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Ricardo Farias Carvalho, é Psicólogo formado em teoria psicinalítica e suas aplicações psicoterapeuticas e com especialização em Psicologia Clínica e Psicoterapia cognitivo e comportamental. Atende na Rua Dezenove de Fevereiro, 593/301 – Fones: (53) 3232-4677 e 8437-1066/8166-6324 – E.mail: ricardof.carvalho@uol.com.br.


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O SILÊNCIO DAS LEMBRANÇAS

quarta-feira, 24 de Outubro de 2012 | 10:47

Após o vínculo duradouro e um rompimento não suficientemente bem elaborado, certa jovem, num determinado instante, visualiza numa rua qualquer aquele que foi o depositário de inúmeras expectativas, projetos ou idealizações. O corpo e, em especial, o coração, sofrem imediatamente com a química alterada. A primeira loja que encontra serve como um refúgio ou uma caverna para se esconder de alguém que tantos prazeres ou alegrias proporcionou na sua vida. O ser humano, muitas vezes, possui esta dinâmica. Deixa uma “ponta mal resolvida” e sofre barbaramente com isso. Arestas infinitas corroem a alma de quem amou. O cheiro, a pele, as trocas, devido à saudade, incomodam. Até nos sonhos os desejos oriundos do inconsciente mesclam ou intercalam, magicamente, felicidade e infelicidade. Zona de conforto afetada.

As gírias tão antigas e de acordo com as suas épocas, conseguem, em poucas palavras, definir estados, sentimentos, situações, entre outros. “A fila anda” tem, na sua essência, uma impossibilidade de ficarmos detidos num ponto que, no fundo, sabemos que não existe realmente condições de uma continuidade. É um chamamento dos dados de realidade, dando uma sacudidela num indivíduo que ainda está atormentado, chocado, querendo negar o óbvio. E, para que o todo realmente “ande”, com muito esforço, quando conseguimos, vamos em busca do inusitado que preencha uma complicada lacuna. Permissividade concretizada e não achamos tanta graça assim no que temos pela frente. Defeitos e defeitos são encontrados numa pessoa que poderia... Vejam bem que eu disse “poderia”. Depois de tentativas infinitas, finalmente, abrimos uma nova porta que reascende aquilo que nos alimenta: esperança. Com ela, outras são viabilizadas e, gradativamente, retomamos um “caminho”. Novo vínculo desencadeador de alegrias.

Entender o cérebro ou a referida alma, convenhamos, é algo complicadíssimo. Ocasionalmente, somos surpreendidos por lembranças que deveriam estar engavetadas a sete chaves. O fator tempo sofre uma atemporalidade, ou seja, não é afetado. O que deveria ser realmente passado surge, circunstancialmente, de forma incisiva e com uma nitidez impressionante. Cambaleamos novamente. Ficamos desorientados. Achamos que possuímos algum “defeito” porque simplesmente não conseguimos apagar com uma “perfeita borracha” aquilo que, em princípio, não desejamos mais. Não raro, as psicoterapias são procuradas com o intuito de “zerar recordações”. Puro engano.

Costumo dizer que todos os relacionamentos que tivemos possuem “níveis”. Uns importantes, outros... De acordo com esta hierarquia e de vários aspectos interligados, em alguns momentos da existência, podem sim ocorrer reminiscências visando preencher, na “fantasia”, carências sentidas. Dependendo da intensidade, transitoriedade e significado destes nossos pensamentos, podemos assegurar que as “lembranças silenciosas” são absolutamente normais...

PSICÓLOGO/FONES: 32324677 ou 91629292/E-mail: ricardof.carvalho@uol.com.br


Escrito por Dr. Ricardo Carvalho

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FELICIDADE OU FERRARI?

segunda-feira, 15 de Outubro de 2012 | 14:06

Há algum tempo, um amigo perguntou se eu poderia indicar um livro de Psicologia que fosse “interessante”. Culto, inegavelmente, buscava na indicação respostas para dúvidas existenciais que são pertinentes ao ser humano. Não foi a primeira pessoa a fazer a referida solicitação, sendo algo relativamente comum. Difícil é a tarefa do psicólogo de saber o que é “exatamente” desejado pelo próximo. Na ânsia de ajudá-lo, sugeri um que abordava várias teorias da personalidade. Honestamente, não sei até que ponto fui “feliz”. Passado um período, fiquei especialmente sensibilizado com “O monge que vendeu sua Ferrari”, de Robin S. Sharma, ed. Verus. Em poucas páginas, a sua imagem e apelo novamente me ocorreram e pensei imediatamente: é este!

A parábola fala a respeito de Julian Mantle, advogado muito bem sucedido que não mede esforços internos e externos para ganhar dinheiro e prestígio nos tribunais. Vida obcecada pelo trabalho ou poder. Ótimos restaurantes, uma Ferrari, conta bancária invejável, benesses... Num belo dia, vê o seu “controlado mundo” ruir através de um ataque cardíaco. O seu órgão mandou uma mensagem óbvia de que algo não ia bem. O corpo pagou. Na busca por uma integridade existencial, fica sabendo de monges que viviam no alto do Himalaia e que possuíam o conhecimento para melhorar a vida de qualquer indivíduo. Assim, aos 53 anos de idade, se desfaz de todos os seus bens materiais e parte para o Oriente. Este passa a ser o seu norte, visando conhecer e introjetar uma cultura milenar. Perseverança, característica que lhe impulsionou ao longo da sua jornada profissional, fez com que encontrasse o local de difícil acesso onde viviam os grandes sábios de Sivana. Surge Yogi Raman, o sábio mais velho e líder do grupo. Diálogos e diálogos foram travados entre os dois sedimentados em repleta simplicidade, serenidade e harmonia. Entrou certamente em jogo a difícil arte de descondicionar aspectos ou “leis” que eram tidas como certas ao longo de uma existência.

Por outro lado, uma das atribuições dadas ao discípulo era a de propagar todo o aprendizado acumulado durante o tempo em que permaneceu absorvendo o seu real sentido. Destarte, Julian retorna para o Ocidente objetivando compartilhar os ensinamentos com um antigo assistente (outro advogado) que possuía o mesmo apetite voraz, “cego e inadequado”. Seu desejo era simplesmente de questionar e propagar uma espécie de “corrente reestruturadora”. Em suma, ajudar os demais para que novas visões ou caminhos fossem obtidos.

Lições ou práticas são sugeridas tendo como foco combater a “falta de motivação em meio à monotonia do dia-a-dia e a experimentar a verdadeira alegria de viver”. Sem dúvida nenhuma, alguns dos problemas significativos do mundo contemporâneo. Fica, da minha parte, um estímulo e uma profunda vontade de que leiam sobre aquilo que buscamos incansavelmente para os nossos pacientes por meio das psicoterapias e que vai ao encontro do livro: FELICIDADE!

 

PSICÓLOGO/FONES: 32324677 ou 91629292/E-mail: ricardof.carvalho@uol.com.br

 


Escrito por Dr. Ricardo Carvalho

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Alberto Amaral Alfaro

natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.

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