Prof. Nerino Dionello Piotto
Articulista Econômico - Empresário ramo imobiliário - Aposentado do Banco Central do Brasil.
“O que me preocupa não é o grito dos sem vergonha, dos corruptos...mas o silêncio dos bons”. Martin Luther King. Graças a Deus isto está mudando.
Em Rio Grande, há áreas cinzentas, esquecidas dos bons, como a falta de fiscalização adequada ( blitz com bafômetros ) notadamente na estrada da Barra.
E áreas bem arejadas, como tivemos oportunidade de acompanhar neste inverno, em episódio que marca a conduta correta de uma administração pública: entrevistamos um secretário em cuja pasta havia fumaça de malfeito, e perguntamos a ele na “lata”:” você falou pro Prefeito? O que ele disse? ”. “Falei e ele não titubiou, mandou entregar o caso pro Ministério Público e ficar de olho se haviam casos semelhantes de desvios de dinheiro”. Parabéns!
Outra área bem arejada é a da imprensa falada e escrita em Rio Grande: Alberto Amaral Alfaro ( Nativa Debate ) não perdoa desperdícios e malfeitos com dinheiro público. Parabéns!
Nosso time de vereadores está bem qualificado. Há uma oposição atenta e firme e isto é ótimo para a democracia e para a cidade. Tomara que tenham a sabedoria de não aumentar o número de cadeiras. Toc!Toc!Toc!...
Temos, no Brasil, um fator cultural que é ruim, embora real, e deve ser combatido. Os ingleses o chamam de “feel good factor”, que nada mais é do que a leniência ou paciência do povo com os malfeitos – embora reconheça que eles estão na sua volta.
Outro fator, a cooptação de entidades que, em outros tempos, faziam muito barulho e coibiam os assanhados em roubar. Mas já surgem notas desafinadas que ajudam a aumentar a sensibilidade social para os malfeitos, ou seja: para o dinheiro que é desviado da coisa pública.
Hoje temos nas manchetes o rumoroso caso do Ministério dos Esportes. Fica difícil, segundo o jornalista Juca Kfouri, acreditar totalmente em ministro que usa cartão corporativo para pagar despesas com compra de tapiocas e contas de hotel para familiares. Complicado o caso!
E por ai vai. O custo da corrupção já foi avaliado. É altíssimo! Nosso país tem mostrado indicadores sociais positivos, mas a corrupção aumenta. E ela aumenta o custo do Estado brasileiro, que já fantástico de grande. Para financiar isto aumentam-se impostos. E o resultado final aparece na gôndola do super mercado, na mensalidade da escola...: estamos pagando mais caro por todas as necessidades dia a dia.
Pensem nisso!
Interações: nerinopiotto@globo.com; blogdoalfaro; Rádio Nativa; Folha Gaúcha.
Segundo a seguradora que administra o DPVAT (seguro obrigatório para o licenciamento de veículos) registra que 160 pessoas morrem por dia no Brasil. É um assombro!
O Brasil ocupa o desonroso quinto lugar, no mundo, com mais mortes no trânsito, nos diz a Organização Mundial de Saúde (OMS), com índice três vezes maior que o considerado aceitável.
É apavorante quando se compara ao total de civis mortos por dia no Iraque em 2006 ( foram 77 pessoas ) e 2007 ( foram 68 pessoas ), o biênio de maior violência no país após a invasão americana, em 2003.
O drama vivido pelas vítimas e famílias é imensurável, mas a fatura que é espetada na conta da sociedade é bem salgada e real. Como já colocamos aqui, além de custos diretos com hospitais, ausências ao trabalho, licenças, etc. há o custo pouco considerado do aumento do valor do prêmio do seguro dos carros.
Rio Grande sofre desse mal e estamos pagando mais do que precisaríamos se houvesse maior conscientização dos motoristas e maior e mais rigorosa fiscalização.
Esta semana recebemos telefonema de ouvinte/leitor nos dando mais informações extremante preocupantes sobre o “caos” e “apagão de fiscalização e ordem “ na “Estrada da Barra” , via que está a exigir providências severas e urgentes de nossas autoridades.
Todos sabemos que, após noitadas em bares no Cassino, muitos usam aquela via para “escapar” de possível fiscalização por parte da Polícia Rodoviária Estadual na RS 734. Mais: muitas pessoas usam a estrada quando estão com carteira vencida, dentre outras irregularidades, pois as chances de serem “pegas” é bem menor do que na RS 734.
O Código de Trânsito Brasileiro dotou o país de uma legislação rigorosa para punir abusos dos motoristas. Por outro lado, a Lei Seca, para reprimir a mistura de álcool e direção, uma das maiores causas de tragédias nas vias brasileiras , melhorou as estatísticas de acidentes. O horror era ainda maior! Ocorre que, em Rio Grande, quando de nossas passagens pela cidade, no verão e no inverno, temos circulado em horários diversos e jamais fomos abordados por “blitzes” com “bafômetro”, arma poderosa – se aplicada com regularidade e vigor – para coibir a mistura de álcool e direção, que tantas vidas têm ceifado. Como sabiamente sentenciou Martin Luther King, “O que me preocupa não é o grito dos sem vergonha, dos sem caráter, dos corruptos, mas o silêncio dos bons”.Pensem nisso! Economista. Interações podem ser feitas por meio do Blogdoalfaro; da Folha Gaúcha;da Rádio Nativa; ou nerinopiotto@globo.com
Alberto Amaral Alfaro
natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.