Ricardo Farias Carvalho, é Psicólogo formado em teoria psicinalítica e suas aplicações psicoterapeuticas e com especialização em Psicologia Clínica e Psicoterapia cognitivo e comportamental. Atende na Rua Dezenove de Fevereiro, 593/301 – Fones: (53) 3232-4677 e 8437-1066/8166-6324 – E.mail: ricardof.carvalho@uol.com.br.
Costumo dizer que manter um relacionamento, em especial nos dias de hoje, é uma verdadeira arte. Os vínculos estão, cada vez mais, efêmeros. Pesquisas indicam que, após o quarto ano de uma união, o índice de separações é altíssimo. Encontrar a “cara metade”, apesar das frequentes queixas quanto à qualidade, é algo relativamente fácil. Tudo mudou. As iniciativas no jogo da sexualidade não são mais exclusividade dos homens. A partir do instante em que há interesse de uma mulher, as suas conhecidas armas, amplificadas ao extremo, se compararmos com certo tempo atrás, entram em cena.
Destarte, questionamos se, para uma relação encontrar sustentabilidade natural já é complicado, como manter o equilíbrio mínimo necessário no sentido de evitar as “tentações dos tempos modernos”. Lembro-me de uma pessoa que terminou o namoro e quase que imediatamente partiu para um novo. Paixão imensurável que nem cupido consegue entender. Ambos morando em cidades diferentes e juras de amor e fidelidade asseguradas. Liberdade com os amigos, saídas, etc., foram acordadas visando ao óbvio. É que, no referido jogo, a inteligência evidentemente deve predominar. Proibir é uma palavra chave que cria um efeito paradoxal ou contraindicado. Quanto maior o impedimento, maior a sedução. Até um ponto, com ele, tudo ia bem. Algumas oposições de novas investidas em festas, diálogos com “ex” e negativas na internet. Porém, a boa aparência, situação financeira estável, carro, cultura, experiência, o “gente boa”, funcionaram como gatilhos facilitadores... Repentinamente, outra “ex”, daquelas esquecidas, sepultadas há um bom tempo, surge como alguém que não quer nada com nada em uma tela de computador. Numa voracidade ímpar, um número de telefone é dado e, tendo uma recusa ou silêncio, resolve adotar novas estratégias incisivas. Num belo dia, um encontro “casual” ocorre e, imediatamente, um beijo é dado. Tudo indica que, inconscientemente esperando, atordoado, pelo menos em parte, rechaça qualquer possibilidade. Afinal, as juras supracitadas não ocorreram em vão. Feliz, amando intensamente, tem diante de si um autêntico vulcão adormecido que entrou em erupção. Novas e inúmeras abordagens colocam em cheque o “eu” e o conciliado. Palavras parecem não convencer tanta determinação. Deste modo, o lado instintivo luta contra um querer e um “não poder”...
Arranjos do tipo não são raros. Talvez amar envolva também num negar ou racionalizar. O impulso para a prática de uma coisa “censurável ou não recomendável” no mundo contemporâneo, terreno das facilidades, requer um controle sem precedentes. Geralmente, o prazer imediato, por outro lado, instaura um verdadeiro inferno no elo ou no âmbito familiar, quando se tem um mínimo de “consciência”. Os constantes “deslizes”, normalmente implicam em culpas ou arrependimentos que vão minando, gradativamente, a alma. Confusões...
PSICÓLOGO/FONES: 32324677 ou 91629292/E-mail: ricardof.carvalho@uol.com.br
Durante a formação, vamos construindo castelos profissionais. Salvo certas exceções, gradativamente, ocorre uma seleção daquilo que pretendemos fazer. Com capacidade, associada também ao “fator sorte” ou uma possível indicação, vamos ao encontro de estágios em locais que nos satisfazem e que são, em princípio, referenciais interessantes.
Lembro-me de uma pessoa que encontrou algumas “distorções” no seu primeiro período de prática num serviço público. Inicialmente, chegava no horário e percebia que isto não ocorria com os demais. Uns saiam e custavam muito para retornar ao local de trabalho, quando voltavam. A produtividade notoriamente era significativamente lenta. O óbvio: a seriedade desejada estava bastante aquém do esperado. Sendo seu trabalho burocrático, ocasionalmente, era solicitado a fazer algum serviço na rua. Cumpria as tarefas de modo exemplar e retornava imediatamente. Num determinado instante, passou a se dar conta que, se fizesse tudo rápido ou corretamente, “não tinha tanta importância”. Portanto, diminuiu o ritmo, a pontualidade e o volume produzido. Destarte, a sensação de “normal anormalidade” foi produzida naturalmente.
O funcionamento ou dinâmica supracitada não é algo incomum. As tendências de nos acomodarmos com o sistema são forças poderosas. Questionamos, evidentemente, as consequências geradas para alguém que está dando os seus passos iniciais visando definir um rumo na sua profissão. Até que ponto o aprendizado, no amplo significado do termo, assim como a imagem social e profissional deste, não ficam afetados substancialmente?
A primeira oportunidade de mostrarmos toda a capacidade que possuímos deve ser aproveitada ao extremo. Se a “adaptação” for incorporada ou introjetada, este padrão poderá ser repetido no transcorrer de uma caminhada futura. Desta forma, deixamos o inconsciente coletivo do ambiente triunfar em relação a uma possibilidade de tenacidade, superação ou crescimento. Os maus modelos, dependendo de cada um, podem ter peso. Personalidades mais fracas, influenciáveis, evidentemente, deixam subjugar-se rapidamente. Quando isso ocorre, a ajuda profissional torna-se imperativa, no sentido de se minimizar a fragilidade interna e a importância dos outros.
Consciência é uma palavra chave. À medida que deixamos de produzir o possível, mesmo que dentro dos nossos limites, “no momento”, inevitavelmente, afetamos a nossa autoestima. Um estágio suficientemente bem realizado é, sem dúvida, passaporte indicado para a carreira que está diante de nós. Aproveitar ao máximo todos os bons exemplos, pessoais e funcionais, indagar constantemente sobre as dúvidas pertinentes, etc., são elementos importantíssimos. As oportunidades de progresso, na grande maioria das vezes, passam por um “simples estágio”...
PSICÓLOGO/FONES: 32324677 ou 91629292/E-mail: ricardof.carvalho@uol.com.br
Alberto Amaral Alfaro
natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.