Nessa época de eleições ocorre um estranho fenômeno, que tal como repentinamente surge também finda, após a contagem dos votos. Este fenômeno consiste em milhares de pessoas se tornarem da noite para o dia, sem ter lido um livro, sem ter estudado um teórico, sem ter meditado sobre o assunto nem cinco minutos, especialistas em política e ideologia.
Apinham-se as ruas, os botequins, as livrarias, repartições públicas, em suma não há aonde se vá que não se encontre um palpiteiro que em tempos de eleições é misticamente iluminado e elevado a cátedra da ciência política. No mais das vezes esses analistas políticos tendem a um discurso que se resume a “meu candidato/partido é melhor que todos os outros/ tão bom quanto aqueles a quem está associado” e “O fulano/partido é péssimo, meu candidato/partido faria/faz/fez muito melhor”. A isso se resume 99% das conversas que se tenta ter com esses atletas de fim de semana da política. E porquê seus argumentos se resumem a uma cantilena maniqueísta? Por que não defendem nem ideias nem ideais, não defendem pontos de vista, sejam econômicos ou ideológicos, mas defendem seus próprios interesses financeiros e de poder.
Muitos leitores dirão: “Mas isso é comum, cada um quer defender o seu”. Certamente que o que relatei não é novidade alguma, nem a observação do fenômeno, nem da análise de suas origens. Esse é o principal problema. Quando alguém ingere um veneno sem saber o que bebe é um acidente, quando sabe é suicídio.
Dar ouvidos a essas pessoas, sabendo que têm intenções claramente ligadas a uma tentativa de elevação social é, na mais branda das possibilidades, uma tremenda burrice. É um claro sintoma de degeneração quando um mal é visto com normalidade. No Brasil vemos o furto e a trapaça simbolizando a esperteza e a inteligência, a canalhice e a “malandragem” como pré-requisitos para alguém ser um gestor público. Há como ter esperanças em um povo que levanta templos ao vício e envia às masmorras as virtudes?
Para não dizerem que caio na mesma vala comum onde se atiram por vontade própria os críticos sem soluções, os anunciadores do mal absoluto, vejo sim uma saída para esse, assim como para vários dos problemas que temos no país. As soluções são a educação e o fim da glorificação do canalha como o tipo modelo em nossa cultura.
Um adendo, quando falo “educação” não cito a pedagogia moderna que corre por nossas escolas e universidades, onde se o professor repreende um aluno, por estar socando a cara de um colega, é tachado de retrógrado e reacionário. Falo da verdadeira educação onde é transmitida ao aluno a herança cultural que foi juntada ao longo dos séculos. Ou educamos no presente ou nunca teremos um futuro.
Parei para pensar: Neste momento invoco para que faça o mesmo que eu.
O universo com seus mistérios, o planeta e seus segredos. Distante as galáxias, depois a estratosfera, as montanhas, as florestas, os lagos, rios e oceanos.
Regressando proporcionalmente ao reino dos animais e dos homens. Mais próximo: uma gama de interesses e desprezos, verdades e mentiras,...
Somente para chegar ao que diz o provérbio “Crescei e multiplicai”. Com isso o charme dos seres vivos no que diz a união do macho e a fêmea.
Das plantas as flores, dos insetos a variedade... Como exemplo “as aves”; realçam as cores, do esplendor do brilho das penas ao vôo, dos dedos à crista e nos olhos um simples ponto preto que reflete o lindo harmonioso da natureza.
Ah! Eu ia esquecendo: se manifesta nos machos da espécie.
Nos humanos quanta diferença! As fêmeas roubam a cena: as mulheres são mais belas. Formosura, graça e uma deformidade de medidas ora abruptas, ora suaves. Nos bicos, nas penugens das assas, nos quadris, dos cabelos aos cílios, nas garras aos anéis, na suavidade da voz e nos lábios o sorriso. Animais que voam.
Vestidas ou não, artes de Deus. Cheias de segredos e o mistério de serem mais bonitas.
Alberto Amaral Alfaro
natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.