes e pessoas distantes próximas. Depende. A veracidade da união e também o nível de maturidade dos apaixonados serão elementos chaves na manutenção do vínculo. Como num jogo, perder alguma peça não tem tanta relevância se o objetivo for o de ganhar. O espaço entre os dois corpos pode, sem sombra de dúvida, ajudar na questão da valorização ou importância do sujeito com quem desejamos compartilhar uma existência. Talvez aí a questão da qualidade dos encontros ocasionais tenha um peso muito mais significativo do que a quantidade desses.

Como quase tudo aquilo que envolve viver está diretamente ligado ou relacionado a um planejamento e execução, a separação pode aguçar finalidades mais precisas. No fundo, é uma questão de paixão e consciência que encontra eco nas palavras ditas por alguém que certamente “sofreu” um rompimento físico: “Não importa a distância que nos separa, há um céu que nos une”.

 

PSICÓLOGO/FONES: 32324677 ou 91629292/E-mail: ricardof.carvalho@uol.com.br


Escrito por Dr. Ricardo Carvalho

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QUEM SOU

Alberto Amaral Alfaro

natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.

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