Prof. Nerino Dionello Piotto
Articulista Econômico - Empresário ramo imobiliário - Aposentado do Banco Central do Brasil.
Qualquer um de nós pode morrer repentinamente. É chato falar sobre, mas é real.
Em Rio Grande, com a explosão de novos empreendimentos na Barra, por exemplo, e o aumento brutal do tráfego de veículos, o número de óbitos – notadamente de pessoas jovens, tem crescido exponencialmente.
Ah! O Governo Federal deveria ter começado as obras de duplicação da BR pela Barra...mas não começou. A RS 734, com obra de igreja tocada pelo Estado, não fica atrás.
O fato é que muita gente jovem tem morrido e deixado ao desamparo suas famílias. O exemplo pode ser ampliado: qualquer um pode sofrer um infarto do miocárdio...
O ideal, mesmo que estejamos esbanjando saúde, é que tenhamos um escudo de proteção para nossas famílias de problemas tipo como manter as crianças em uma boa escola, como seguir pagando a prestação da casa ou o aluguel, evitar um despejo, etc.
Mesmo as pessoas mais jovens, que ainda não tiveram a oportunidade de formar um patrimônio que garanta o futuro da família, tem opções muito interessantes.
O VGBL , por exemplo, é uma alternativa. Como é classificado como seguro, os herdeiros estão isentos do IR na hora de receber. Há incidência de IR de 10% após dez anos de aplicação, sobre os rendimentos, e de 35% para saques em prazo menor do que 2 anos.
Se a pessoa tiver um bom capital aplicado, acumulado, pode ser interessante. Mas...se a pessoa morre na fase de contribuição e o patrimônio é insuficiente para garantir renda mensal da família, entendo que, só ele, não é a melhor opção.
Pra quem pode, boas opções de escudo são os Títulos do Tesouro Direto, que sofrem a incidência de IR da ordem de 22,5% para aplicações até 180 dias e cai até 15% para investimentos com prazo acima de 720 dias, têm taxa de custódia cobrada pela BM&FBovespa de 0,3% e taxa de negociação de 0,1 a 0,5%. Ou Fundos de Renda Fixa, com alíquotas variando entre 15 a 22,5% de IR são também boas opções, mas todas – em caso de morte, ao contrário do VGBL, necessitam entrar no inventário.
Assim, entendo que a melhor alternativa de proteção – tanto para pessoas jovens e nem tanto - seja combinar um VGBL mais – se puder - aplicações diversificadas e sempre ter um seguro tradicional. Este é como injeção na veia. Se a pessoa morre e deixa um seguro, por exemplo de 400 mil reais, proporcionará a sua família uma renda, se bem aplicado o recurso, suficiente para a manutenção da família nos primeiros ano, e/ou para a compra de um imóvel, etc..
Pensem nisso!
Economista* nerinopiotto@globo.com
Desde que o Governo Federal passou a interferir na administração dos preços do Diesel e gasolina- com o objetivo de segurar a inflação, os preços das ações da Petrobrás desceram ladeira a baixo. Isto prejudicou não só a recita do próprio governo, que é sócio da empresa, mas também uma montanha de pequenos investidores que acreditam ser as ações da petrolífera, uma boa opção de poupança para o futuro e renda por meio dos dividendos.
A agência nacional do Petróleo, Gás Natural e Bicombustível ( ANP), por meio de sua nova Diretora Geral, Magda Chambriard, passou a cobrar das empresas que operam campos no país a atualização de seus planos de desenvolvimento para os campos produtores no Brasil. Segundo ela, o óleo do pré-sal já representa 8% da produção brasileira, mas a maior parte ainda vem do pós-sal,onde campos como, o Marlim, que já produziu 600 mil barris/ dia, produz, hoje, cerca de 200 mil. Magda afirma, ainda, que o Brasil pode duplicar o volume de reservas de Petróleo e Gás comprovadas em futuro próximo se acelerar as pesquisas geológicas. Sabemos que menos de 5% da nossa área sedimentar ( 7,5 milhões de km2 ), onde é possível haver Petróleo, são explorados pelo Brasil.
É uma ótima notícia para Rio grande, com seu moderno parque industrial, e também para os acionistas da Petrobrás. Adicione-se o fato de o Ministro Edson Lobão defender a alta dos combustíveis pela Petrobrás.
Com o agravamento da crise internacional, a economia brasileira sentiu o tranco. Houve incentivo para venda de automóveis que aumentou o consumo de gasolina, fazendo a Petrobrás aumentar em 13% a importação no primeiro semestre. Para evitar inflação o Governo segurou os preços e a defasagem entre o valor cobrado aqui e lá fora turbinou o prejuízo ( 1,3 bilhão/reais) da Petrobrás no segundo trimestre.
Mas...Com o possível reajuste dos preços dos combustíveis e o aumento da produção, a melhora dos resultados da Petrobrás é muito provável.
As ações da Petrobrás estão muito baratas e com uma boa remuneração de dividendos, tornam-se, a nosso ver, uma ótima opção de investimento e renda a longo prazo. Pensem nisso.
Economista
*nerinipiotto@globo.com
Alberto Amaral Alfaro
natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.