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Prof. Nerino Dionello Piotto
Articulista Econômico - Empresário ramo imobiliário - Aposentado do Banco Central do Brasil.


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MP DOS PORTOS VERDADEIRO CABO DE GUERRA

quinta-feira, 23 de Maio de 2013 | 16:59

Lembram aquele jogo, disputa, brincadeira, que se fazia na escola, chamado cabo de guerra?

Assim se comportaram os deputados federais, puxando de acordo com seus interesses.

Triste espetáculo. A medida ( MP595) era – e é - correta no mérito e errada no tempo.

Se ela beneficia o Brasil ( e beneficia! ) , por que o Governo Dilma demorou tanto? Se estava a Presidente convencida de que esse era o melhor caminho ( concorrência, livre mercado ) e é, porque ficou brecada a ideologias bolorentas e ultrapassadas? O Brasil perdeu tempo.

E o que se presenciou na Câmara foi uma verdadeira disputa de cabo de guerra a favor/contra gigantes da economia com interesses antagônicos. Criou-se um clima de máfia. Segundo o jornalista Jorge Moreno, do Globo, na “madrugada dos portos” um deputado da tropa de choque de Eduardo Cunha teria dito: “ Quanto mais tarde a gente demorar a entregar mais caro poderá o Renan cobrar lá no Senado”. Qual o nome que se dá a isso?

Gigantes da economia, com interesses ( legítimos ) na MP: Agroprodutores e Grupo Gerdau defenderam a figura do terminal-indústria; Odebrecht ( leia-se Embraport=Empresa Brasileira de Terminais Portuários ) queria a medida, pois ela regularizaria a situação de 4 companhias privadas por ela controladas nos portos de Santos, SP, Portonave e Itapoá, em SC, e Cotegipe, na Bahia; Eike Batista: A MP abre espaço para a ampliação do Porto de Açu, no RJ, para o transporte de contêineres e para o projeto de um novo porto em Peruibe, SP; Daniel Dantas ( Santos Brasil ): pode vir a perder liderança no setor de contêineres com a entrada de novos operadores que não tenham de pagar outorga; Grupo Libra: do setor de logística em porto público, como a Santos Brasil, de Dantas, pode ter a participação de mercado comprometida, pelas mesmas razões; Transpetro: como outras empresas já instaladas a mais de 20 anos, poderá ganhar com a possibilidade de renovação de contratos antigos; Trabalhadores ( Força Sindical ) : queriam que a contratação – inclusive para os portos privados, fosse feita através dos OGMOS ( Orgãos Gestores de Mão de Obra ), que controlam as contratações nos portos públicos. Dilma – acertadamente - é contra a idéia e a MP 595 a matou. O saldo foi positivo!

Como se pode ver, foi briga de cachorro grande. De cobras criadas e raposas felpudas.

No final da fritada, o Governo teve de fazer concessões para que a MP fosse votada e, como alternativa, já prepara vetos. Mas...será com o olhar de ver nos vetos ou...nos votos?

Economista*


Escrito por Nerino Dionello Piotto

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CIDADES SUSTENTÁVEIS – ECONOMIA VERDE DISPUTAS SAUDÁVEIS= ciclovias e não uso do carro

terça-feira, 07 de Maio de 2013 | 17:09

É usual a disputa entre cidades. Rio Grande e Pelotas, por exemplo, estão envolvidas em provocações antigas. Agora, com as mudanças de parâmetros e em época de maior conscientização sobre a importância da economia verde, do meio ambiente, Rio Grande tem uma chance de ouro de marcar pontos em quesitos com alta ponderação para a disputa.

Como também moramos no Rio e com alta freqüência visitamos São Paulo, onde temos uma filha e uma neta, temos acompanhado bem de perto, aqui e lá, os debates e provocações, que vão do futebol a restaurantes.

O que se constata, aqui, segundo dados da OMS ( Organização Mundial da Saúde ) é que o ar que respiramos no Rio é – pasmem – pior do que o de São Paulo. O ar do Rio apresenta 64 microgramas de poluentes por metro cúbico. O padrão ideal seria de 20 microgramas por metro cúbico. Em São Paulo foram registrados 38 microgramas. Não é um bom número, mas melhor do que o do Rio, que, embora com o mar, o ar é ainda pior.

São Paulo dá banho no Rio em matéria de metrô, tem 74km contra 42 do Rio. Em carros, a disputa é igual, ou seja, pouco mais de duas pessoas por carro, igual a Rio Grande.

Dois dados importantes, de alta ponderação nos parâmetros da economia verde, e que o Rio dá capote em São Paulo, são CICLOVIAS e PESSOAS QUE VÃO AO TRABALHO DE CARRO. São Paulo tem 36 km de CICLOVIAS, enquanto o Rio tem 300 km. 30% dos Paulistas usam o carro para ir ao trabalho, enquanto só 13% dos cariocas o fazem.

O que faz o Rio ganhar na saudável disputa não é o mar, não é o ar ( QUE APARENTEMENTE É MELHOR ) , não é o verde, mas....as CICLOVIAS, QUE RESULTAM EM OUTRO PONTO POSITIVO, QUE É A PERCENTAGEM BEM MENOR DE USO DO CARRO PARA IR AO TRABALHO.

Rio Grande, numa imaginária disputa pelo grau de sustentabilidade com Pelotas, provavelmente perderia no quesito ar ( embora com o mar ) , verde e uso do carro para ir ao trabalho. Mas, se nossas autoridades acordarem para o baita presente que a geografia/natureza nos deu = uma cidade plana e com clima tropical = e investirem em CICLOVIAS, certamente nos posicionaríamos muito melhor. A Secretária Miriam Ballestro, aquela do discurso técnico correto, bem que poderia jogar luzes sobre o tema. O meio ambiente só teria a lucrar. Os dados comparativos entre Rio e São Paulo são irrefutáveis.

Pensem nisso!

Economista*

 


Escrito por Nerino Dionello Piotto

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Alberto Amaral Alfaro

natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.

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