Prof. Nerino Dionello Piotto
Articulista Econômico - Empresário ramo imobiliário - Aposentado do Banco Central do Brasil.
Neste ano de 2013 todos nós, brasileiros, trabalhamos 150 dias, só para pagar impostos, taxas e contribuições.
Este dado é oficial, publicado pelo IBPT ( Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário ). Segundo ainda o mesmo instituto, a carga total está assim dividida: 69,96% de tributos federais, 24,71% de estaduais e 5,33% de municipais. Ainda segundo o instituto, a carga brasileira de impostos bateu o Recorde e somou 36,27% do PIB. ( R$1,59 trihão ) Um espanto!
O presidente do Sinprofaz ( Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional ), Allan Titonelli, alerta para o fato de que, “ na medida em que a cobrança de impostos é alta, sem prestação de serviços à altura como contrapartida, a população enxerga os tributos de forma nociva e, muitas vezes, prefere omitir os ganhos”. Aí vira um jogo de gato e rato.
O Sinprofaz criou uma ferramenta, , o “Sonegômetro¨. Ele nos mostra que, por fraudes, o País deixou de arrecadar, em média, R$894 milhões por dia. Se mantida a média atual, o valor sonegado ao final de 2013 será de R$324 bilhões. Outro espanto!
Protestos de estudantes e populares se agigantam. Em Brasília, Rio, Belo Horizonte, São Paulo e também no exterior – em Nova Iorque, Dublin, Berlin e Montreal brasileiros protestam por melhorias sociais, no transporte público, na saúde, por menos gastos e contra a corrupção que grassa em e desgraça nossa pátria.
Soluções existem, como a cantada e encantada reforma tributária. Mas, como nossos políticos, em geral, com exceções honrosas, olham mais para o umbigo e, quando levantam os olhos só vêem eleições na frente e só pensam em como ganhar as próximas....o povo segue pagando caro e recebendo pouco em contrapartida. . .Mas tudo tem um limite!!!
Agora, com o novo formato das notas ficais, onde deverão aparecer o quanto custa o produto e o quanto pagamos de impostos, talvez seja o caminho para nos estimular a refletir se vale a pena seguir como cegos, acreditando em blablabás e achando que tudo vai dar certo. Podemos, de imediato, fazer a nossa parte: exigir a emissão de notas fiscais, não omitir ganhos e...exigir reciprocidade dos governos. .O processo se assemelha a pessoa que come, bebe e fuma demais, não se cuida e acha que – com medicação e de uma hora para outra – pode voltar a ser magro e saudável. Ledo engano! O preço do descuido pode ser salgado!
Economista*
Temos comentado sobre a economia de Rio Grande, os problemas do trânsito e mobilidade urbana, meio ambiente, não conclusão de obras. A ligação do esgoto na cidade nova é uma novela! A população sofre com o problema e se frustra ( foram feitos os dutos e, até onde sabemos, por informação verbal que nos foi dada na Corsan em Rio Grande, estaria faltando a construção de uma elevatória ) , ausência de ciclovias que poderiam ajudar de imediato no tratamento do estresse urbano, ufa! E por aí vai. O bom é que ....soluções viáveis existem!!!
Temos o hábito de variar a pauta, para não cansar muito nossos ouvintes e leitores.. Os interesses e as faixas etárias são variados. Ssemana passada, por telefone, conversamos com uma senhora de 87 anos, antenada no que ocorre. Ela disse que nos ouve todas as sextas no Manhã Regional, na Rio Grandina, agora sob o comando do Jota Vargas. É a Senhora Conceta, amiga de minha segunda mãe Ernesta Dionello ( 90 mês que vem ). E que conversam sobre os temas. Outra senhora, 81, Leda Ruiz, nos disse que toda a semana vai na padaria comprar o Folha e nos lê. Outra ainda Porto Alegre, Sra. Touguinha, nos escreveu dizendo que nos lê. Grato pela atenção, Sras. Conceta, Leda, Touguinha e também a todos os que nos enviam mensagens, que telefonam, sugerindo temas para nossas pautas. Embora longe geograficamente, com as novas tecnologias, estamos sempre perto dos leitores/ouvintes. E ouvidos atentos aos que dizem os da melhor idade. Eles sempre tem algo a nos ensinar.
A pauta de hoje, para variar, é sobre o trabalho profissional de domésticas, cuidadoras, babás...a nova legislação está sendo consolidada e novas regras deverão ser obedecidas.
A relação do empregado doméstico com a família é como a do casal. Tudo vai bem, problema zero. Azedou a relação, sai de baixo. A vida como ela é, assim. Não é mesmo?
Atenção com a compensação das horas extras. Como os horários desses profissionais não é rígido como o de um empregado do comércio, cuja loja tem hora para abrir e fechar, decidiu-se sobre a possibilidade de compensação de horas extras, por meio de um banco de horas, chamado de “Sistema de Compensação de Horas Extras”. Mas...em quanto tempo se pode compensar as horas extras? As centrais sindicais defenderam o prazo de 3 meses para a compensação, mas o relator, Senador Romero Jucá, manteve o prazo de um ano e acrescentou uma novidade: a compensação de horas extras só será permitida após a 3ª. Hora. As primeiras duas horas extras diárias terão que ser pagas junto com o salário do mês. Muita água ainda vai passar embaixo da ponte. . Fique atento às mudanças – consulte sites especializados, contrate um contador ( o que muita gente tem feito ) para evitar dores de cabeça no futuro que sempre chega. O barato pode sair caro, como diz o ditado!
Economista*
Alberto Amaral Alfaro
natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.