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Ricardo Farias Carvalho, é Psicólogo formado em teoria psicinalítica e suas aplicações psicoterapeuticas e com especialização em Psicologia Clínica e Psicoterapia cognitivo e comportamental. Atende na Rua Dezenove de Fevereiro, 593/301 – Fones: (53) 3232-4677 e 8437-1066/8166-6324 – E.mail: ricardof.carvalho@uol.com.br.


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LEMBRANÇAS DE UMA FASE

segunda-feira, 26 de Novembro de 2012 | 14:01

Há pouco, estava numa festa de aniversário e conversei com uma pessoa que coincidentemente possuía a minha idade e era meu conterrâneo. Bastou perguntar se lembrava de certo local de festa e as portas do diálogo se abriram. Simplesmente regredimos em torno de uns trinta e cinco anos. Cada detalhe funcionava como mola propulsora para novas reminiscências. Além dos nomes das casas noturnas, situações que aconteceram com ambos foram citadas. Casos e casos demonstraram a sintonia existente da mesma geração. Tudo indica que passamos de forma anônima um pelo outro e que depois do tempo supracitado acabamos nos conhecendo. Casualidades da existência proporcionando encontros.

Nessa sessão “remember”, fragmentos da fase adolescente serviram para refletir as similaridades ou diferenças em relação ao mundo de hoje nos seus variados aspectos. Tristezas e alegrias que marcaram aquele ciclo. Falamos da vida, falamos da morte. Essa última, tão “rara” e marcante, naquela época, trouxe o “inusitado e terrível”. Um jovem, junto com o seu grupo, foi impedido de entrar numa boate. Discussões e briga determinaram o ricochetear de uma bala no chão que acabou atingindo um dos seus testículos. Possivelmente, afetado pelo álcool ou substância diferente, foi para casa achando que nada aconteceria. No dia seguinte, um significativo sangramento “não muito esclarecido” e a devida ida ao hospital. Simplesmente, não deu tempo. Morreu. Um episódio que hoje, na sua essência, certamente ocorre com frequência bem maior e “não tem tanto peso”. Sinais dos tempos?

Abordamos diversas personalidades, dando ênfase a aquelas que eram más, problemáticas ou confusas. Nos demos conta do óbvio de que esse funcionamento interno e externo permaneceu cristalizado na grande maioria delas. Doenças precoces do corpo e da alma. Consequências tristes e inegáveis. Em outras palavras, como disse Chico Buarque numa de suas músicas: “quem não tem conserto nem nunca terá”...

Não esquecemos o lado bom ou divertido. Falamos do “escasso bolso” e do “abundante brilho” no que se refere à vida. As conquistas, investidas, também estiveram presentes na fala. Doces recordações contrabalançando as vicissitudes inerentes a qualquer etapa.

Parei para pensar que as histórias que contamos, incontestavelmente, são frutos de produções ao longo de toda a caminhada. Podem ser boas ou nem tanto assim. No fundo, são predominantes para um lado ou outro. Acabamos verificando que o tal quebra-cabeça é montado peça por peça que mostra a realidade depois de tantos anos. Arrependimentos ou gratificações surgem por todas as construções e os respectivos resultados práticos. A grande verdade é que somos agentes e responsáveis primeiramente com o nosso EU e, posteriormente, com o mundo que nos cerca. Determinamos. Já ia até esquecendo dizer que os tais trinta e cinco anos “voam”, portanto...

 

PSICÓLOGO/FONES: 32324677 ou 91629292/E-mail: ricardof.carvalho@uol.com.br


Escrito por Dr. Ricardo Carvalho

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“MALA E CUIA”

segunda-feira, 19 de Novembro de 2012 | 13:12

Há um bom tempo, namorar e, consequentemente, casar tinham como sinônimo elaboração. Conversas e conversas travadas, segundo os antigos, no sofá da sala com a presença dos pais. Distância física assegurada, pelo menos em parte, e o conhecimento em relação ao amado se processava naturalmente. Companheirismo, parceria, afeto... sentimentos que não faltavam. O índice de separações, independentemente da cultura do “amor eterno” ou indissolubilidade dos vínculos, ocorria raramente.

Hoje, possuímos um quadro substancialmente diferente nos relacionamentos. Fruto ou decorrência da “liberdade sexual”, temos num número significativo de casos: primeiro o “casamento” e depois, se possível, o referido conhecimento. Num “piscar de olhos”, movidos pela paixão, sendo terreno fértil para as idealizações, ocorre a união. Com as formalidades legais reconhecidamente em desuso, vidas separadas são unificadas. O impulso ou porventura uma gravidez indesejada são alguns fatores desencadeantes importantíssimos. Não raro, situações financeiras ainda indefinidas “dão um jeito” e as coisas no todo seguem o seu rumo. Será? Conviver a dois ou “num grupo” evidentemente não é nada fácil. Aos poucos, o tão sonhado jardim de rosas começa a mostrar os verdadeiros traços de personalidades que, no fundo, são bastante diferentes. Antes disso, “sogros” envolvidos, mudanças repentinas ou inesperadas na vida de todos... Destarte, a “mala e cuia” aparece magicamente na casa de um ou de outro ou num lar qualquer. Dinâmica totalmente afetada que poderá ou não dar certo. Quando “os santos não batem”, movidos pelas diferenças reais, inferno ou quase instaurado. Caras feias, brigas no cotidiano, acabam acarretando sequelas indesejáveis. Assim, os sonhos que rapidamente foram construídos, com a mesma velocidade são desfeitos. A experiência poderá ou não funcionar e ser uma importantíssima ficha para o arquivo pessoal no sentido de não haver reedições da pressa supracitada.

Nem sempre um é “mau” a tal ponto de determinar o rompimento. Simplesmente ocorreu uma formatação que em princípio parecia, vejam bem que eu disse parecia, a união do côncavo e convexo. Puro engano. Individualmente podem, sem sombra de dúvida, formar novo laço feliz ou congruente.

Não quero aqui, de modo algum, criticar uniões do tipo. Alguns, cometendo a dita “heresia”, conseguem ser plenamente venturosos. Gostaria de simplesmente salientar o óbvio que presenciamos socialmente no mundo contemporâneo. Arranjos e mais arranjos ou existências que são frustradas pelo arrebatamento das emoções. Ficam, evidentemente, questionamentos do quanto é importante ou até mesmo imprescindível, termos uma consciência “genuína” ou maior a respeito de alguém que está ao nosso lado. Certamente que isso não elimina as probabilidades negativas. Nem poderia. Mas, inquestionavelmente, corremos menos riscos...


Escrito por Dr. Ricardo Carvalho

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Alberto Amaral Alfaro

natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.

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