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Profa. Gilma Trindade
Doutorado em Ciências Biológicas (Biofísica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil(1999). Professor titular da Universidade Federal do Rio Grande , Brasil.


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Das radiações... para a SAUDADE...

quarta-feira, 28 de Abril de 2010 | 12:39

Prezados Amigos,

Desculpem a falta de notícias! Na maioria das vezes nossa ausência pode ser explicada por períodos intensos de trabalho ou por situações singulares em nossa família... No meu caso, podem acreditar, quando eu não dou sinal de vida, as razões sempre são conjugadas: família e trabalho. Meu marido (o Zé, lembram?) pega no meu pé (acho que o Alfaro combina alguma coisa com ele) fazendo com que eu me sinta bem culpada pelos atrasos. Mas eu tenho tentado preparar um bom artigo para vocês.

Pensei em começar conversando sobre os efeitos que as radiações eletromagnéticas, cuja fonte natural é o Sol, causam em células e organismos. Este tema é hoje um dos objetos de estudo ao qual dedico minha vida profissional. Tenho orgulho de dividir com vocês que este tema já produziu dissertações de mestrado e teses de doutorado, sob minha orientação ou co-orientação, traduzidas em publicações de artigos científicos internacionais. Vamos começar falando daquelas radiações solares que atingem a atmosfera, interagem com os seres vivos e produzem efeitos biológicos significativos. Estes efeitos são tão importantes que fontes artificiais de radiações são produzidas e utilizadas para fins estéticos, diagnósticos, terapêuticos, entre outros.

Tenho certeza que teremos muito para conversarmos e discutirmos sobre este tema e, muito em breve, o primeiro artigo sobre o assunto estará no blog. Este artigo era para estar publicado na semana passada; entretanto circunstâncias imprevistas e muito tristes fizeram com que o seu final fosse interrompido. A conseqüência disso foi um total vazio, uma sensação de impotência tão grande que tornaram meus pensamentos e idéias sem sentido e sem conexão. Foi preciso dar um tempo (mais um) para recomeçar... E eu não posso recomeçar falando das radiações. Antes eu preciso falar da tristeza que eu e meu marido sentimos ao ver amigos nossos, tão queridos, passarem por uma dor que, no nosso entender, não pode ser comparada a nenhuma outra: a perda de um filho querido.

Falar de perda é falar de saudade!

Uma vez eu ouvi de alguém, que tentava definir saudade, dizer que este sentimento é “aquilo de bom que fica daquilo que não ficou”. Eu consigo entender (e sentir) essa definição. Quem já não perdeu pessoas próximas e marcantes em nossas vidas? Quem já não se perguntou como continuar vivendo e acreditando na vida depois destas perdas? Quem já não chorou, ou chora, ou chorará a falta de um filho (a) que está longe, às vezes nem tão longe mas impossível de ser alcançado naquele exato momento que o nosso coração reclama a sua presença?

Eu tenho a minha filha Bianca e meu genro Rodrigo em Porto Alegre. Eles estão felizes, construindo seus futuros, crescendo em seus sentimentos e conhecimento profissional... E as vezes é difícil não tê-los juntinho de mim. É aquela comidinha gostosa, é aquela confraternização familiar onde só faltam os dois... e lá vem a saudade cutucar o coração da gente! Mas a gente “tira de letra”, como dizem os mais jovens. Afinal, é assim que a vida caminha!

Mas o que dizer para os nossos queridos Dalton, Beth, André e Duda?

Como transformar nosso conforto, nosso carinho e nosso abraço num consolo mágico que possa minimizar a dor que sentem? Como pedir a eles que não sintam saudades de alguém como o Rogério, filho e irmão querido, que soube cativar a todos que tiveram o privilégio de conviver com ele, mesmo por poucos períodos? Essas perguntas são impossíveis de serem respondidas, simplesmente porque são impossíveis de serem atingidas!

O que queremos dizer a vocês, queridos amigos Dalton, Beth, André e Duda, é que embora não possamos avaliar a medida da dor de vocês (sabemos ser ela imensurável) estamos aqui, juntinhos de vocês, a cada dia, em cada oração, em cada abraço e gesto de carinho. Pedir que vocês vivam um dia de cada vez, suportando a saudade dia a dia, apoiados na união e no amor que une esta família. Não projetem demais o futuro, a saudade ganha dimensões gigantescas quando a gente faz isso. Busquem forças e fé a cada dia. Esta forma de aprender a lidar com a dor e a saudade eu aprendi com “heróis da vida”, os membros dos alcoólicos anônimos, que buscam força para garantir “24 horas de sobriedade” na tentativa de manter sobre controle a doença que possuem. Eu posso hoje! Eu resisto hoje! Eu suporto a saudade hoje! Quando chegar o amanhã, ele será o hoje e ele, e somente ele, será o desafio naquele momento.

Assim a vida vai caminhando, o tempo vai passando, novos acontecimentos ocorrem, novas alegrias chegam, novos amores preenchem nossos corações...

Sabemos que o Rogério sempre será lembrado e amado. Esta morte, humanamente concebida como prematura e sem sentido, no conforto da fé, é a certeza de que ela não é o fim. Acredito que seja um começo de uma nova e abençoada vida.

Queridos Dalton, Beth, André e Duda, fiquem com o nosso silêncio, nossas orações e todo nosso carinho!


Escrito por Profa. Gilma Trindade

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PREZADOS AMIGOS

sexta-feira, 26 de Março de 2010 | 14:51

Não poderia começar esta nossa conversa de outra forma. Obrigatoriamente eu precisava iniciar nossos encontros com ... Prezados Amigos. Por que? Porque foi exatamente um elo seguro de amizade entre a minha família e a família do Alfaro que fez com que ele pensasse em mim para fazer parte deste Blog tão especial. Amigos são assim: dividem aquilo que gostam, que lhes dá prazer e que os fazem vibrar. O meu (ou o nosso) amigo Alfaro é assim! E por isto eu estou aqui, objetivando conhecer novos amigos através da partilha de emoções e conhecimentos relacionados à vida do nosso dia-a-dia e à área biológica.

Em alguns dias vamos conversar sobre fatos que marcam nossas vidas. Vamos falar de emoções envolvendo nossos amores: esposos, esposas, filhos, netos (presentes ou futuros), família e amigos. Estes últimos felizmente, na maioria das vezes, estão em todos os nossos amores. Em outros, vamos discutir sobre teorias e práticas das Ciências Biológicas, um mundo lindo e estimulante que faz a minha vida profissional ser maravilhosa, apesar de algumas vezes me fazer viver dias nem tão maravilhosos assim.

Importante ressaltar que nenhum assunto será esgotado nem apresentado como a única verdade. A Ciência, assim como a Vida, é mutante! Lógicas científicas de ontem foram substituídas por verdades de hoje e ... amanhã? O amanhã pode confirmar idéias ou pode acrescentar novos fatos que podem levar a novas verdades. Paradigmas podem ser quebrados e nós precisamos estar preparados para estas mudanças que movem o mundo!

Vamos conversar sobre os efeitos que as radiações solares são capazes de causar em células, tecidos e organismos. Vamos discutir como praticar o hábito saudável de um dia de praia! Ainda hoje, conversando com a minha filha Paula sobre a minha alegria em estar terminando meu primeiro “post” para o nosso blog, falei que um dos assuntos que eu vou abordar brevemente são os efeitos que a exposição radiação ultravioleta é capaz de provocar. Ela, com a crítica peculiar que nossos filhos têm, olhando a cor dourada que os meses de janeiro e fevereiro produziram em minha pele neste nosso Cassino lindo, comentou que eu iria recomendar que ninguém se expusesse ao Sol mas que eu bem que curtia um dia de praia ensolarado, bem juntinho do meu Zé, meu esposo querido, e de nossos amigos. Fiquei pensando... Nada disso filha; neste espaço vamos conversar sobre as verdades científicas, sobre as nossas verdades e deixar sempre a escolha para cada um fazer.

Vamos conversar sobre os princípios moleculares e celulares do Câncer, uma das patologias mais democráticas que conhecemos uma vez que não escolhe seus hospedeiros por raças ou níveis social ou intelectual. Aspectos clínicos, obviamente, não serão abordados por mim, uma vez que não tenho formação nem conhecimento para isso.

Por fim, vamos falar sobre nossos sonhos, nossos sentimentos e nossas certezas. Como neste exato momento em que eu estou enviando esta minha primeira mensagem ao Zé, meu marido, para que ele a critique com a certeza de seu senso crítico, seu sentimento cúmplice de amor e estímulo, e pensando no sonho de poder fazer diferença positiva no dia a dia das pessoas.

Até a próxima!


Escrito por Profa. Gilma Trindade

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QUEM SOU

Alberto Amaral Alfaro

natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.

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