Prof. Nerino Dionello Piotto
Articulista Econômico - Empresário ramo imobiliário - Aposentado do Banco Central do Brasil.
Nerino Dionello Piotto*
Rio Grande passa por momento de expectativa e esperança, sob nova administração municipal. Será – sem dúvida, uma história diferente das dos últimos anos.
Há 16 anos assumia Wilson Branco, com pista asfaltada a sua frente e não desperdiçou a oportunidade: Rio Grande alçou vôo. Dever lembrar que a pista foi construída pelos Prefeitos Vidal e Meirelles, que realizaram gestões eficazes e imprescindíveis aos processos de desenvolvimento e crescimento experimentado por Rio Grande nos últimos anos. Fábio e Janir e Fábio ( pela segunda vez ) Branco souberam, com inteligência, determinação e muito trabalho, consolidar e expandir exponencialmente esses processos. Fabio entrega um Município estruturado, consolidado, organizado, embora as inúmeras obras em andamento possam dar uma sensação diferente. E com saldo em caixa. É o correto, mas... Coisa rara!
Agora, assume Alexandre Lindenmeyer. A transição – laboramos o artigo antes da posse - avizinha-se tranquila. E o novo gestor, antes mesmo de assumir, já cumpre uma de suas promessas: ouvir a coletividade. Explico: Desde a eleição, como muitos cidadãos, tenho falado na Nativa e escrito que a Praia da Mangueira (o Cassino – cartão postal da cidade no verão), deveria ser entregue a um administrador experimentado , no caso o seu vice Eduardo Lawson, um monge tibetano em equilíbrio. A SEC exige, nesta época do ano ( tenho acompanhado há cerca de 20 anos o trabalho dos titulares ) decisões rápidas e conhecimento profundo da dinâmica. Seria arriscado demais, a meu ver, em pleno verão, colocar na SEC um cristão novo. Gol de Lindenmeyer no primeiro minuto! Demonstrou sensibilidade e responsabilidade.
Rio Grande sofreu, com as eleições, a meu ver, duas grandes perdas: perdeu um Deputado Estadual qualificado ( a voz e voto foram para Caxias do Sul ) e um Prefeito igual qualificado e trabalhador incansável. Mas as perdas podem servir de base para uma renovação de rumos e se transformarem em ganhos futuros para Rio Grande. Quem sabe Fábio como nosso futuro representante na Câmara Estadual? É um calibre respeitável!
Rio Grande vai bem. Já o Brasil, ao revés, vem perdendo em competitividade. O IGPM, índice aplicado aos aluguéis, fechou em 7,82%. Um espanto. Ano passado, foi 5,10%. O desempenho do Brasil tem sido pobre. Trancafiou-se num bloco ( Mercosul ) protecionista e de baixo crescimento. Nosso nível de investimento é pífio: 18% do PIB. O Perú, o Chile e a Colômbia emplacam 25%, a Índia 30% e a China 50%. Em 2009 a revista britânica The Economist dizia que o “Brasil Decolou...”. Hoje, em 2012, diz que “O Brasil Despenca...”.
Se a nova Administração papareia não cair nas armadilhas que o Governo Federal entrou – baixo investimento e altos gastos com a máquina pública e de custeio – terá, como Wilson Branco teve, há 16 anos, uma sólida base para realizar sua obra.
Boa sorte! E que a história se repita! Pensem nisso.
Economista*
nerinopiotto@globo.com
Um mundo novo se descortina para o investidor/poupador em 2013. E em 2014 e demais, também. Portanto, será necessário correr mais riscos nos próximos anos para se ganhar algum.
Poupança? Por muito tempo foi um porto seguro, com rentabilidade igual à inflação e um pouco mais. Agora, tudo mudou. Quem quiser ganhar mais, tem de se arriscar mais, tem de diversificar, tem que ler mais, tem que se empenhar mais na análise dos investimentos.
Esse comportamento é fundamental para não ganhar menos do que a inflação, o que significa prejuízo. O risco ideal é particularidade que cada pessoa tem que conhecer. Não há receita de bolo pronta. Quem diz que há, mente!
Há, sim, regras gerais, que, em tese funcionam bem. Tipo: para os mais conservadores, o ideal é manter 80% do patrimônio em renda fixa, notando-se que deve haver o empenho de em identificar boas oportunidades e atenção para as informações passadas pelos gestores dos fundos.
Há boas alternativas, mesmo com o mar não estando pra peixe. Os fundos imobiliários são uma delas, pois estão isentos de IRenda e as pessoas podem aproveitar o “boom” de unidades hoteleiras e shoppings com a segurança de gestão profissional, sem que haja necessidade de se lidar direto com inquilinos ou lojistas.
Hoje pela manhã conversamos com a Srta. Patricia Agel, COMPETENTÍSSIMA gerente de Private do BB, Rio Grande, Pelotas e adjacências, por telefone. Ela nos disse que o que mais ouve de clientes – acostumados com ganhos fáceis – é que os fundos estão “uma porcaria”, rendendo pouco. Dissemos-lhe que tínhamos pena dela, pois é tarefa ingrata tentar fazer um leigo – ou acomodado que não deseja ter o trabalho de ler e interpretar, entender o mecanismo do mercado. Dissemos-lhe que participamos, há alguns dias, em Nova Iorque, de uma reunião , ho Hotel Hemsley, com banqueiros e investidores internacionais. Nosso sentimento foi de que estavam tão perdidos como nós, sem saber para que lado correr. E que, a nosso ver, o Banco do Brasil, pelo menos no Exterior, estava com melhor performance em seus fundos do que a maioria dos bancos conhecidos. É uma alternativa. Não há óbices, desde que o dinheiro seja enviado pelo sistema e os valores sejam declarados para a Receita Federal.
Bueno, há ainda alguns parâmetros que podem ser seguidos por quem não tem muito para aplicar. Exemplos: quem tem até R$1.000,00, vá para a caderneta. Até R$5 mil, valem os fundos de investimentos, desde que o investidor detenha conhecimentos medianos sobre aplicações. Quem tem R$10 mil deve ir para o Tesouro Direto. E, acima de 10 mil , deve-se ir para Fundos Multimercados , Tesouro Direto e Ações.
Pensem com carinho. Até a semana que vem, Economista*
Alberto Amaral Alfaro
natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.