Gostaires Gonzalez o 'escrevinhador’. Natural de Santa Vitória do Palmar, reside em Rio Grande desde 1980. Autor de dois livros realçando as memórias dos GONZALEZ. Próprio de quem não quer deixar no esquecimento uma série de relatos que esclarecem uma nesga do tempo num lugar incomum.
O homem senhor dos reinos, soberano todo poderoso. Cheio de vontades que vivem na terra e sonha com os céus! Fez deste planeta sua casa, a lavoura, o pomar e o “banheiro”. Não contente resolve cortar os matos e atear fogo, desviar os rios e canalizar suas águas, fez dos oceanos depósito das escórias como tampão ao canto das baleias.
Que homem somos se não entendemos que depois de inventar o inimigo, partimos para a guerra em busca de aventura ou vitória. No mínimo igual a quem vai aos estádios de futebol para fazer algazarra.
O homem o ser superior da natureza deste mundo. Imensa sua superioridade a respeito dos demais viventes. Enquanto os animais sobrevivem neste mundo, o bicho homem continuou se adaptado, por que seus sentidos são aguçados.
Tudo está a seu domínio da terra as estrelas. Seus olhos, ouvidos, olfato, paladar e tato o condenam a ser supremo. Na mão os dedos, na mente as letras e números. Da posição ereta, massas cinzentas crescente aos olhos ágeis no alto na cabeça, dois focos de cobiça exploradora, o convertem numa máquina dominadora dos elementos da natureza aos circuitos inteligentes.
O desenvolvimento desta matéria, diz respeito à desconformidade do homem. A demasia exploratória o seu simples pretexto das residências luxuosas, somados benfeitorias: as estradas, pontes, túneis, viadutos, represas, aeroportos, portos... Confunde-se beleza de criação com o essencial a sobrevivência a o que tange ao supérfluo.
Nas lixeiras destas obras, os resíduos despropositados do desperdício, que somam ao tamanho do construído, sem mencionar o resíduo na hora da exploração na jazida.
Sempre que ela passa por mim sorri e me cumprimenta de uma maneira muito especial, como se comigo convive-se há muito tempo, mas o que você não sabe: nós tivemos um romance. Um dia a muitos anos atrás, em Santa Vitória do Palmar.
Juramos viver um para o outro eternamente exatamente como fazem todos os casais. Mas com o tempo me era pouco, salários pequeno, morada humilde, não pude sustentar-la com palavras bonitas.
Enquanto isso naquele momento, um moço filho de um médico dentista a seduziu com uma vida confortável, fantástica em outra cidade e levou minha bela para distante.
Passou-se o tempo, casei tive um filho e de repente eu estava no supermercado em Rio Grande. Quando, que ela estava a me olhar. Não sabia que havia voltado sem nenhum lucro da investida, sem família e o nome de nobreza do filho do Doutor.
Abro minha janela (olhos) à luz entra, o tempo esbanja minha felicidade, no rumo que tomei, na minha mão. Não posso mais sair e me aventurar como de antes, minha janela possui grades e sou prisioneiro do destino.
Não posso reagir aos meus desejos, tenho que me redimir as coisas que tenho, com o amor que me completa.
Tivemos um breve contato, um diálogo momentâneo, e fui andando: é tarde, estou velho para rejeitar meus compromissos.
Alberto Amaral Alfaro
natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.