DILEMA ENTRE A IDEOLOGIA E REALIDADE CORREIOS E TELÉGRAFOS

Muitos setores de nosso governo sofrem de um mal terrível: o dilema entre a ideologia e a realidade. A Petrobrás precisa de dinheiro grosso para se capitalizar e enfrentar a dureza do pré sal. O Banco do Brasil quer conquistar mais espaço além fronteiras. A exemplo da Vale do Rio Doce ( privatizada ) que se expandiu pelo mundo –com o apoio do BNDES - que apóia a criação e o crescimento de empresas transacionais ( multinacionais brasileiras ), com parceiros potentes como a China, multiplicou postos de trabalho e hoje contribui com valores expressivos em impostos, o Banco do Brasil e a Petrobrás buscarão no mercado internacional o capital necessário para as expansões e seguirão prestando bons serviços.

Mas....e a EBCT? O que ocorre com essa Instituição antes considerada um ícone de bons serviços e confiabilidade?

Enquanto o BB e a Petrobrás ganham clientes, confiabilidade e mercados os “correios” perdem espaço. Não pelo uso intensivo da Internet ou por outras razões,mas por abrirem deliberadamente espaço para empresas concorrentes. Tudo indica, segue o modelo retrógrado ideológico tipo “o petróleo é nosso”, abandonado pelo BB e pela Petrobrás.

As empresas que necessitam entregas rápidas e seguras,usam serviços de empresas privadas como a DHL e outras. Mas custam caro.

No Rio, onde também residimos, em Mairiporã(SP) onde estamos hoje e em São José dos Campos (SP) onde estivemos nessa semana, queixas existem mas nada parecido com o que vem ocorrendo no Cassino.

Em fevereiro passado nos foi postado um envelope contendo um DVD no Rio de Janeiro e demorou 15 dias para chegar no Cassino.

Muita gente tem se queixado de prejuízos em razão da demora na entrega de boletos bancários, dentre outros.

Com certeza há um problema sério da EBCT no Cassino. Será apenas um problema localizado ou reflexo de administrações que priorizam a ideologia à técnica?

Tudo leva a crer que seja localizado. Com a palavra nossos edis, pois o fato prejudica – e muito – o desenvolvimento de nosso bairro.

DIQUE SECO – POLO NAVAL RAZÃO E EMOÇÃO

Hoje não vamos falar em cifras. Ontem, 16 de março, foi dia de fortes emoções para o colunista. Acostumado – pelo ofício – a trabalhar com a razão, foi surpreendido com alguns fatos irreversíveis e... emocionantes.

O dia começou cedo. Participou de apresentação - racional e lógica – do Secretário Gilberto Pinho, na Prefeitura. A seqüência de comparações entre os investimentos já realizados, em realização e por realizar nos mostram cenários que cutucam nossa emoção e transportam-nos à década de 60, de ouro em desenvolvimento educacional que embasa a atual ( leiam Centenário do Colégio Lemos Junior, de WILLY CEZAR).

A seguir o privilégio de participar de debate sobre a radiação da bomba de chocolate econômica que está sendo detonada nestes pagos. Convidados da UFPEL, capitaneados por seu Reitor, Professor Antonio Cezar Borges, entusiasmados, pediram nova rodada com mais técnicos da UFPEL, em Pelotas. Querem participar!

As idéias do Reitor Cezar Borges são avançadas, algumas incompreendidas. Mas, quem está acostumado com cenários econômicos faz leitura clara: um técnico com cérebro privilegiado e brutal potência de visão, como faróis xenônios no escuro.

A quebra de paradigma que está acontecendo é emblemática. As universidades de Rio Grande e Pelotas, públicas e particulares, Prefeituras da região, sem cores, sem bairrismos bolorentos, trabalhando com o objetivo de melhorar a qualidade de vida na zona sul face às oportunidades que se apresentam.. O Prefeito Fábio Branco – com percepção muito clara dos efeitos benéficos da bomba faz questão de chamar – com racionalidade e inteligência - nossos vizinhos para participar da festa – e das agruras iniciais do desenvolvimento. Parabéns!

Mais emoções estavam reservadas. Visita, a seguir, ao Dique Seco, no Pólo Naval. . Não há fotos que traduzam a realidade épica da obra. A QUIP dá show de organização e eficácia. O dique tem a segunda maior porta ( batel ) do mundo. Um quebra-cabeça ( lego ) gigante, complexo e delicado. E sem acidente fatal até agora.

O dique será usado por cinqüenta anos para a construção naval. O Brasil entra, assim, com Rio Grande no time, na copa dos melhores do mundo. Briga com tigres asiáticos de igual para igual. Para se manter nessa elite, além do banimento de bairrismos destrutivos, de individualismos egoístas, a competência de recursos humanos gerada nas Escolas e Universidades da região – que tem exportado gente boa – é condição indispensável.

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