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Prof. Nerino Dionello Piotto
Articulista Econômico - Empresário ramo imobiliário - Aposentado do Banco Central do Brasil.


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A BOMBA já EXPLODIU Só...NÃO OUVIMOS O ESTAMPIDO!!!

segunda-feira, 18 de Fevereiro de 2013 | 14:55

E outras explodirão, ATÉ aqui em Rio Grande, se fizermos ouvidos moucos.

Não estou falando de Coréia do Norte, de testes com bombas atômicas.

Estou falando de Brasil, de nossas dívidas INTERNA E EXTERNA.

Traduzindo o economês, vamos falar em português: DÍVIDA EXTERNA É A DÍVIDA QUE O BRASIL ( LEIA-SE O GOVERNO BRASILEIRO, OU SEJA, TU, EU, NÓS ) TEM COM OS BANCOS MUNDIAL ( BID ) COM O FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL ( FMI ) E OUTRAS INSTITUIÇÕES. ESTA DÍVIDA É EXPRESSA EM MOEDA AMERICANA DO NORTE, OU SEJA, EM DÓLARES AMERICANOS.

A DÍVIDA INTERNA É A DÍVIDA QUE O BRASIL TEM COM OS BANCOS = Bradesco, Brasil...que compram títulos públicos. E É EXPRESSA EM MOEDA NACIONAL, EM REAIS.

Quando Lula assumiu o Brasil, em 2002, nossa dívida externa era de U$212 bilhões. E a interna, de R$640 bilhões. Em 2007, o Brasil zerou a dívida externa. Beleza! Qual a mágica? Simples, a dívida interna duplicou, pulando nesse ano para em torno de R$1,4 trilhão. E boa parte dessa dívida ficou em mãos de estrangeiros. Maravilhados, recebendo juros em dia e em percentuais fantásticos ( os maiores do mundo ), passaram a comprar títulos em reais.

Mas, como toda a mágica, um dia se descobre como ela é feita e...hoje, a situação é a seguinte: A dívida externa voltou, está em torno de U$380 bilhões, ligeiramente abaixo do saldo de nossa balança comercial ( em torno de U$400 bilhões). Até aí, ok, tecnicamente está correto. Mas....a bomba explodiu. O volume de recursos de estrangeiros aplicados em dívida interna, ou seja, em reais, é de cerca de 20%. Nossa dívida interna está em R$2 trilhões. Sendo 20% de recursos de estrangeiros em títulos, devemos a ales R$400 bilhões ou U$200 bilhões. Estes, somados aos U$380 bi de dívida externa, nos mostra que temos U$580 bi em dívidas externas. Tecnicamente, não fosse a mágica, estaríamos mal na foto.

E, em Rio Grande, pelo andar da carruagem, se não forem tomadas providências técnicas tempestivas, uma bomba pode vir a balançar as finanças municipais. Ela está alojada no DATC.

O DATC foi tratado com panos quentes, nos últimos anos, na crença de que ele poderia se manter. Não deu certo. O “câncer” não extirpado voltou após alguns anos e o tratamento saiu caro. Ano passado em torno de 800 mil reais foram repassados. E, se mantidas as premissas divulgadas ( expansão de linhas ) a bomba vai ficar cada dia mais perigosa.

Mágicas são divertidas, mas....quem paga a conta? Com sempre, Tu, Eu, Nós.

Pense nisso!

Economista*

 


Escrito por Nerino Dionello Piotto

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DATC - NOVAS e VELHAS IDÉIAS, ERROS VELHOS e NOVOS

sexta-feira, 08 de Fevereiro de 2013 | 16:49

Como de hábito, quando estou em Rio Grande/ Cassino, costumo me ater em pautas que dizem respeito ao que afeta a economia de nossa cidade e bairro balneário.

Há cerca de uma década e meia, escrevi um artigo no saudoso Jornal do Cassino noticiando que o Sr. Prefeito Wilson Branco, recém eleito, tinha um câncer e que ele necessitava de cirurgia radical. Era uma metáfora. O Prefeito gozava de boa saúde à época. O câncer a que eu me referia era o DATC.

Criado em época de vacas gordas e visão de jovem ( a vida é eterna ), a idéia era arrojada. Elaborou-se uma engenharia de recursos humanos que se mostrou perversa ao longo do tempo. Como tudo na vida, se não acompanhamos o ritmo da evolução...corremos o risco de nos tornar obsoletos e jurássicos. E um peso, como o DATC, para o povo papareia.

Para se manter o DATC necessitava de uma mesada ( repasses ) de cerca de R$200mil mensais, em valores daquela época. Era uma sangria nas verbas. Era dinheiro que deixava de ir para a compra de remédios, para a educação, para a pavimentação de ruas...

O falecido prefeito Wilson entendeu que eu o criticava e me convidou para um almoço na colônia dos pescadores. E quis saber o porquê que eu “estava batendo nele”. Coloquei de forma clara e sem subterfúgios que eu não era ligado a atividade política, não tinha interesse algum. Só que... a atividade não era uma atividade típica de governo. Que o problema que eu via não era pessoal, político, era apenas de visão do que é certo e é errado. Algum tempo após Wilson me chamou e, em seu gabinete, me disse: “ estás autorizado a publicar no teu jornal que o Prefeito está cortando a mesada do DATC, pois me senti enganado ao tomar conhecimento dos custos operacionais do órgão.” E assim o fiz.

Pois bem. Acabou-se mantendo a parte supostamente saudável do DATC ( linha Rio Grande x Porto Alegre ), ao invés de extirpar de vez com o câncer. Há um trabalho minucioso sobre a antiga situação do “ente” DATC, elaborado pelo Eng. Edes, funcionário de carreira, que deveria ser revisto e se refletir sobre para que se evite mais e novos erros. Hoje se verifica que, novamente, para fechar as contas, ano passado, o DATC precisou de dinheiro. Dinheiro teu, meu, nosso, para uma atividade atípica e estranha e desnecessária. Embora legal.

E agora há notícias de que se pretende expandir as atividades do DATC, com linhas novas para São Lourenço e novo horário para Porto Alegre. A ideia em si, é excelente. Mas descontextualizada. Repito o que disse e tenho dito há anos: não é atividade de governo. Os custos no geral são mais elevados do que os da iniciativa privada. E encrencas poderiam ser evitadas, haja vista a potencial com a compra de 5 ônibus usados em 2012.

O DATC não favorece a concorrência, pois se os custos são mais elevados, os preços das passagens tendem a ser nivelados por cima. E o povo fica duplamente penalizado: paga mais caro pelas passagens e fica com menos serviços nas atividades típicas de governo: saúde...

Pensem nisso! Economista


Escrito por Nerino Dionello Piotto

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Alberto Amaral Alfaro

natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.

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