Prof. Nerino Dionello Piotto
Articulista Econômico - Empresário ramo imobiliário - Aposentado do Banco Central do Brasil.
Temos observado e constatado em Rio Grande perigosos fatos, atitudes e comportamentos que não impedem, mas embaçam o brilho do desenvolvimento que nossa cidade tem conquistado. A concessão de CNHs, a falta de educação e cidadania no trânsito, dentre outras. Hoje vamos fazer uma abordagem sobre um crime comum, porém perigoso, muito!
GUARDADORES DE CARROS – Há Lei Federal de 1975 que regula a profissão de Guardador de Carros. Mas o município necessita autorizar e regulamentar o trabalho. Se não, ele é ILEGAL.
A pessoa flagrada em delito pode responder processo por exercício ilegal de profissão, com pena de 15 dias a 3 meses de prisão ou multa. Quando há ameaça, o crime é de extorsão. Em Rio Grande, falta mão de obra em vários setores. Na construção civil, então, é um verdadeiro calvário encontrar quem se disponha a pegar no pesado. Não se justificaria a permissão. E, convenhamos, é mole faturar algum – ou muito – fazendo abordagens acompanhadas de ameaças explícitas ou implícitas.
Em Novo Hamburgo é proibido flanelar. A Brigada e a Guarda Municipal fiscalizam pra valer. Londrina, no Paraná, segue o exemplo dos gaúchos. E a Câmara dos Deputados analisa proposta que pune com pena de 1 a 4 anos quem solicitar ou exigir dinheiro ou qualquer outra vantagem, sem autorização legal e regulamentar, a pretexto de explorar vagas para o estacionamento de veículos em via pública = Projeto PL 2701/11, do deputado Fábio Trad ( PMDB/MS). E nós? Vamos permitir os crimes em nossas ruas e fazer vistas grossas?
Nas ruas próximas ao Zona Azul, e nos feriados, em Rio Grande, a ação dos marginais grassa solta! Até quando? A ausência do poder público, demonstrada pela pouca importância dada a esse grave problema, leva, como no Rio de Janeiro, onde também vivemos, a disputas violentas pelo domínio dos locais de grande fluxo de veículos ou nas proximidades de eventos culturais, esportivos e sociais. Não bastasse isso, há, lá, como em outras grandes cidades, flanelinhas que vendem drogas, dão dicas para seqüestros relâmpagos e se autoproclamam donos de determinadas áreas, passando a ditar regras e normas de condutas às pessoas. Então, estamos nós, aqui, imunes ao mal? Nã nã ni na não!!! Como diz o ditado, câncer não dá só nos vizinhos....
Entendemos que nossos vereadores deveriam discutir o problema, propor e cobrar soluções. É chato? É. E os motoristas não deveriam dar dinheiro. É de dar medo? É. Podemos chamar a polícia....pois a atividade é ilegal!
Se não agirmos, e rápido, para estancar o problema, o final do filme é bem conhecido. Aqui, como em outras cidades, teremos as estatísticas criminais aumentadas, a diminuição de público em espetáculos, restaurantes, etc. É um Jogo de perde-perde para a economia e negócios.
Pensem nisso!
Economista*
Toda irresponsabilidade tem um risco. Se bebermos e pagamos o volante, estamos assumindo a responsabilidade de um possível crime. Se comermos demais estamos plantando obesidade e diabetes. Precisamos estar atentos aos sinais, que sempre aparecem.
Com países a história é igual.
A China é uma incógnita, segundo o Economista André Lara Resende, apresenta sinais de bolhas generalizadas. Se começarem a estourar, os pilares de sustentação da economia mundial ruirão, e junto com eles, muitas economias sucumbiram.
Para a Europa seria trágico. O Brasil, com a crise econômica europeia e dos Estados Unidos América, junto a outras economias emergentes, se tornam atraentes. E a bolsa (IBOVESPA) reage imediatamente. Mas.. Até quando? Todo cuidado é pouco. É hora da reflexão.
Em Rio Grande, na área imobiliária, por exemplo, temos um sinal bem claro de formação de bolha. Cada um pede o que acha que vale e o mercado – com demanda fortemente aquecida pela vinda de pessoas de fora que necessitam de um lugar para viver, reage de acordo a lógica da lei da Oferta e da Procura. Até quando?
Se os preços dos imóveis em Rio Grande seguirem subindo, há o risco de a bolha estourar, com as consequências conhecidas de todas.
Rio Grande tem uma vantagem sobre a maioria das, por abrigar empreendimentos de maturação longa, como é o caso dos estaleiros. Eles têm – enquanto o governo federal tiver juízo – serviço por muitas décadas pela frente. E as pessoas terão dinheiro para comprar suas casas, carros, pagar por serviços, desde que preços sejam justos. Se não, como já vem ocorrendo em São Paulo (Onde há imóveis ofertados a preços 30% menores do que no ano passado), cujos cidadãos perceberam que é mais barato comprar imóveis para as férias e para investimentos nos Estados Unidos, teremos uma fuga de recursos.
Isto seria muito ruim para economia do município.
Assim, quem está em nossa cidade apenas especulando e não promovendo o desenvolvimento, não gerando empregos e renda, deve refletir, mudar o ruma o botar a roda a girar, sob pena de ver seus recursos imobiliários “micarem”, como se diz no jargão do mercado.
*Economista
Alberto Amaral Alfaro
natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.