Como cidadão e comunicador social tenho o direito e o dever de expressar livremente o meu pensamento, mesmo sabendo que receberei críticas do tipo: “está recalcado”. Falo isso, porque tenho acompanhado os debates nas redes sociais e assistido a algumas sessões da Câmara de Vereadores pela TV. Assustei-me com a falta de sintonia, uma verdadeira Torre de Babel, parece que estão falando várias línguas ao mesmo tempo e ninguém se entendendo. Sem falar das opiniões políticas que mudaram em menos de dois meses. Estarrecido vi vereadores que não apoiaram a minha indicação para o passe gratuito aos maiores de 60 anos nos coletivos urbanos (& 3º do Art. 39 do Estatuto do Idoso), serem defensores contundentes agora. Tive que assisti duas vezes para acreditar no que estava acontecendo. O que será que mudou? Sem falar que ainda assisti ser apresentado um projeto para acabar com as espuminhas no carnaval, ou seja, um besteirol sem fim. Pelo visto, vão acabar votando englobado às preferências de tantas que são! Aliás, quanto à falta de tempo para o bom e necessário debate dos projetos, eu alertei ano passado na Tribuna que com 21 vereadores seria muito difícil a boa condução dos trabalhos nas 3 horas diárias (15 às 18 horas) de segunda a quarta. Por isso, apresentei um projeto propondo a mudança do horário das sessões para das 14:30 às 18:30 horas. Aumentaria em uma hora, aliviando um pouco essa confusão e não causaria problemas com o término do expediente da Câmara que é às 19 horas. Fui derrotado pela maioria da situação e da oposição à época. E agora? Estou curioso também para saber como acomodaram 7 assessores em cada minúsculo gabinete?
Coronel da reserva do Exército e advogado Augusto César Martins de Oliveira
Tenho acompanhado os diversos debates nas redes sociais sobre a recente aliança política entre o PT e o PPS em Rio Grande e o que sinto é que estão se apegando muito mais a paixão do que a razão com um enorme medo da militância em assumir a sua normalidade.
Não há nada de novo nesta aliança. Ela é a prática comum a todos os partidos e governantes, desde que se institui o pluripartidarismo no Brasil. Há que se ter cuidado com as justificativas apaixonadas que levam indelevelmente a construção de argumentos fracos, quando não comprometedores. Por exemplo, quando afirmam que a sociedade errou ao eleger um prefeito do PT e uma Câmara identificada com a administração anterior. Baseados em que garantem que a sociedade errou? E se foi essa a verdadeira intenção dos eleitores? Ao afirmarem isso, desrespeitam a voz das urnas, afinal o Legislativo é um poder independente. Esse mesmo argumento poderia ser usado pelo outro lado que perdeu o Executivo, mas ganhou o Legislativo. Esses ainda poderiam argumentar que essa aliança sim é que desrespeita a vontade popular!
Por isso, muita calma nesta hora. E amigos, não há nada de errado em não ser especial, temos sim que torcer para que os administradores eleitos cumpram bem o seu dever para o bem de todos, cabendo a nós a eterna vigilância.
Augusto César Martins de Oliveira
Coronel da reserva do Exército e advogado
Alberto Amaral Alfaro
natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.