Prof. Nerino Dionello Piotto
Articulista Econômico - Empresário ramo imobiliário - Aposentado do Banco Central do Brasil.
A preocupação do colunista é com o que acontece em algumas áreas no entorno do Cassino.
Algumas informações que me chegam – como prisões de mais de uma dezena de traficantes nessas áreas - são preocupantes e claro sinal de que algo vai bem = a economia = e que a saúde social vai mal.
Cabe um raciocínio econômico singelo: a oferta aparece assim que aparece a demanda. Havendo nariz para cheirá-lo haverá pó.
Quando em atividade na Presidência da República, vivenciei na prática o processo de desenvolvimento de áreas na Amazônia, notadamente no Grande Carajás. Agora acompanho de perto o que ocorre no Rio de Janeiro. A história se repete...
As variáveis são as mesmas, mudando apenas as proporções e as regiões. É como dizia o Professor Flávio de Figueiredo em suas aulas na FURG: “ administrar é uma ciência aliada à arte e não há grandes diferenças entre administrar um hospital e uma padaria”.
Mas não é fácil em se tratando de uma sociedade. Causou estranheza a muita gente, talvez ainda afetados pelo entusiasmo – a mim não – o teor de documento que seria entregue ao Ministro da Defesa e elaborado pelos comandantes militares das tropas que participam das operações no “Alemão”, aqui no Rio. Eles não gostariam de deixar por muito tempo suas tropas qualificadas no local por temerem o contágio de soldados por maus policiais. Razões não faltam. Atualmente o Ministério Público examina denúncia de que dois dos principais chefes do tráfico escaparam ao cerco na mala de uma viatura da polícia. Ufa!!!
A guerra, aí, se os Cassinenses não se conscientizarem que o problema é de todos e que a solução exige a atuação efetiva de todos, acontecerá também e... não acabará mais... O “barato” ocasionado pelo uso de drogas ocasiona transtornos com nuances que nem a punição com a morte – como acontece em alguns países – parece fazer efeito.
Não adianta querer alterar o comportamento habitual ( o tímido tornar-se extrovertido, o melancólico tornar-se alegre...) com o uso de drogas.
Os comandantes militares do Rio estão certos. Depois que o peixe deteriora...Haja vista os fatos, as famílias e entes sociais cassinenses devem agir. E rápido! Prevenir ainda é o melhor remédio!!! E isso depende de todos nós.
Pensem nisso com carinho!
Dizem que prevenir é o melhor remédio. E é. Dentre 100 adultos que experimentam drogas lícitas, 85% se tornam dependentes do cigarro e 20% do álcool. Sem falar nas ilícitas...
Sociedade descuidada dá chance aos descuidistas. Não só aos gatunos que se aproveitam do descuido mas principalmente aos males sociais.
Rio de Janeiro e Rio Grande sempre mantiveram laços estreitos. Raras cidades tão distantes mantém integração diária via ônibus regular há décadas .
Aqui, neste Rio de contrastes ( estou escrevendo e assisto em minha rua a uma maratona...e no outro lado da cidade ocorre uma guerra real ) as situações se transformaram em problemas por que não nos conscientizamos de nossas obrigações e não cobramos das autoridades seu papel. Embora tarde, as coisas começam a mudar. Para melhor, depois de tantas angústias e sofrimento.
Se situações simples fossem equacionadas na raiz não teríamos problemas tão graves. Como aqui, aí, em nosso Cassino de aparência bucólica e tranqüila o fermento alimenta o crescimento do “bolo”. E o câncer social, depois de instalado...
Deixar construir em áreas onde o meio-ambiente recomenda fiquem intactas. Aqui, as demolições acontecem todos os dias. Poderiam ter sido evitadas... Transportar resíduos sólidos deixando-os cair em logradouros. Aqui tá dando multa de R$212,oo sendo cobrado o dobro do valor se o responsável não remover em duas horas. Colocar galhos de árvores....R$85,00. Não recolher dejetos de animais ( cocô de cachorro ) ....R$85,00. E por aí vai. Alguma semelhança? Muitas!
Se não nos conscientizarmos, no Cassino, p.ex., dentre outras mazelas, de que os flanelinhas, os ambulantes sem licença, os cães errantes, os porquinhos que deixam galharias e entulhos nas ruas, entupindo valetas, que não limpam seus terrenos e suas calçadas, que não obedecem as leis do trânsito... são cânceres em estágio inicial, basta ligar a TV e ver o que ocorre no México ou no Rio para saber o que poderá ocorrer em alguns anos.
Determinadas Leis, como a da oferta e procura e ditados como a história se repete são inexoráveis. Pagar pra ver o que já se sabe que vai acontecer? Convenhamos!!!
O verão bate à porta e algumas mazelas seguem impávidas no Cassino...Soluções são viáveis? São, a exemplo da “cura” dos doentes que ligavam som alto na praia!!!
Pensem nisso
Alberto Amaral Alfaro
natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.
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