GERENCIANDO NOSSO PATRIMÔNIO FINANCEIRO

CADERNETA OU FUNDOS DI?

Ah! Dúvida cruel que tem tirado o sono de muita gente com perfil conservador.

Mas ...minha opinião é que não vale a pena perder o sono por isso.

O que se tem, hoje, no Brasil, é uma guerra – uma queda-de-braço entre o Governo, que quer baixar as taxas de juros “na marra” e o mercado(Bancos,etc.), que não é nenhum santo. Mas o fato é que o “clima” se dissemina e ficamos com a sensação de que na “briga entre o mar e o rochedo, quem leva a pior é o marisco”.

Para evitar que alguém nos tire – ou se entregue de bandeja - um naco de nossa suada poupança financeira, devemos estar atentos aos movimentos das marés e ondas.

Em termos práticos: quem tem até 30 mil reais para investir, pode fechar os olhos e mergulhar na poupança nova que a onda é boa. Mais rentável do que fundos DI, p.ex..

Agora, para conseguir melhores taxas de administração de fundos DI e ter rentabilidade acima da poupança, é preciso investir mais. E negociar as taxas de administração com seu gerente.

Para que você possa comparar e decidir, aqui vai uma simulação de tendência para a nova Caderneta, em 2012 = Com a Selic a 9%, a Caderneta renderá a.a. 6,37%; a 8,5% = 6,15%; e 8% = 5,8%. Líquidos! Bom rendimento em tempos conturbados.

A jogada do Governo foi inteligente. Mas, como dizia o inesquecível Garrincha, tem que avisar os “beques” que a jogada é ensaiada!

Senão pode surgir um estraga-prazer, como agora, o fantasma da inflação. O IBGE divulgou o IPCA de abril = 0,64%. Triplicou. Será que o BC terá condições de seguir baixando os juros? Não temos muitas armas para o combate dessa praga, que só perde para a corrupção.

Assim, não se apoquente e nem perca o sono. Ainda há muito jogo pela frente! Não encerre seu fundo – se tiver mais de 30 mil aplicados em DI, sem antes avaliar os prós e contras para mergulhar na Caderneta. A onda pode retornar e você poderá bater com a cabeça na areia!

O cenário mundial está conturbado: atividade econômica na China, eleições na França e Grécia, perigo de inflação no Brasil... Enfim, as variáveis são muitas e o jogo se torna complicado. Como diz o ditado, “macaco que pula muito de galho, pode levar chumbo”.

Fique ligado!

Economista*

GUERRA DOS JUROS BANCÁRIOS ENTRE A PROPAGANDA E A REALIDADE...Um longo caminho! Mas... não desanime e não morra na praia! É guerra!

A Presidente, para pressionar os bancos a dar mais crédito a juros menores, fala mal deles. Ambos têm e não têm razão nessa pendenga. Dilma se mostra indignada, como todo o brasileiro, pelo juro escorchante que se paga. A Febraban reagiu e disse que “ Alguém pode levar o cavalo até a beira do rio mas não pode obrigá-lo a beber água”. Mas a culpa dos juros altos não é só dos bancos! A carga tributária é gigantesca, a legislação que os protege é insuficiente, e, quem paga a conta, como sempre, é quem toma o empréstimo. Jogar luz sobre o problema é sempre bom! Esta é, a meu ver sentir, uma guerra saudabilíssima! Ao aqui agradecer ao colega colunista Nelson Nascimento pelas palavras elogiosas ( Ed.57) à sugestão de se examinar a possibilidade de cobrança de IPTU progressivo para imóveis abandonados, lembramos que não somos apenas os mensageiros das notícias e que externamos nossas opiniões, o que contribui para o aperfeiçoamento de nossa cidadania.

Nessa guerra, para obter as taxas que os bancos divulgam, os clientes devem cumprir uma série de condições. Em alguns casos, uma verdadeira “pegadinha”.

Um grande banco, por exemplo, aplica taxas para financiamento de veículos a partir de 0,97% ao mês. Legal, mas...só vale para quem dividir o pagamento em até 4 vezes. Outro, com taxa quase idêntica, mas... só para quem é correntista ativo há pelo menos 1 ano no Banco. O BB informa que a taxa de juro do cheque especial caiu. Mas...para ter a nova taxa é preciso estar no negativo, usando mais de 50% do limite, há dois meses. Aí ganha o direito de fazer um CDC em 24 vezes a 3% ao mês. Ainda acho uma loucura! Mas o BB revisa suas taxas.

Bueno, para que as taxas caiam realmente, é necessário nossa ação! Assim...

Se tiver dívida em Banco, é hora de procurar o gerente e NEGOCIAR! Tente trocar a dívida por uma nova que leve em conta as novas taxas! Para aumentar a barganha, leve ao seu gerente a menor taxa vista em outro banco insista para que ele atinja aquele número.

Trocar de Banco? Não aconselho, por enquanto. Nem tudo o que reluz é ouro. Um Banco pode estar colocando uma apetitosa isca ( juros menores em troca de seus negócios e conta ) e quer que você a morda. É preciso cautela. Podem ocorrer taxas embutidas que você não percebe, como a de uso da conta, p.ex., que pode tornar a troca desvantajosa.

E...muita atenção!!! Não pegue empréstimos ou solicite crédito de forma indiscriminada só porque os juros estão caindo. Você pode cair em uma armadilha.

Pensem nisso e....boa sorte.

Economista*

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