Prof. Nerino Dionello Piotto
Articulista Econômico - Empresário ramo imobiliário - Aposentado do Banco Central do Brasil.
Nerino Dionello Piotto/RJ*
Os preços de grande parte dos produtos que consumimos estão no maior patamar desde 1990. Basta entrar no Guanabara, BIG ou em outro e conferir. Ou mesmo nas feiras...Isto é bactéria que contamina a ferida não curada da inflação, o pior dos castigos para os pobres.
Empresas como Cargill, Bunge, Louis Dreyfus ...e não mais que uma dúzia dominam os setores de alimentos, sementes, fertilizantes e transgênicos no atacado e no varejo internacional, agravando as dificuldades de conter o impacto dos preços nas economias.
Em Estados democráticos como o nosso, as oposições tem o dever de apontar erros e apresentar projetos alternativos e não só fazer a crítica pela crítica. Isto é válido para países, estados e municípios e bairros, Rio Grande e Cassino como parte do conjunto.
A mídia tem nos mostrado produtores agro-pecuários ( fazendeiros ) rindo à toa, ganhando como jamais ganharam e o preço das terras em um patamar digno de efeito de bolha. A hora, para quem vive de negócios nessa área e não está rindo à toa, seria de trocar de ativos. A ganância ou a inapetência para novos desafios, o especular, não raro cega e prejudica a economia, ajuda a inflação.
E o governo federal bota lenha na fogueira: o Governo ( Lula ) transferiu dinheiro para o BNDES que comprou ações da Petrobrás que aumentou seu capital e pegou o dinheiro e devolveu ao governo que botou no espeto do superávit primário. Belo artifício! Agora ( Dilma ) capitaliza o BNDES com ações da Eletrobrás e Petrobrás em R$6,6 bilhões. E o BNDES vai poder emprestar mais. Para bons e nem tanto. Inteligente! Mas perigosíssimo!!! Com atos assim, no passado, governos ajudaram a alimentar o monstro da inflação. O PT berrava, com razões de sobra....e agora? Grandes empresas, sozinhas, já detém um poder imenso de pressão. Com a ajuda da viúva, fica ainda mais fácil, convenhamos...
No Cassino a dança segue a mesma música = calendário de verão ilógico e populista, espanador de turistas e jogando contra a economia formal = hotéis, restaurantes...Vias sem sinalização adequadas ajudam a provocar acidentes – os números que recebemos são assustadores – com o agravante que muita gente tá resolvendo na “hora” as pendengas e nem fazendo B.O. = boletim e ocorrência. Onde está a oposição? E os projetos alternativos?
Pensem nisso!
E...Não poderíamos deixar de agradecer as palavras de carinho e apoio de leitores que nos telefonaram ( Paulo Lourenço, Elvira, Joca, Maria Alix, Suelma, Flávio Figueiredo e outros ) e enviaram e-mails ( Maria Helena, Argemiro, Maria Luiza, Rabello, Alfaro, ..)tão logo tomaram conhecimento – pelo JC e Nativa - de nosso retorno após cirurgia na vista.
Economista*
Há onzes tristes e alegres. O nosso é só alegria. Fomos liberados pelo médico, no dia 11 deste mês para retornar às atividades culturais. Em razão de um acidente esportivo ( mergulho ) tivemos um rompimento de retina e mácula em uma das vistas. Visão perdida, por longos dias. Cirurgia de três horas, de alta complexidade...mas...
A reza, o apoio e o pedido de amigos e parentes à Santa Luzia foram fundamentais: Anita, ( dedicada companheira e preparadora de meus para quedas), Leonardo Miranda, Gilberto Pinho, Luzia e Nandinho( JC ), Alfaro(Nativa), Sr. Guedes, Mario Fonseca, Flávio Figueiredo, Miguel Ramos, Joca, Cmte. Rabello, Abrão, D.Leda –quem falar mal de sogra merece morder a língua, tia Ernesta, Aida, os primos Paulo e Carlos Dionello, Humberto Furlaneto, os jovens Bruno, Dani, Paulinha, Alessandra e Maíra e tantos outros . Ao lado da boa técnica do cirurgião Rodrigo Botelho (RJ) e orientação médica, amiga e humana do Dr. Saulo Pinto Bernardelli (FURG), retinólogo consagrado em P.Alegre e de minha filha e Genro, Vanessa e Nilton ( médicos =SP ) , foram preponderantes para a tomada de decisões e recuperação. É hora de retomar a vida e saldar a imensa dívida que acumulamos para com o tempo, principalmente.
Sempre aprendemos no curso da vida. Estávamos com o carro e malas prontos para irmos para o Cassino, como fazemos há 30 anos, em dezembro passado e, em minutos, tudo mudou. Temos de estar preparados, sempre, psicológica, religiosa, espiritual e fisicamente. Nossa vida pode virar de cabeça pra baixo em segundos.
Mas...desistir? Jamais. Dia 07 de março estaremos no Cassino, no JC, no Nativa/Debate, com o Dr. Alfaro, com os amigos, leitores e ouvintes para mais uma temporada.
Nesses dois meses de reflexão e clausura não perdemos um dia sequer o contato com Rio Grande/Cassino. Via telefone, rádio e Internet, acompanhamos tudo o que ocorreu do Egito à Noiva do Mar. E o trabalho de nossos vereadores? A criatividade, inteligência, combatividade, profissionalismo e senso de oportunidade dos vereadores Lu Compiani Branco e Delamar Mirapalhera, contrastam com o dos elaboradores do calendário.
Um desencanto o calendário de eventos para o Casino. Parada Gay, shows musicais ao ar livre no Campo do Praião, ( em zona central do bairro-balneário e de onde já outros eventos foram retirados, como a Festa do Peixe); “raves” travestidas de luaus na zona do Riacho em pleno verão desnudam a paradoxal falta de bom senso e descaso com as pressões – já naturais nessa época do ano, sobre os sistemas de segurança, saúde, viário...
Nada contra esses eventos, mas em pleno verão? Há ótimas opções gastronômicas, boas pousadas e hotéis, a Polícia Civil e a Militar trabalham bem, o pessoal da saúde é dez, mas...com demanda espasmódica e caótica – e com a ajuda das autoridades, não há infra estrutura, em nenhuma área, que suporte.
O maior evento de verão do Cassino é o sol e o mar...
Vamos pensar nisso?
Economista*
Alberto Amaral Alfaro
natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.