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Prof. Nerino Dionello Piotto
Articulista Econômico - Empresário ramo imobiliário - Aposentado do Banco Central do Brasil.


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A ESQUIZOFRENIA E AS FANTASIAS EM QUE ACREDITAMOS

quarta-feira, 08 de Setembro de 2010 | 14:07

Temos no Brasil uma Instituição, o Banco Central, com o pé no freio e outra, o BNDES, com o pé no acelerador. Nossa política fiscal está esquizofrênica.

Por meio de artifícios o BNDES recriou – na prática – a odiosa conta de movimento antigamente a cargo do Banco do Brasil. Empresta a grandes empresas a juros subsidiados. Quem paga o “spread” da conta: eu, tu, nós...

Basta entrar no site do BNDES e constatar operações que nos mostram empresas multinacionais pegando empréstimo no Banco. Com suas matrizes em dificuldades financeiras empresas gigantescas estão recorrendo ao BNDES – ao invés de recorrerem às suas matrizes e trazendo menos dólares ao Brasil para financiar seus projetos.

A inflação não é mais problema no Brasil. Por que, então, o BNDES não mantém o foco em empréstimos para investimentos municipais, de longo prazo, no apoio às pequenas e médias empresas a uma taxa de juros que reflita a SELIC? A deterioração do “defict” em conta-corrente do Brasil nos mostra que a expansão do gasto é mais rápida do que a expansão da produção. Isto é um risco sério.

Se tomarmos uma propagando do Banco do Brasil sobre Planos de Previdência, o Banco acredita que em torno de vinte anos o Brasil não terá mais recursos públicos para bancar as aposentadorias. O número de idosos cresce a uma taxa de 4% ao ano e o Brasil precisaria crescer, sem parar, nos próximos 20 anos, à mesma taxa, para a Previdência pública não quebrar. Pode? Pode. Mas o risco é imenso. Melhor fazer o pé-de-meia já.

E tudo nos mostra que passamos a acreditar em fantasias. Bastou o Brasil crescer em um trimestre em torno de 7% para muita gente achar que somos a nova China e que o Lula é um gênio das finanças. E que todos os problemas que carregamos não existem!

A sorte de Lula e a nossa sorte foi ter tido um ótimo antecessor.

Lamentavelmente, como afirma o economista Ricardo Hausmann, diretor do Centro para o Desenvolvimento Internacional de Harvard ( um dos mais respeitados especialistas em teoria do desenvolvimento econômico ) “ o próximo presidente do Brasil não terá a mesma sorte”.

Vamos rezar para que ele esteja errado.

Economista*

 


Escrito por Nerino Dionello Piotto

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ELEIÇÕES, CARGOS, nomeações... A VOZ DA RAZÃO

sexta-feira, 27 de Agosto de 2010 | 11:09

A campanha eleitoral para presidente vai no rumo traçado por Lula.

A candidata do partido verde, Marina Silva, desabafou, em alto e bom som, sobre o que ela chama de a infantilização do eleitorado brasileiro, como sendo um dos principais pilares da elevada popularidade de Lula.

O pragmatismo de Lula obtém retumbante sucesso ao conseguir atar as duas pontas dos rentistas pobres e ricos deste País, ou seja, dos rentistas do Bolsa Família com os rentistas financeiros. Uma façanha e tanto. De se tirar o chapéu.

Os males advindos do aparelhamento da máquina pública – no mundo todo - decorrente de interesses políticos –ideológicos e o loteamento de cargos do Estado por motivação ideológica são males terríveis presentes há séculos na política brasileira, responsáveis em grande parte pela má aplicação da grana do contribuinte que vive sob uma brutal carga de impostos superior a 35% do PIB.

Mas, nem sempre uma indicação, por ser política, quer dizer que haverá malversação de recursos ou omissão, ou servir-se ao invés de servir.

Existem casos, como recentemente ocorreu em Rio Grande, de uma nomeação política – sem dúvida – que tem tudo para se converter em ganho real para o Município.

Como dizia minha colega de sala por alguns anos em Brasília, na Secretaria de Planejamento da Presidência da República, a economista Dorothéa Werneck ( que chegou a ser Ministra do Trabalho ), “nada contra a indicação política, desde que se tenha a correspondente competência técnica”.

A designação do Prof. Valdomiro Rocha Lima, para a Secretaria de Administração, é um fato interessante. É um técnico de primeiríssima linha e com um currículo de botar inveja a qualquer um. Foi meu Professor de matemática – e dos bons - nos bons tempos, dirigiu o centenário Colégio Lemos Junior em 62/63, propiciando aos alunos da época uma das melhores – se não a melhor – performance de aprovação no vestibular da FURG ( reconhecidamente severo e de alto padrão ) já obtida por alunos de escola pública.

Quando deputado, era assíduo praticante de explorações junto a Ministérios e perseverante na busca de meios para a melhoria de nosso Estado, notadamente de Rio Grande. É um quadro de peso e valor, que nos faz ter um fio de esperança quanto ao resultado do jogo bruto da política. A voz da razão, nesse caso, se fez ouvir. Nem tudo está perdido!


Escrito por Nerino Dionello Piotto

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Alberto Amaral Alfaro

natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.

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