Prof. Nerino Dionello Piotto
Articulista Econômico - Empresário ramo imobiliário - Aposentado do Banco Central do Brasil.
As férias ficaram mais caras para quem deseja viajar ao exterior em quase 30%.
Mês de julho batendo à porta, férias chegando....No ano passado, por esta época, o dólar no mercado paralelo estava em torno de R$1,75. Hoje gira em torno de R$2,10/20.
E agora....desistir da viagem e postergar para outra época?
Depende! Se você comprou as passagens com milhas, não há alteração com relação a esse item. Da mesma forma se já fechou pacotes e já efetuou o pagamento das diárias e hotéis ao câmbio ainda camarada de alguns meses.
Mas...se for viajar para o exterior, cuidado com o uso do cartão. A fatura de agosto pode vir salgada. Não só pelo dólar caro mas também pelo IOF que o Governo aumentou. E aumenta em mais de 6% os gastos de viagem ao exterior efetuados no cartão. Assim, boas lembranças podem se transformar em dores de cabeça.
Reflita. Faça uma previsão dos gastos, incluindo tudo o que espera gastar, inclusive as atrações que sempre fazem parte de roteiros de férias, e acrescente 30%, aí incluídos os extras e o IOF.
Se a soma de tudo não tiver cobertura em suas aplicações ou renda, repense para não se arrepender no futuro!
Mas..não se desespere!
Deixe a emoção de lado e haja com a razão. Se tiver lastro para a viagem, não deixe de fazê-la. Afinal, o que é melhor, juntar dinheiro ou viver?
E, a nosso ver, uma das coisas boas da vida é viajar. Conhecer novas culturas, novos costumes, e, para os mais jovens além do aspecto do enriquecimento cultural indiscutível, os gastos com viagens se constituem em investimento de alta qualidade
E, se não der mesmo, não fique em casa. Se não der nem para fazer uma viagem pequena, assim mesmo não fique em casa.
Reúna amigos e familiares e aproveite a possibilidade de acordar mais tarde e desfrute, durante a semana, dos bons restaurantes que Rio Grande e São José do Norte nos oferecem.
Aliás, isto você deveria fazer o ano todo, mas, nem sempre os horários de trabalho e de estudo das crianças o permitem.
Boa sorte!
Economista*
O Governo Dilma externa preocupações que, a meu ver, estão corretas. Preocupa-se com o efeito letal da carga tributária e com o peso dos encargos trabalhistas no custo das empresas, que mina a capacidade de competição dos empresários brasileiros.
Mas, dizer que se preocupa é pouco. Há necessidade de se adotar medidas certas. A equipe econômica do Governo ( leia-se Ministério da Fazenda ) tem adotado medidas tópicas para apagar incêndios cujas brasas são assopradas por setores com forte lobby em Brasília.
O setor automobilístico é o carro-chefe. Temos problemas com os automóveis. Vários. A começar pelos congestionamentos que se espraiam pelo Brasil, Rio Grande no meio.
O mundo caminha no sentido de proporcionar estímulos ao transporte público e de restringir o uso de carros, com rodízios, pedágios urbanos caros, zonas azuis...mas...
Aqui, como na China, temos milhões de pessoas chegando à classe média e seria injustiça brecar um de seus maiores desejo de consumo : o carro.
Ok. Não tem jeito? O mundo está apostando em tecnologia. Estamos atrasados. Sem investimentos sérios em ciência, tecnologia, educação, a produtividade seguirá baixa.
Na área financeira, o Ministério da Fazenda elevou o IOF ( Imposto sobre Operações Financeiras ) para captações externas feitas por empresas em 3 e 5 anos e estendeu o IOF para posições acima de U$10 milhões no mercado futuro. Isto inibiu investidores que vendiam dólares no Brasil. Com poucos vendedores, a moeda subiu rapidamente. Aqueles que tem dívidas em dólar e importadores correram para o mercado tentando antecipar compras antes de possível suba. O BC ( Banco Central ) vende dólares ao tempo que o Ministério da Fazenda inibe a venda de dólares. Enxuga-se gelo. E.....
Há um tsunami de recursos deixando o Brasil. Aqueles que assumiam o risco Brasil agora encontram aplicações de menor risco lá fora e rentabilidade equivalente. Aplicações tópicas e medidas desencontradas podem vir a prejudicar a queda dos juros, apostam alguns analistas, tendo o BC que lidar com mais um problema. Com se não bastassem os usuais.
Está faltando, abaixo da Presidente, um técnico de alto nível para o time. É a minha opinião.
Economista*
Alberto Amaral Alfaro
natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.