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Ricardo Farias Carvalho, é Psicólogo formado em teoria psicinalítica e suas aplicações psicoterapeuticas e com especialização em Psicologia Clínica e Psicoterapia cognitivo e comportamental. Atende na Rua Dezenove de Fevereiro, 593/301 – Fones: (53) 3232-4677 e 8437-1066/8166-6324 – E.mail: ricardof.carvalho@uol.com.br.


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PAIS E FILHOS GRATIFICADOS

quarta-feira, 05 de Setembro de 2012 | 16:31

Um dos desejos básicos que possuímos é o de agradar aos pais. Salvo algumas exceções, nos esforçamos ao máximo para que possamos vê-los satisfeitos com o nosso desempenho como um todo e assim obtermos uma natural “aprovação”. Ao longo da existência, cometemos erros, fazemos algumas coisas que não são nada indicadas, porém, consciente ou inconscientemente, nos esforçamos para adquirir, em condições normais, o aval destes. Essa busca incansável ou desejo é um dos aspectos formatadores da nossa personalidade. Por outro lado, gratificar os pais não significa fazer precisamente aquilo que consideram imprescindível.

Por detrás de uma educação real, levada a termo, possuímos valores intrínsecos que vão sendo passados e assimilados, paulatinamente, dia após dia. Quando não são correspondidos, as frustrações inerentes ocorrem, gerando sofrimentos para ambos os lados. Pais descontentes com os filhos, filhos descontentes com os pais. Talvez, exatamente nesse ponto, é desencadeada uma dor maior. Felizes são os progenitores que, ao longo de um desenvolvimento ou caminhada, vão percebendo que as sementes importantes plantadas, principalmente por meio dos exemplos, vão gerando frutos.

Muitos pais sofrem desnecessariamente em função do desejo neurótico de controle no que tange aos filhos. Pensam que as suas escolhas são as únicas e indicadas na realidade circundante. Esquecem que, até um certo ponto, talvez seja possível. Não além disso. À medida que o tempo transcorre, tornam-se espectadores “passivos” diante de um inegável livre arbítrio. Caminhos, atalhos, decisões, passam a não lhes pertencer. O conjunto das coisas e os fatos reais mostram de maneira implacável se permaneceu, ou não, somente a essência dos valores supracitados. Quando digo “somente” me refiro de forma paradoxal a uma “imensurável criação ou arte” elaborada ao longo de uma trajetória no que se refere ao verdadeiro sentido de família. Em outras palavras, a transmissão de honestidade, bondade, virtude, etc.

As relações familiares, como tudo na vida, nada mais são do que um ciclo. Num determinado momento, esse espaço de tempo é completado para que outro possa ser estabelecido. Novas famílias, novos arranjos. Separações, lutos, apesar de doerem, são extremamente necessários para que possam ocorrer as referidas gratificações. O exercício da solidão dos pais é confrontado com as cenas de crescimento e satisfação dos seus descendentes.

Quando as duas partes - pais e filhos - estão conectados num canal autêntico de liberdade, responsabilidade e, acima de tudo, consciência, as gratificações mútuas são sentidas naturalmente. Missões cumpridas. A tão “sonhada paz” está diretamente ligada a uma sintonia fina que envolve agradecimentos mútuos. Destarte, as sensações de prazer pelo convívio, portanto, são indescritíveis...

 

PSICÓLOGO/FONES: 32324677/E-mail: ricardof.carvalho@uol.com.br 


Escrito por Dr. Ricardo Carvalho

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PRODUTIVIDADE E AUTOESTIMA

segunda-feira, 20 de Agosto de 2012 | 17:59

Ricardo Carvalho

O ser humano tem inúmeras maneiras de resolver os problemas pelos quais passa. Alguns, primeiramente, preferem encontrar respostas para os fáceis e, somente depois, encararem os mais difíceis. Assim, muitas vezes, a questão do tempo geralmente é determinante na qualidade do efeito final desejado. Outros, ao contrário, dão prioridade aos complexos, criam uma hierarquia e canalizam os seus esforços para solucioná-los. Enquanto isso não ocorre, não descansam. Portanto, lutam positivamente buscando alcançar “saldos finais” interessantes. Uma parcela não soluciona absolutamente nada com a esperança de que o tempo se encarregue de um jeito milagroso. Vivem “deitados em berço esplêndido” vendo o todo transcorrer. Destarte, não tomam as rédeas da sua existência. “Amanhã eu farei” é o lema predominante.

É interessante observarmos os resultados em termos práticos dos variados funcionamentos. Eles obedecem a certo padrão e se arrastam ao longo da vida. Em outras palavras, quem quando criança ou adolescente apresenta conflitos diante de fatos que necessitam de um rendimento na produção ou eficiência, dificilmente apresentará um comportamento diferenciado na fase adulta. Estes vivem se queixando, atribuindo as dificuldades aos demais ou as inevitáveis mazelas do mundo. Cercam-se de mecanismos, de todos os modos, tendo como finalidade ausentarem-se da responsabilidade das consequências indesejáveis produzidas por eles mesmos. Fazer é difícil e cansativo. Procrastinações são infinitas. O deixar para depois é uma rotina. Ao menor sinal de estorvo, recuam e amplificam demasiadamente a situação. Não possuem uma visão clara de objetivos ou metas. Focalizam coisas que não têm tanta importância visando, consciente ou inconscientemente, evitar as prováveis frustrações ou dores maiores.

Ao longo da experiência clínica vamos observando pontos comuns nos diversos arranjos apresentados pelos pacientes. São frequentes os relatos de baixa autoestima por aqueles que apresentam uma produtividade precária. A zona de conforto criada pela evitação dos enfrentamentos é algo que, internamente, sai muito caro. Num determinado momento, quando existem condições mínimas de consciência, há um sofrimento significativo. Comparações com pessoas bem sucedidas são constantes. Desta forma, o indivíduo é corroído por uma sensação de pouco valor que pode ainda contribuir negativamente para o quadro supracitado. Por detrás de tudo isso, num bom número de casos, reina, entre várias causas, o desejo de perfeição ou a dificuldade evidente de lidar com possíveis erros.

Para finalizar, gostaria de citar as sábias palavras de São Francisco de Assis, que demonstram uma ampla aplicabilidade nas questões que envolvem produtividade e autoestima: “Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível e, de repente, você estará fazendo o impossível.”

PSICÓLOGO/FONES; 32324677 ou 91629292/E-mail: ricardof.carvalho@uol.com.br


Escrito por Dr. Ricardo Farias Carvalho

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Alberto Amaral Alfaro

natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.

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