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O Carroceiro

segunda-feira, 21 de Maio de 2012 | 10:20

Este relato é real e aconteceu em torno de 1979, na cidadezinha em que morava. Um causo real igual a todos os outros que conto.

Magalli, a mulher mais bonita da cidade, moça simples da elite dominante, estudo pouco, começou a trabalhar cedo porque todos a queriam como peixe no aquário.

Antonio, um moço elegante de família nobre, vestia grife e tinha carro desde a infância.

Magalli e Antonio se casaram e como o dinheiro sobrava, abriram uma padaria numa esquina, bem próximo ao Riacho. Magalli, comunicativa e sempre alegrinha dispersava simpatia conquistando novos clientes.

Antonio, chegava mais tarde "pra" ler jornal.

Magali fazia os pães, bolos, biscoitos os mais gostosos, sua padaria (Progresso) crescia rapidamente distribuindo para outros locais produtos confeccionado com amor.

Antonio dormia à rede, assistia TV, engordava...

Marcelo tinha só uma carroça de frete e todos os dias comprava pão, aos poucos foi encantando Magalli, só de elogios, charme e um pouco de apresentação.

Certo dia Magali, deixou um bilhete explicando tudo e desapareceu da cidade, foi morar em Pelotas. Antonio foi aos poucos quebrando o negócio.


Escrito por Goistaires Gonzales Acosta

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O Abanador

quarta-feira, 16 de Maio de 2012 | 15:29

Eu era um homem maduro quando minha companheira viajou, sem que se quer deixar qualquer bilhete, recado... Nunca mais voltou. Nem ligou dando ?unzinho? motivo para não voltar.

Bem que ela esta depressiva e arredia e por mais que eu buscasse me comunicar, ela nunca me falou das suas queixas. Só falava em rever sua irmã que se fora para o Paraná, há alguns anos.

Nunca mais vi minha amada!

Eu tinha idade suficiente para compreender que não tinha retorno.

Tudo fiz e todos seus familiares fizeram para descobrir seu paradeiro. Passados os treze anos, depois de ter a procurado através dos meios de comunicações - departamentos e becos do mundo compreendi: sumiu sem deixar o mínimo sinal, propositadamente.

Tomado de triste, desesperado durante esse tempo, quase morri e, por fim resolvi desistir de tudo e simplesmente morrer, fui para casa e me pôs a pensar.

Faço minhas atividades e quando não tenho mais nada para fazer volto a pensar, pacientemente até dormir como quem aguarda o dia seguinte.

Até que tive uma idéia que me encheu de entusiasmo e:

Aos sábados, domingos e feriados costumo ir à rodoviária, aguardo a saída de alguns ônibus, fico atento a todas as janelas.

Quando os veículos partem, eu fico "abanando" como se Juliana acabasse de viajar!


Escrito por Goistaires Gonzales Acosta

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Alberto Amaral Alfaro

natural de Rio Grande – RS, advogado, empresário, corretor de imóveis, radialista e blogueiro.

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