Prof. Nerino Dionello Piotto
Articulista Econômico - Empresário ramo imobiliário - Aposentado do Banco Central do Brasil.
Estamos em São Paulo. Aqui se fala em eleições, projeto ficha limpa e... preponderantemente sobre lixo. O dia do meio ambiente vem aí ( 05 de junho ) e o governo pretende tornar realidade um projeto que se discute há 19 anos: a quem cabe a responsabilidade sobre a destinação do lixo.
Lula deverá sancionar nesse dia essa medida, que é uma das principais da Política Nacional de Resíduos Sólidos ( PNRS ).
Os representantes da Indústria e cooperativas de catadores dizem que a política é boa.
Até 2011 a responsabilidade sobre a destinação do lixo, cujo ônus hoje é todo dos municípios, passará a ser dividido com o setor empresarial. Pelas regras todos os envolvidos na cadeia de comercialização dos produtos – das indústrias às lojas – terão que dar sua contribuição.
Inclusive a logística reversa ( retorno de produtos passíveis de reaproveitamento a quem os fabrica ) deverá ser obrigatória.
O Brasil possui baixo índice de reciclagem: 12% das 170 mil ton/dia. O objetivo da PNRS é elevar o índice para 25% até 2015.
O caminho está correto. Tomara que não ocorram brigas que inviabilizem a proposta.
Recentemente Rio Grande tentou imitar Curitiba e se deu mal. Curitiba, que é uma vitrine para o Brasil, tem um aterro – da Cachimba – que é usado e mantido por 18 cidades. O que a Prefeitura papareia queria – não foi bem explicado e tampouco bem entendido, era a necessária e imprescindível divisão da conta com municípios vizinhos e tornar um aterro único mais barato, que coubesse dentro dos orçamentos, com maior controle ambiental e, por conseguinte, mais seguro. O projeto papareia não decolou. Pena!
Quem sabe, agora, com o lançamento dessa alvissareira política pelo governo central, não se abrem os corações e mentes das elites do extremo sul do nosso Estado e se pode voltar ao debate do tema? Mas não com a decisão sendo tomada por um grupo de vereadores –todos políticos e só um, Delamar Mirapalheta -até onde estamos informado – com conhecimento profundo do tema. E sim com a participação de técnicos sem cores partidárias e da sociedade.
Vamos pensar nisso?
Todo gol de placa dá muito o que falar e mexe com as massas. E o Pólo Naval de Rio Grande – oficialmente do Rio Grande do Sul, deu, está dando e ainda mexerá mais e dará o que falar.
O gol é o ápice. Mas não se constrói um gol sozinho. Ele sempre é fruto do trabalho do time em campo e fora dele: técnico, preparadores...todos são pais do filho bonito.
O Pólo mexeu muito com nossa cidade, para melhor. Ou, no sentir de alguns que só pensam nos seus interesses e tranqüilidade e conforto pessoal, para pior. O bicho homem é assim.
Vem mais mexida. A W. Torre, que construiu o Estaleiro Rio Grande 1 no Dique Seco ( obra que deverá ser entregue no mês próximo – o prazo inicial era março, mas ocorreram algumas complicações imprevistas já sanadas ) deverá contratar mais 600 ( seiscentos ) profissionais para a construção do Estaleiro Rio Grande 2. A Construtora aguarda apenas a devida e necessária licença por parte dos órgãos ambientais.
Além de mais gente nova na cidade, a economia da “city” vai ficar mais “fofa” em R$243 milhões. Na construção do primeiro foram investidos R$850 milhões.
Se há mérito nisso – nós entendemos que há, ele é de uma equipe cujos atores não poderiam aqui ser todos relacionados sob pena de demissão do articulista, pelo espaço, inviável.
Mas os atores principais cabem. Quem fez o gol foi Dilma Russef ( o Romário da história). Quem “bolou” a jogada ( o Dunga ) foi Fábio Branco. Quem apoiou ( como faziam Roberto Carlos, Branco...) foi Janir Branco, Claudio Diaz ( que entenderam o jogo desde o início e botaram os times dos deputados e vereadores para jogar também ); Germano Rigotto e depois a Governadora Yeda...também suaram a camisa. Como Romário e Edmundo, nos bons tempos, que jogavam juntos e não se “bicavam”. Mas o que importava eram os resultados.
Assim está sendo este belo jogo, com gols maravilhosos, como o do Pólo Naval. Este, foi marcado por Dilma Russef. E nunca foi deixado de lado – é fato notório - o reconhecimento do outro pai ( o que bolou a jogada e carregou o piano ), Fábio Branco. Ela convenceu até Lula, que não esconde suas preferências pelo nordeste ( Suape), embora não faça distinção nas distribuições das fatias do bolo.
Ouvimos depoimentos de impressionar. A perseverança, a paciência, a inteligência, o profissionalismo dos atores, todos jogando pelo Brasil foi algo indescritível! Que bom!
Enfim.....Gooool! Podemos comemorar, não esquecendo que o futuro bate à porta. E nos cobra resultados. Há que se matar um leão por dia. Se não, o bicho come.
Alberto Amaral Alfaro
natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.