Prof. Nerino Dionello Piotto
Articulista Econômico - Empresário ramo imobiliário - Aposentado do Banco Central do Brasil.
Pesquisa publicada pela provedora de soluções de segurança em pagamentos ( ACI Worldwide ) mostra que os brasileiros apresentam comportamento de risco – o mais elevado nas américas - no uso de cartões de crédito e também de débito.
Estamos cansados de saber que o chamado “dinheiro de plástico”, ou o Cartão de Crédito, não é para quem quer e pode. É para quem pode e sabe usar.
Existem vantagens? Sim, como a troca de pontos dos programas de relacionamento por passagens aéreas e produtos em várias lojas.
Mas... e as desvantagens? Superam as vantagens? Se não souber usar as desvantagens superam as vantagens. Isto em termos de programação do orçamento pessoal ou familiar, que – se não for bem feito – pode colocar o cidadão, a família em maus lençóis. Mas a pesquisa da ACI nos mostra outra face – O COMPORTAMENTO DE RISCO - não menos problemática do uso dos cartões entre nós, brasileiros.
Os bandidos estão obtendo dados de cartões por meio de sites de compras, promoções e até de mensagens SMS ( levante a mão quem ainda não recebeu uma destas! ) que informam que o usuário ganhou um prêmio e pedem confirmação de dados para recebê-lo, e por aí vai....eles sabem, e agora a pesquisa comprovou, que...dos brasileiros...
7% respondem e-mail com solicitação de dados bancários; 22% acessam internet banking ou fazem compras “on line” em computadores compartilhados; 30% em o hábito de jogar fora papéis ( SEM PICOTAR ) com dados bancários e/ou dos cartões; 21% dos brasileiros tem o hábito de deixar seus smartphones sem bloqueiro de tela e..pasmem: 12% temos o hábito de anotar a senha no cartão ou em papéis e carregar consigo.
Pior ainda: mesmo depois de ter uma experiência ruim com fraudes, 63% dos tupininiquins admitiram, na pesquisa, ter usado novamente seus cartões em situação de risco.
Se você se enquadra em um ou mais itens acima, está adotando um comportamento de risco relativamente ao uso de cartões. Necessita, com urgência, mudar hábitos.
Caso não consiga, dê cartão vermelho ao seus cartões, notadamente o de crédito.
E aproveite também e dê cartão vermelho ao Ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, que perdeu uma excelente oportunidade de ficar calado e lascou a idéia de que o governo deveria intervir ( em face dos maus resultados nesta copa ) no futebol; ele me parece pessoa séria, não anda metido em encrencas financeiras, mas tem cada idéia....o que será que o colega Nico ( Antonio Azambuja Nunes ), que é especialista, pensa sobre isso?
Economista*
A farra, no Brasil, com superfaturamentos de obras custeadas com o dinheiro público é conhecida do mundo todo. É uma doença como a inflação, como o alcoolismo, não tem cura, exige abstinência. Não pode haver meio termo! Mas é o que mais ocorre em Pindorama.
Alguns entes privados, como os fundos de estatais, patrimônio de seus trabalhadores, imaginava-se, estariam à salvo da sanha desmedida por recursos fáceis. Ledo engano!
Ronaldo Tedesco, que representa os trabalhadores da Petrobrás no fundo “PETROS”, patrimônio dos trabalhadores da petroleira, não deixa dúvidas ao afirmar que “ Os investimentos são de interesse do governo, que se aproveita da influência sobre os fundos”.
E critica os investimentos do Petros na Invepar ( Petros, Previ, construtora OAS e FUNCEF ), sócia do consórcio que levou o aeroporto Guarulhos com ágio astronômico e sem retorno à vista devido às exigências contratuais na primeira fase da concessão. Segundo os auditores da Caixa, a empresa ganhou a concessão da BR-040 ( Brasília-Juiz de Fora ), cujo retorno está R$200 milhões abaixo da meta atuarial, considerado os últimos 3 anos. Ronaldo Tedesco disse ainda que a construtora OAS é beneficiada, pois participa de concorrências públicas ancoradas nos fundos e reclama, em nome dos trabalhadores da Petrobrás, que o Petros aplicou cerca de R$300 milhões na Lupatech ( prestadora de serviços no segmento de petróleo ) e que a empresa está em situação de falência. Como se isto não bastasse, há aplicações do Petros em bancos em dificuldades, até os paralelepípedos de nossa cidade sabem, como o Cruzeiro do Sul e no Grupo Galileo, da Universidade Gama Filho, que faliu.
Há fundos que amargam prejuízos e/ou não obtém o rendimento mínimo ( meta ) projetado, como o FUNCEF(CEF) e o PREVI(BB), dentre outros.
O Presidente do FUNCEF ( Carlos Alberto Caser ) já avisou à CEF e aos funcionários que “sua mãe subiu no telhado”, ou seja, há necessidade de aporte de recursos pelos empregados e pela Caixa para cobrir o déficit.
Em 2012 o déficit dos fundos de pensão foi de R$9,07 bihões; e em 2013, de R$21,86 bilhões.
Há fiscalização? A Previc ( Sup. Nac. de Previdência Complementar ) foi criada para ser o xerife dos fundos de pensão. Mas é muito criticada nos bastidores do governo. Segundo fontes da área econômica, a Previc tem uma atuação tolerante com as entidades e seus dirigentes.
Minha opinião: Como dizemos no sul, cumprimentar com o chapéu dos outros, é fácil. E minha certeza: Os trabalhadores, como soe acontecer, pagarão mais esta conta, seja em aportes e/ou redução de ganhos de aposentadorias. Temos o governo que merecemos!
Economista*
Alberto Amaral Alfaro
natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.