Prof. Nerino Dionello Piotto
Articulista Econômico - Empresário ramo imobiliário - Aposentado do Banco Central do Brasil.
Rio Grande, após sua redescoberta, entrando na quarta quadra do terceiro século de existência, mais parece uma adolescente do que uma anciã.
Acolhe – como coração de mãe – projetos e mais projetos. E não é só Rio Grande. Nossa vizinha São José do Norte, também. O Estaleiro Brasil (EBR) deverá fincar bandeira lá.
Por que estamos falando sobre SJN se o tema é atendimento à saúde e CPMF? Porque a pressão nos sistemas residencial, viário, escolar, e notadamente no de saúde vai atingir em cheio os já saturados sistemas papareias. Podem apostar!
Mas, como aconteceu em São José dos Campos (SP), por exemplo, após a implantação de megas projetos na região, o início foi duro, complicado, o trabalho árduo, mas, depois que o dinheiro começou a entrar para o Município e Estado tudo ficou mais fácil e as obras de infra-estruturas deram conta da demanda e ainda tornaram a vida dos cidadãos mais confortável.
Para Rio Grande, a CPMF seria uma mão na roda! A Presidente Dilma tem razão ao propor e erra ao recuar – ao invés de enfrentar o desgaste político, como ocorreu em Rio Grande, no Governo Janir Branco, que recuou da cobrança da taxa de iluminação, sob pressão de grupos organizados. A saúde tem demandas infinitas, ainda mais agora, com o aumento da expectativa de vida das pessoas, equipamentos de alta complexidade e custo elevado.
Suportaríamos mais um tributo? Sem dúvida que sim. A CPMF seria uma ótima ferramenta de controle da Receita. E poderíamos – com ela, com objetivos claros, matar dois coelhos com uma paulada só: minorar os efeitos da infinita demanda por recursos e combater a sonegação fiscal e até mesmo a corrupção generalizada na saúde, que tem – hoje, no Brasil, segundo dados do Governo Federal, um baita peso: Do total perdido (roubado) de R$6,89 bilhões nada menos que 32,38% ( 2,3 bi ) o foram na área de saúde. Denunciar é preciso!!!
Rio Grande, sob esse prisma, é uma privilegiada. Com a Santa Casa administrada profissionalmente e dirigida por pessoas honestas, com a HU atendendo só ao SUS – foi corrigida a distorção ( a nosso ver ) , com equipes e entidades como as amigas do HU que carreiam recursos para área, dentre outras, nossa cidade poderia ser exemplo ao Estado e ao Gov. Federal de como se faz muito com pouco.
Mas tudo tem um limite. E a pressão no sistema de saúde de Rio Grande já está demasiada. Assim, entendemos que a CPMF e a retomada da cobrança de taxa de iluminação pública em Rio Grande seria ótimo, em especial para os mais pobres. Custos em razão da Insegurança nas vias escuras, selvageria e desordem no trânsito, corrupção, etc. recaem sobre a saúde.
É a nossa opinião.
Economista
nerinopiotto@globo.com
Após longo período de estagnação econômica, chegando-se até a crença de que havia “cabeça de burro enterrada”, onde tudo tendia a dar errado, a cidade mais antiga do Estado acorda, há alguns anos, a cada dia com notícias de novos empreendimentos.
Agora é a vez dos mega empreendimentos imobiliários, atraídos pela pujança de projetos como o do Dique Seco, que começou a ser construído pela W Torre em 2009 e foi comprado pela Engevix, as encomendas de plataformas da Petrobrás, feitas à Engevix e à Queiroz Galvão, dentre outros projetos , pela vocação natural que é o Porto, segundo maior do Brasil em movimentação de cargas, agora com maior calado, e por nossa pró-ativa FURG.
Aproveitando a maré boa pra peixe, um grupo de papareias idealizou um projeto de condomínio horizontal inteligente, que tem tudo para dar certo. Em um ano as obras poderão ter início, após resolvida a questão ambiental.
Trata-se de um lindo condomínio ( analisamos sua planta ) residencial no Country Clube de Rio Grande. Serão destinados 150 mil metros quadrados do terreno do clube para a implantação de cerca de 250 lotes, com área em torno de 350 metros quadrados cada um. Os adquirentes terão de observar normas pré-estabelecidas para as construções de suas casas, o que é ótimo.
O clube contou com a assessoria do idealizador do empreendimento em torno do Belém Novo Golfe Clube, de Porto Alegre. A empresa Arcobrás, parceira, elaborará os projetos, implantará a infra- estrutura e restaurará a sede do Country, cujas dependências e equipamentos –como sede, campo de golfe, piscina – passará a fazer parte do condomínio. É a tendência mundial!
Esta é mais uma prova de que os que afirmam que “ a falta de projetos na área imobiliária é limitante de novos projetos na cidade” estão errados.
Óbvio que só haverá oferta se houver demanda, que esses projetos não existiriam se não houvesse pressão de demanda. Este projeto, além de amenizar o estresse da demanda, tem o condão de possibilitar que a pessoa tenha uma casa só ( muita gente mantém uma casa no Cassino, para uso eventual ) , com a infra de verão e inverno à sua disposição.
Continuamos com o nosso mantra de que os acertos em termos de políticas públicas – de atração e facilitação de investimentos diretos, de aplicação seletiva de recursos na educação ( Rio Grande se prepara para oferecer ensino técnico em continuidade ao ensino fundamental ) e investimentos de peso na infra estrutura de base do município tem sido preponderantes para a consolidação da ótima fase que vivemos.
É a nossa opinião.
Economista *
Alberto Amaral Alfaro
natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.