Prof. Nerino Dionello Piotto
Articulista Econômico - Empresário ramo imobiliário - Aposentado do Banco Central do Brasil.
A FURG, como poucas Universidades brasileiras, tem uma densa produção científica e tecnológica e – também como poucas – pratica de forma exemplar a extensão. Tem sido preponderante sua participação em projetos que envolvem os aspectos macros da economia e do desenvolvimento econômico e notadamente social de Rio Grande.
Superando seus próprios limites – e os do serviço público, complexos por natureza, corajosamente lançou um projeto futurista, o Oceanário Brasil.
A obra poderia iniciar já neste semestre. Mas, aspectos técnicos indispensáveis, relativos ao meio ambiente necessitam ser atendidos. O freio foi acionado.
Muita gente – com ansiedade justificada – tem encontrado culpados em áreas como a Procuradoria da República de Rio Grande, que questiona a FURG pela ausência da Licença Prévia da FEPAM ( Fundação Estadual de Proteção Ambiental ). Segundo alguns, atrapalha.
Nossa opinião é diversa. E estamos, como o próprio Reitor, João Carlos Cousin, otimista e certo de que tudo dará certo. Ainda bem que temos um MPF atuante que zela pelos aspectos legais e fundamentais para que tenhamos um desenvolvimento andando nos trilhos certos. Imaginem o péssimo exemplo que se daria, de começar uma obra de repercussão internacional sem o mínimo : a Licença Prévia Ambiental. Seria um fracasso anunciado.
Está pra lá de comprovado que uma paisagem – ativo de valor incalculável – degradada afeta o ambiente de negócios, prejudica a dinâmica econômica e afugenta investidores.
Se o poder público deixar tudo à vontade cada um dará o seu jeito particular, que é péssimo para a cidade como um todo. Óbvio que não seria o caso da FURG. Ela tem dado soberbas demonstrações de zelo pelo capital que nossa cidade detém, que é o seu meio ambiente. Embora em muitos casos já deperecido pela lamentável omissão dos poderes. Palmas ao MPF.
Não se trata de dar importância maior ao ritual dos processos e nem de burocracia. Temos de ter cuidado – em se tratando de meio ambiente - inclusive com a ação de pessoas bem intencionadas. E, no caso, não devemos procurar culpados.
Não há culpados! A FREADA VAI DAR – PODEM APOSTAR – MAIS FÔLEGO AO PROJETO.
Economista*
Não estamos falando do glorioso Leão do Parque, nosso querido São Paulo. Ele também bate à porta, seu presidente vem fazendo uma bela campanha para recuperar as finanças do clube.
O Leão sobre o qual falamos hoje é mesmo o Imposto de Renda.
Não vamos falar das regras básicas, tipo prazo para entrega, valor mínimo de renda anual....isto todo mundo está cansado de saber.
Vamos falar sobre os cuidados que deveremos ter ao preencher a declaração de ajuste anual e sobre algumas particularidades que não constam expressamente nos manuais.
Grande parte da massa que fica retida em malha é composta por pessoas que apostam que a Receita Federal do Brasil não está bem aparelhada eletronicamente para cruzar dados, por exemplo, de pagamentos efetuados a profissionais liberais – médicos, dentistas...
Não faça essa aposta. Vai se dar mal. A partir deste ano os sistemas de cruzamentos do Leão com relação à profissionais liberais estão bem mais inteligentes. Se não tiver o recibo em mãos, ou o número do cheque “nominativo”, mesmo que tenha pago ao profissional não se arrisque. Volte ao profissional e peça uma segunda via do recibo. E nem pense em adicionar valores fictícios além dos pagos efetivamente, pois poderá estar arranjando encrenca séria.
Caso tenha efetuado venda de ativos não monetários ( ações ) em bolsa, e tenha realizado prejuízo, não fique tão preocupado. O Leão permite que se difira ( passe para o ano seguinte ) o valor do prejuízo. Ele poderá ser compensado com lucro futuro em outra operação. Para tal, é necessário ( e isso não está expresso no manual ) colocar no campo devido o valor do prejuízo antecedido do sinal de menos ( - ). Sinal negativo. Aí o programa assume, automaticamente, no campo de prejuízos a compensar, o valor. Mas não esqueça de guardar as planilhas que lhe foram entregues pelo Banco/Corretora que fez a operação. Cuidado com um pequenino imposto ( chamado de dedo duro ) que é recolhido pelo Banco ou Corretora no ato da realização da operação de venda, chamado de Imposto Retido na Fonte. Muita gente pensa que o imposto – no caso de ganho de capital – renda variável já está pago e depois recebe a fatura do Leão com juros, multa, etc. O Banco não pode, por Lei, fazer o preenchimento do DARF devido para seus clientes. Nós temos de fazê-lo. Cuidado!
Se você fez reforma em sua casa ( móveis e utensílios não vale ) pode acrescentar ao valor nominal do imóvel. É legal e ajuda, e muito, na hora de vender, pois terá de pagar menos imposto ( diferença entre o valor nominal e o valor de venda). Embora no programa de Ganhos de Capital haja uma previsão de depreciação ela é muito menor do que a valorização. Atenção!
Em caso de dúvida, vá até o plantão da Receita. O pessoal é atencioso e técnico. Fale abertamente sobre suas dúvidas. Eles estão ali para ajudar, não para fiscalizar. Pode crer!
Alberto Amaral Alfaro
natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.