“A Bíblia define, ser Isabel a mãe de João Batista, prima de Maria. Acredita-se que João teria nascido alguns anos antes de Cristo.
Quando João nasceu no dia 24 de junho, sua mãe, mandado fazer uma fogueira para que sua prima soubesse que seu menino nascera. Então a tradição das fogueiras.
A festa de São João é uma das mais importantes, festas dos santos, seria antes chamada de Joaninas.
Herodes após assistir uma dança de Salomé, filha de Herodíades, prometeu dar-lhe qualquer presente que a jovem pedisse. Salomé pediu a cabeça de João Batista.”
É muito bom ter vivido todo esse tempo, para aprender e interpretar a evolução dos homens e o progresso sempre os relacionando ao passado.
É raridade. As festas juninas perderam as ruas: integraram o comércio voraz nos pátios das escolas nos salões dos condomínios... Mas eu vou às ruas à noite. Vou à Quinta fazer minha festa, vou fazer uma fogueirinha para aquecer as mãos, vou contar histórias “da rosa e do cravo” para os meus amigos juvenis fingindo matuto. Sob bandeirinhas coloridas, vou cantar “samba lelê, escravos de Jó, tororó..., como se a rua fosse minha.
Meu amigo é boêmio e adora uma cerveja...
Sabe, ele trabalha na construção. É um bom profissional, dedicado, assíduo e ganho razoavelmente bem.
Seus filhos, já adultos casaram-se e foram-se de casa, trocando seu hábito.
Por isso habituou-se a sair às noites ‘pra’ beber, bater um papo com amigos casuais, desvanecer... na zona.
Com o tempo, a rotina virou vício e meu amigo entortou-se de cerveja.
Certo dia agradou-se duma cantora da boate onde freqüentava. Num momento de fraqueza, enfeitiçado abandonou sua casa e se foi para o apartamento da vedete. Na primeira semana tudo fora flores, banho fresco, café na cama, massagem e beijinhos. Passado dois meses constatou que a rotina ali era a mesma da sua antiga casa.
Acossado com os desembolsos que ora dobrara, pegou sua bolsa de roupas e aportou em sua casa.
Sua mulher, velha esposa o esperou-o com um sorriso, abriu a cancela e foi dizendo:
- Fiquei aqui todo tempo te esperando, sabia que voltarias!
Foi muito engraçado meu amigo ao me contar sua fantasia.
Ficou emocionado, passando-me a moral da preservação dos valores, do amor, da família, algo que se esquecera ao longo do tempo com a ajuda da bebida.
Alberto Amaral Alfaro
natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.