Prof. Nerino Dionello Piotto
Articulista Econômico - Empresário ramo imobiliário - Aposentado do Banco Central do Brasil.
É normal o fenômeno? Não, diríamos que é usual em cidades que sofrem processos de desenvolvimento acelerado, como é o caso de Rio Grande e Cassino, que sofre mais ainda nos meses de janeiro e fevereiro. Mas ele pode ser amenizado, e muiiiiito!
Nossos vereadores bem que poderiam dedicar um pouco de suas energias, que parecem ser inesgotáveis, para situações angustiantes – que, a nosso ver, já são problemas sérios em nossa cidade. Em nossa Câmara, prova que a energia é muita, até proposta para recolher pessoas que ingeriram drogas em excesso ( álcool é droga, embora lícita ) em casas noturnas do Cassino - e que ficam sem condições de dirigir após a balada - se discute. Tudo bem, se o dinheiro a ser gasto não fosse sair dos contribuintes: do meu, do teu, do nosso bolso!
Causam angústia: a falta de compreensão de órgãos, entidades e empresas, públicas e privadas, bem como de boa parte dos cidadãos, para com a nova realidade.
Exemplificando: Ônibus de Rio Grande para Porto Alegre? Só até às 20 horas. Absurdo!
Serviços da NET em Rio Grande. O atendimento de campo é trágico para não dizer cruel. Marcam dia e hora para visitas técnicas e não aparecem. Temos exemplo – tudo documentado, com protocolos, de leitor do Folha Gaúcha e ouvinte da Rádio Nativa – pessoa idosa, com 89 anos - que marcou por três vezes a visita do técnico, deslocou-se do Cassino e ele simplesmente não apareceu e não deu notícias do porquê. Outras pessoas nos deram o testemunho, ao citarmos o fato no programa do Dr Alfaro, Nativa Debate, como o Dr. Alberto Saggiomo, dentre outros, que deixou de ser cliente da NET por essa razão. Absurdo!
Trânsito selvagem, na cidade, selvagem e caótico no Cassino. O Verador Renato Albuquerque vem alertando para a necessidade de serem instaladas lombadas físicas em vias perigosas. Na estrada União Indústria, em Itaipava, Rio, foi a única solução viável, prática, rápida e barata. Estamos esperando que ocorram mais atropelamentos e mortes? Absurdo!
Balsas e lanchas Rio Grande x São José do Norte – Sem palavras! Caos, vergonha, falta de.
Rodoviária de Rio Grande. Já era, já foi. Não merecemos aquilo. Absurdo!
Bar do Beto. O que é isso, gente? O bicho homem se acostuma com tudo, até com aquele horror, inseguro, sem ponto de táxi, e que, mesmo assim, consegue dar melhores informações, por telefone, ele atende pelo menos, do que a Rodoviária e o DATC. Absurdo!
Mobilidade Urbana no Cassino. As calçadas existentes são poucas e de péssima qualidade. E a responsabilidade é dos proprietários dos imóveis!!! Absurdo! Os velhinhos com problemas de locomoção e pessoas com necessidades especiais são prisioneiros não apenados. Ficam impedidos de ir e vir. Até quando? Vamos pensar nisso?
Economista*
Em 1833, há 179 anos, antigo jornal que circulava no Rio de Janeiro, “O HOMEM’- que lutava pela abolição da escravatura, publicou: Os entre parênteses são nossos. "A administração pública mente, ilude a justiça, ( que à época, imaginamos, se fazia de boba, pois cega podia ser, mas burra, jamais) distribui orçamento pelos compadres e sobrinhos e pelas grossas falanges de bajuladores e admiradores ( seriam os políticos da base aliada? ). A justiça pública mente, atrofia o direito, suborna-se, oprime as partes e, subserviente,serve ao governo como dócil instrumento ( seria referência a personalidades da época, equivalentes às citadas pela Doutora Eliane Calmon? ). E os partidos , ou os grupos que se agitam e lutam sob tal denominação, que lhes não compete? Esses mentem descaradamente, falseiam a opinião, corrompem-se , transigem , derramam o sangue do povo ( seria o dinheiro que hoje sai pelo ladrão? ), ao passo que descuram assuntos sérios, fundem-se e refundem-se, mas não pretendem outra coisa mais que a posse do governo e do tesouro ( será que naquela época já existia algum tipo de mensalão e boquinhas especiais?)”.
Claro que a gente fica triste, pois as semelhanças são grandes com vários fatos noticiados em nossa época contemporânea e... comprovados à saciedade. Difícil mudar caráter!
Pelo menos na área de serviços muita coisa poderia mudar . Muitos são prestados sem se dar a mínima para o cidadão. Que, incomodado e ofendido, lota os procons.
Em nossa querida cidade não é diferente, aliás, ainda atrasada em relação a serviços que – em outras cidades estão bem melhores, notadamente com a internet, que dispensa em muitas vezes o atendimento pessoal prestado por pessoas descompromissadas com o bem estar social . Exemplificando...
Mês passado, dezembro, por volta do dia 10, necessitamos saber dos horários de ônibus entre Rio Grande e Porto Alegre para o mês de janeiro. Na internet, encontramos os números da Rodoviária de Rio Grande = 32328444. Tentamos por mais de três horas...e ninguém atendeu. O telefone do DATC = 32313566 ou 91638838, tocou até cansar e...nada. Brincadeira! Nossa secretária, que mora no Rio mas também é de Rio Grande, tinha uma carta na manga: o telefone do “Bar do Beto”, 32301692, que, finalmente, atendeu e nos foi dada a informação que “ não sabia, pois os horários de janeiro ainda não tinham sido publicados”. Tínhamos que marcar passagem de avião para o exterior e iríamos sair do Cassino. Incrível! Inacreditável! Enquanto alguns secretários, vereadores e notadamente o Sr. Prefeito fazem um esforço hercúleo para promover o desenvolvimento de nossa cidade, há gente jogando – literalmente – contra. Programar horários de ônibus – com uma demanda prá lá de sabida que ocorre em janeiro e colocar na internet, não é coisa que exija grande esforço e nem muita técnica. E, atender ao telefone e prestar informações é uma questão de educação e respeito. Pelo menos isto, dentre outras questões que incomodam a todos, poderiam mudar em 2012 para 2013.
Pensem nisso.
Economista*
Alberto Amaral Alfaro
natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.